10 comidas típicas de Milão e da região da Lombardia

Se tem uma coisa que a gente não faz é passar fome na Itália. Afinal, a Itália é a terra da massa, do risoto, de diversos queijos, muitos vinhos, do gelatto e da Nutella.

Milão (e em toda a região da Lombardia) não poderia ficar de fora, sendo um dos polos gastronômicos do país. Em Milão você encontra tudo que a Itália tem a oferecer e mais algumas comidas típicas apenas da região! E aqui eu listei as 10 comidas mais tradicionais dos milaneses/lombardos.

1. Ossobuco con risotto alla milanesa

Talvez o prato mais famoso e pedido pelos turistas seja o ossobuco com risoto. O ossobuco e é o corte da carne em volta da canela do boi, rico em tutano. É cozinho com vinho, ervas, temperos e limão. Vem sempre acompanhado do risoto feito com açafrão. Simplesmente delicioso!

2. Cotolleta alla milanesa

Esqueça o bife à milanesa brasileira ou Schnitzel alemão porque os italianos elevaram o bife frito à outro patamar! Realmente lembra a versão envolta em farinha de rosca e frita, mas é bem melhor: é temperado com ervas italianas e frito na manteiga!

E pra eles tem que ser costela e tem que ter osso! Mas você tem a opção de escolher entre costela de porco ou costela de vaca.

3. Polenta

Agora o meu favorito: a polenta! Já prato conhecido pelos brasileiros, veio para o Brasil com a imigração italiana. Então, embora eu já tivesse ido à Itália antes, eu nunca tinha visto polenta em lugar nenhum, embora fosse um prato de origem italiana.

E foi em Milão que eu descobri que esse esse é um prato típico da região da Lombardia. Era um prato simples feitos pelos camponeses, que com poucos ingredientes faziam esse prato nutritivo. A polenta saiu da mesa dos camponeses e hoje está na mesa de vários restaurantes da sofisticada Milão, da linda Como e de toda a região da Lombardia!

E a polenta pode ser acompanhada de frios (com presuntos da região), carne, queijo,etc.

4. Mondeghili

Mondeghili é um misto de bitterballen dos holandeses e nossas almôndegas. Feita de carne, ovos e legumes, normalmente é servida logo depois de frita como uma entrada. Maaas em alguns lugares você também encontra “mondeghili in umido”, que aí sim lembra muito nossas almôndegas, já que são cozidas em molho de tomate. E inclusive serve de acompanhamento pra minha tão amada polenta!

5. Panzerotti

O que não pode mesmo faltar numa ida à Milão é um bom Panzerotti. Lembra um misto de fogazza e calzone e tem tanto a opção frita, quanto assada. E pra comer um dos melhores Panzerottis basta ir ao Luini, bem perto da Duomo.

Não espere luxo. Entre na fila, pegue seu panzerotti (frito, assado ou doce) e coma ali mesmo em pé em algum cantinho. O lugar é bem pequeno e sem mesas. Nós gostamos tanto que comemos quase todos os dias!

6. Gorgonzola

A pequena cidade de Gorgonzola fica na Grande Milão e deu origem ao queijo Gorgonzola, embora outras cidades também digam que tenham criado o famoso queijo. De toda forma, há registros de produção do queijo na cidade há pelo menos 2 séculos. Então vale a pena experimentar algo que leve o queijo (como, por exemplo, o Panzerotti).

Foto retirada da Wikipedia

7. Minestrone Milanese

A sopa italiana já é também uma velha conhecida dos brasileiros e, na verdade, se encontra por toda Itália. De diferente é que sendo os milaneses apaixonados por arroz, ao invés de massa, a sopa leva arroz! Como fomos já no verão, não experimentamos. Mas dizem que é servida fria no verão (eca!) e quente no inverno.

Foto retirada do site Culinary Ginger

8. Cassoeula

Ensopado que leva carne de porco, linguiças, repolho e cenouras. Normalmente é acompanhado de vinho tinto e polenta e servido nos meses frios.

Foto retirada da Wikipedia

9. Panettone

Novamente, esqueça a versão brasileira do panettone! Esse velho conhecido nosso da páscoa e no natal se encontra facilmente em Milão, sua terra natal. Vendido recém-assado e fresco, é salpicado de açucar confeiteiro e servido na hora em muitas confeitarias e padarias. Uma delícia!

Foto retirada da Wikipedia

10. Mascarpone

E pra finalizar, o Mascarpone também é um queijo adocicado criado em Milão. E justamente por ter o principal ingrediente do Tiramisu, não deixe de comer um tiramisu por lá (ou algum outro doce que tenha o Mascarpone como base).

Foto retirada da Wikipedia

Como: um bate e volta imperdível de Milão!

O Lago di Como é o terceiro em tamanho da Itália e fica na região da Lombardia, a apenas 45km de Milão e já quase fazendo fronteira com a Suíça. Então ali você encontra tudo que espera da Itália: montanhas a perder de vista, um lago lindo esverdeado, casas coloridas, boa comida, bom vinho, beleza e tranquilidade.

O Lago di Como tem sido um refúgio para pessoas ricas desde os tempos romanos. Por isso, possui ainda muitas vilas e palácios, como os palácios de Villa Olmo e Villa Carlotta. Atualmente, muitas pessoas famosas ainda têm casas de veraneio nas margens do Lago Como como, por exemplo, George Clooney que tem uma casa na pitoresca Bellagio. Mas nem só de luxo vive Como, e hoje o local atrai turistas do mundo todo, que vão pra passar alguns dias, ou apenas um bate-e-volta esperto a partir de Milão (que foi o que nós fizemos e que eu vou explicar direitinho como fazer mais embaixo).

A cidade de Como, que leva o mesmo nome do lago, tem um centro histórico bem conservado, cheia de vielas apertadas, uma catedral antiga. Mas nós nem visitamos essa parte mais histórica. Aproveitamos nosso tempo para simplesmente caminhar pela “orla” que cerca o lago.

É também na orla, a apenas 5 minutos à pé da estação Nord que fica o Funicular para Brunate. As passagens custavam uns 5 euros ida e volta e te levam até a cidade de Brunate que fica a 500m acima de Como. O trajeto dura cerca de 5 minutos.

A cidadezinha de Brunate conta com menos de 2mil habitantes e, pelo menos quando fomos, estava super pacata. A vista que se tem da cidade para Como é simplesmente ES-PE-TA-CU-LAR! De cima você pode ver o lago verdinho, a cidade de Como e as muitas montanhas que cercam a região.

A vista vale tanto a pena que escolhemos um restaurante com vista para o lago. Como chegamos cedo, conseguimos uma mesa bem no balcão da varanda e fomos logo pedindo um vinho da região. Entramos pela vista, sem grandes expectativas quanto à comida, mas a comida era de comer rezando e tinha aquele preço amigo. Infelizmente, não me lembro o nome do restaurante, mas eu acredito que um bom vinho, uma boa comida e aquele vistão maravilhoso não seja tão difícil assim de encontrar em Brunate.

Algumas taças de vinho depois, descemos o funicular, andamos mais pela “orla”, parando aqui e ali, para fotografar ou simplesmente sentar em um banco e curtir a vista. Muitas fotos e um gelatto depois, decidimos que era hora de voltar pra Milão.

Como na prática: bate e volta desde Milão

A ida para Como foi muito tranquila. Pegamos um táxi do nosso hotel (que ficava quase ao lado da Duomo) e fomos para a estação Cadorna (que fica próxima ao Castelo Sforzesco), numa corrida que custou apenas 7 euros. Mas se preferir ir metrô é super fácil (já que a estação de metrô se chama Cardorna também e te deixa já na entrada da estação de trem). Além disso, há uma estação de ônibus também em frente à estação de trem, com ônibus para a cidade toda. Ou dependendo de onde você estiver hospedado, pode também ir à pé (que foi o que fizemos na volta).

Então, da Estação Cadorna em Milão você pega o trem para a cidade de Como, que conta com algumas, estações, e você deve descer na Estação Como Nord Lago, que vai ser a última da cidade. As passagens custam apenas 5 euros. Há trens a cada meia hora, então não há necessidade de comprar com antecedência. Basta chegar lá, comprar na maquininha e embarcar no próximo trem.

De Milão a Como são apenas 50 minutos de trem. Saia da estação Como Nord Lago e voilà: você já vai dar de cara com o lago! E a 5 minutos a pé da estação já fica o centrinho da cidade de Como. (Eu disse que era um bate e volta bem tranquilo!)

Logo ali perto da estação estão também os barcos, que levam para as outras cidades/vilas da região, como a famosa Bellagio. São vários barcos, então também não é necessário reserva: basta pegar o primeiro que estiver saindo. Na época li que é bom estar atento no horário da volta, por ter muita gente querendo voltar no mesmo horário (17-18hs).

Nós queríamos passar um dia beeem tranquilo, sem correria, sem preocupação com horários e sem muita gente por perto. Afinal, (1) era nosso aniversário de casamento e (2) no dia anterior tínhamos ido ao Lago di Garda e Sirmione, que foi um perrenguezinho. Então, só queríamos tranquilidade nesse dia e, por isso, resolvemos ficar só por Como (e Brunate) mesmo. E realmente Como superou as expectativas!