Stratford-upon-Avon, Cotswolds e Oxford em um dia

Da última vez em que estivemos em Londres tivemos um dia livre e aproveitamos pra conhecer mais um pouco do interior da Inglaterra. Eu queria conhecer Stratford-upon-Avon ou Oxford de forma independente, mas depois de pesar vantagens e desvantagens (e como só tinha 1 dia livre na cidade!) resolvi pegar logo um tour e fazer uma excursão que incluísse as duas cidades e ainda passasse pelas Cotswolds. E embora tenha sido mesmo muito corrido, foi uma boa introdução à toda região! Então nesse post vou falar um pouco da minha experiência indo com o tour, bem como ir por conta caso vc prefira ter mais tempo em cada lugar!

Stratford-upon-Avon

A primeira parada da excursão foi em Stratford-upon-Avon, que além de ser uma típica cidade inglesa da Era Tudor também era a cidade de William Shakespeare, o maior escritor/dramaturgo da língua inglesa nasceu ali em 1564.

Shakespeare Birthplace

Foi em Stratford que Shakespeare cresceu, se casou e voltou para passar os anos finais de sua vida depois de ter morado em Londres por cerca de 20 anos. E como já é de se esperar muitas das atrações turísticas são centradas na vida de Shakespeare. Mas mesmo que Shakespeare nunca tivesse passado por ali, a cidade já valeria a visita por si mesma! Afinal, a Stratford tem construções com séculos de idade que estão em pé até hoje!

O centro histórico está super bem conservado e é um dos poucos lugares em que ainda podemos ver como eram as casas inglesas séculos atrás. Londres já foi assim em um passado distante, mas depois de um grande incêndio que queimou quase toda a cidade, nada restou da época.

Já na Era Tudor, Stratford era uma cidade de mercado, visto que ficava já na entrada de Cotswolds onde havia plantações e criações de ovelhas. Então a cidade tinha uma posição estratégica pra ser um local de troca de mercadorias. Até hoje os nomes das ruas são os mesmos da época e refletem o que era vendido na época. Então tem a Wood Street (“Rua da Madeira”, que vendia artigos em Madeira), Sheep Street (“Rua da Ovelhas”), Cooks Alley (“Beco dos Cozinheiros”) e assim por diante.

A casa em que Shakespeare nasceu ainda está de pé e é provavelmente o ponto turístico principal da cidade. Basta procurar por “Shakespeare Birthplace” e pronto, você já acha a casa e de quebra estará no coração do centro histórico!

Bem em frente à casa, fica a loja de luvas e artigos de couro de seu pai, John Shakespeare. Apesar de não ser da nobreza, John Shakespeare era um comerciante influente, que fazia parte da Guilda de Stratford (uma assembléia comercial que administrava a cidade) e chegou inclusive a ser prefeito da cidade. Por isso mesmo, a família vivia numa casa considerada confortável para os padrões da época e William Shakespeare teve a oportunidade de estudar (o que era algo apenas para famílias nobres ou abastadas).

E foi ali que William Shakespeare morou com a família por muitos anos. Mesmo depois de casado com Anne Hethaway, eles continuaram morando por ali por 5 anos e foi onde tiveram seus filhos. Shakespeare só se mudou pra Londres devido às dificuldades financeiras que a família atravessava e foi então que se tornou conhecido.

Embora a casa fosse considerada confortável e grande para os padrões da época, parecia que estávamos em na Casa dos 7 Anões, com a camas, mesas e cadeiras pequenas e portas estreitas. Principalmente para o David, com seus 1,83 de altura! hahahah

Felizmente, graças à influência da família de Shakespeare, a casa foi mantida. Hoje está restaurada tal qual era na medida do possível, com objetos recuperados da época. Os funcionários se vestem à caráter, com roupas bem típicas da época de Shakespeare. Para complementar a experiência, a companhia de teatro da casa, chamada Shakespeare Aloud, faz apresentações no jardim encenando trechos de peças famosas de Shakespeare!

Saindo da Casa de Shakespeare (Shakespeare Birthplace), passamos em frente Shakespeare’s New Place, que foi a casa em que ele morou depois de voltar de Londres e onde faleceu.

Bem ao lado, fica a Shakespeare Schoolroom and Guindhall, local em que Shakespeare estudou e que até hoje ainda funciona como escola! Na esquina fica a The Guild Chapel, a capela da Guilda.

A Guidhall foi construída em 1417 para servir de escritório para a Guilda e serviu de conselho municipal por 300 anos. Mas além disso também funcionava como escola de gramática e língua inglesa e foi ali que Shakespeare foi educado. Ainda, foi ali que Shakespeare teve as primeiras experiências de teatro profissional. Hoje, 500 anos depois, o local ainda é uma escola!

E descendo mais um pouco você chega em Hall’s Croft, casa de Susanna Hall, que foi filha de Shakespeare. Atualmente a casa serve como pinacoteca, com pinturas do século XVI e XVII.

À um quarteirão de Hall’s Croft, você já encontra a Holy Trinity Church, a igreja em que Shakespeare foi batizado e em que se casou. Também ali ele foi enterrado, no pequeno cemitério em frente da igreja. Além disso, essa igreja foi construída em 1210, sendo uma das mais antigas e visitadas da Inglaterra.

Saindo da igreja e voltando pelo Rio Avon, a alguns quarteirões estará o Royal Shakespeare Theatre, um teatro dedicado à peças de Shakespeare com apresentações quase que diárias, inclusive no período da tarde para quem está na cidade apenas em um bate e volta de Londres!

Chegando no Royal Shakespeare Theatre você já estará novamente no centrinho histórico e perto da Casa de Shakespeare, e terá visto o principal da cidade. E no caminho de volta vc pode passar por Tudor World, uma rua com edifícios da época dos Tudors.

Nessa pequena caminhada também terá visto alguns pubs e restaurantes, que funcionam já há séculos, bem como dezenas de casas históricas.Uns dos pubs mais antigos é o The Garrick Inn, que fica bem perto da prefeitura. O pub está aberto há séculos. Outro que vimos foi o Greene King, também com séculos de história!

Pra quem quem estiver com mais tempo, vale a pena ir a Anne Hathaway’s Cottage, que era a casa da família da esposa de Shakespeare e onde ela viveu até se casar. A Cottage era a casa da fazenda da família Hathaway, na época muito abastada, e ainda está super bem preservada!

Como estávamos em um tour não tivemos tempo de ir na Cottage, e nem de parar em um dos pubs, o que foi realmente uma pena! Pra quem tiver mais tempo, vale a pena comprar o ingresso com desconto pra visitar todas as casas (Shakespeare Birthplace, Hall’s Croft e Anne Hathaway’s Cottage), que custa £26, sendo que só o ingresso avulso para a casa de Shakespeare custa £20.

Como ir de forma independente

A estação de trem de Stratford-upon-Avon fica a 10 minutos a pé do centro histórico. As passagens custam a partir de £30 ida e volta se compradas com antecedência (link aqui). Há trens diretos saindo de Marylebone, mas são bem poucos no dia. A opção com mais horários e mais barata é fazendo uma troca rápida e aí o trajeto demora 2hs e meia, ao invés de 2hs.

É bem tranquilo e ir e voltar no mesmo dia, mas para quem quiser pernoitar na cidade, há vários hoteis em edíficios históricos no centro da cidade, que são super charmosos! E mesmo um Mercure pode ser assim!

As atrações são bem concentradas, então não só pode como se deve fazer tudo à pé!

A Anne Hathaway’s Cottage é a atração que fica mais distante, a cerca de meia hora à pé. E pra quem não quiser andar basta pegar um táxi ou o Hop on Hop Off.

O centro de turismo da cidade oferece walking tours que contam tudo sobre a cidade e Shakespeare. O passeio dura 2hs e custa £7, saindo todos os dias às 11:00. Normalmente, bastava aparecer no local de encontro (próximo ao Royal Shakespeare Theatre), mas desde a pandemia é necessário reservar e pode ser que essa medida tenha vindo pra ficar. Então vale a pena conferir as informações atualizadas direto no site deles.

The Cotswolds

Cotswolds até hoje ainda é considerada uma região rural da Inglaterra, mesmo com todo o turismo que a região tem recebido nos últimos anos. A região se estende desde Bath até Stratford-upon-Avon e é absolutamente linda: cheia de ovelhas em colinas verdes, igrejas e casinhas de pedras e muita tranquilidade.

Há tours que fazem apenas a região, parando em vários vilarejos. E justamente porque são vilarejos pequenos no meio do nada, não é o tipo de lugar que dá pra pegar um trem e ir e voltar rapidinho de trem. Pra quem quiser conhecer melhor o aluguel de um carro é imprescindível! No nosso apenas passamos rapidamente de van por algumas vilas e fizemos uma parada rápida para fotos de cerca de 10-15 minutos em 2 delas.

Um dos vilarejos foi Tredington, uma pequena vila de 1500 habitantes, bem no meio do caminho entre Stratford e Oxford. O centro da vila é a igreja de St Gregory, construída no ano 1000!

Em volta estão as cottages de pedras construídas também há centenas de anos! O vilarejo não é turístico, então não nenhuma loja, restaurante, transporte público regular ou qualquer coisa. E nas vielas realmente só tinha nosso tour de 10 pessoas andando com os moradores olhando meio ressabiados! hahaha

Oxford

A última parada foi Oxford. Tendo uma das universidades mais prestigiadas e antigas do mundo, Oxford é repleta de histórias e edifícios antigos, mas que parece jovem ao mesmo tempo graças ao alto número de universitários transitando de um lado pro outro!

Os prédios antigos das faculdades datam do século XIII. São edifícios com séculos de história, e pouca coisa parece ter mudado por lá desde que foram construídos. Você pode entrar em quase todas as faculdades e conhecer o interior. Algumas são grátis, enquanto outras cobram cerca de £3 a entrada.

Se do lado de fora encontramos estudantes conversando, rindo e andando apressados; do lado de dentro encontramos tranquilidade nas muitas bibliotecas, pátios, jardins e espaços dedicados aos estudos. E dá pra ver que toda a cidade é dedicada aos livros, dado o número de livrarias que encontramos pelo caminho!

Pra quem está se perguntando onde fica exatamente a Universidade de Oxford, a resposta é basicamente todo o centro histórico! São 38 faculdades que atendem milhares de alunos. Naturalmente, as mais antigas são justamente as mais visitadas e ficam nas imediações da Catte Street. São elas: Balliol, Merton, Trinity College, Exeter College e University. Outro lugar muito visitado é a Biblioteca Bodleian, onde foram gravados vários filmes, inclusive Harry Potter.

E por falar em filmes, como tínhamos apenas 2hs na cidade, combinamos com a guia que exploraríamos Oxford por conta e encontraríamos o grupo no ponto de encontro ao final porque queríamos ver locais relacionados à Tolkien. Pra quem não sabe, o David e eu somos super fãs de Tolkien e nos conhecemos na internet quando eu tinha 15 anos exatamente por causa do Senhor dos Anéis. E sendo essa a cidade em que Tolkien estudou e morou até sua morte, é claro que queríamos conhecer mais coisas ligadas à sua vida!

Exeter College

Então, depois de andar um pouco pelo centro histórico e vermos algumas das faculdades por fora entramos na Exeter College (que custava £3) e vimos o pátio e os jardins, onde era comum o autor ser visto caminhando diariamente. Afinal, foi em Exeter que Tolkien depois de voltar da Segunda Guerra Mundial lecionou literatura e criou a Terra Média. Inclusive, Tolkien gostava muito de escrever em uma mesa nos jardins próximo ao campo de futebol e, claro, fomos lá conferir!

Depois disso fomos até o pub The Eagle and Child, um pub aberto em 1650! Não bastasse isso, era o local onde Tolkien, C.S. Lewis e outros amigos se encontravam toda terça-feira para discutir literatura e os livros que estavam escrevendo ou lendo. Como chegamos cedo (ainda era meio da tarde), o pub estava praticamente vazio e pudemos sentar na mesa que Tolkien costumava sentar.

Vendo nossa empolgação, o garçon nos ofereceu a cerveja que ele gostava de tomar. Ficamos lá felizes da vida tomando cerveja e comendo alguns petiscos, vendo fotos, manuscritos e referências à Tolkien, até a hora de termos que voltar pra encontrar nossa van.

Claro que queremos voltar! E claro que 2hs não foram o suficiente! Recentemente li que com a pandemia (e o fechamento obrigatório de todos os pubs na Inglaterra), The Eagle and Child resolveu fechar de vez e fazer uma reforma geral até 2022, mas que quando reabrir também será um Inn (uma pousada)! Com total certeza eu ainda volto lá! hahah

Como ir de forma independente

A estação de trem de Oxford fica a 10 minutos a pé do centro histórico. As passagens custam a partir de £15 ida e volta se compradas com antecedência (link aqui). Há trens diretos saindo de London Marylebone e London Paddington, mas são bem poucos no dia. O trajeto dura cerca de 1h e é um bate e volta tranquilo a partir de Londres.

CONCLUSÃO: COMO FOI A EXPERIÊNCIA EM UMA EXCURSÃO

Eu fiz a excursão com a Anderson Tours. Na época reservei pelo site diretamente e peguei uma promoção em que o passeio saiu por £54, já incluída a entrada em Shakespeare Birthplace. Então acabou sendo super econômico, já que só a entrada pra casa de Shakespeare já custava £20 e as passagens de trem mais de £30 . Ou seja, uma pechincha pra conhecer Stratford E Oxford!

Também acabou sendo muito prático, já que o tour saiu de Earls Court e estávamos hospedados a um ou dois quarteirões da estação (estávamos no Ibis Earls Court). Vi pessoas reclamando do tour justamente porque anda por Londres inteira pegando pessoas por 2hs antes de sair, mas Earls Court é justamente a última parada. Então a van nos pegou às 9hs e logo já estávamos saindo de Londres.

Considerando que levamos 2hs de Earls Court até Stratford-upon-Avon acabou sendo até mais rápido do que se tivéssemos de trem (afinal, ainda teríamos que pegar metrô até a estação Marylebone). Na volta também fomos deixados relativamente perto do hotel. Ou seja, acabamos economizando dinheiro e tempo!

Tivemos cerca de 2h em cada lugar em Stratford e 2hs em Oxford. Em Stratford, a guia explicou tudo no caminho e nos deixou em frente à casa de Shakespeare com mapa da cidade. Então embora tenha super corrido, fomos super rápidos e conseguimos ver as principais atrações andando por ali mesmo. E como disse em Oxford nos desligamos do grupo e encontramos eles direto na van porque preferimos ver coisas mais relacionadas à Tolkien e como o tempo era curto, era um ou outro! Não há tempo para almoço, então só comemos alguma bobeirinha bem rápida em Stratford.

O tour foi numa van pequena e éramos em 10 ou 12 pessoas, mais a guia e motorista. A guia foi bem atenciosa e gentil, inclusive nos dando o mapa com a indicação de onde ficava Exeter e o pub!

Em geral, achei o tour bom e a única “crítica” é que realmente é corrido. Se vc quer só ter uma boa introdução da região e conhecer ambas cidades, ainda passando pelos Cotswolds, esse tour é pra vc. Afinal, é uma forma cômoda (e na época também econômica de conhecer um pouco do interior da Inglaterra em um dia. Mas se você preferir algo mais tranquilo e com mais tempo, vale mais a pena escolher uma das duas cidades e ir por conta.

Visitando os estúdios de Harry Potter em Londres

Coincidentemente vi o primeiro filme de Harry Potter quando tinha a mesma idade que ele quando entra para a escola de magia (meus 11/12 anos). E depois de ver o filme passei a adolescência vendo cada filme e lendo cada livro novo que saía a cada ano. Idem o David! Obviamente que em uma das nossas idas à Londres a gente TINHA que visitar os estúdios!

E tudo ainda está lá! A plataforma, as roupas, o Beco Diagonal, o Salão Comunal, os dormitórios, quase todos os objetos usados nos filmes e muito mais!

Passando a bilheteria, alguém dá algumas explicações mais gerais e já leva o grupo para a entrada do Salão Comunal. E se houver algum aniversariante no dia, essa pessoa as portas do Salão. Por coincidência, era aniversário do David, que abriu as portas de Hogwarts pro grupo! E dali pra frente cada um fica livre para explorar Hogwarts como bem entender!

E tem muita coisa pra ver! Saindo salão comunal você já encontra os grandes portões de Hogwarts, que dão em várias áreas do “castelo”. Você vai passar pelos dormitórios, pela Sala do Dumbledore (onde ainda está a Penseira), pelas salas de aula como a Sala de Poções e muito mais!

Ao longo do percurso há ainda algumas coisas extras, como o “quarto” do Harry debaixo da escada (que está bem no início, antes da entrada no Salão Comunal) e o “Conselho de Voldemort” (que fica mais pro final). Em todo o caminho há muitos objetos do filme, como vassouras e bolas dos jogos, figurinos de todos os anos, etc etc.

Passada a parte do complexo dedicada ao interior do castelo, você chega na Plataforma 9 3/4 em que verdadeiramente as cenas foram filmadas. Embora em King’s Cross haja uma loja com a plataforma ao lado (e que eu já falei dela no roteiro em Londres), nenhuma cena foi gravada ali. Pode-se entrar nesse mesmo trem que foi o usado nas filmagens e visitar os vagões.

Depois disso há uma cafeteria, em que obviamente dentre as opções está a Cerveja Amanteigada! E mesmo a criançada pode tomar porque parece um refrigerante de baunilha!

Feita uma pausa, há uma área externa, onde fica a Ponte de Hogwarts, a casa dos tios do Harry Potter, o ônibus roxo para bruxos e mais alguma coisinhas.

E quando a gente pensa que acabou, ainda tem o Beco Diagonal, inclusive com a loja de varinhas! Ao final você encontra a “maquete” do Castelo de Hogwarts, que originou as filmagens externas do castelo!

Harry Potter Studios na prática

A compra dos ingressos pode (e deve) ser feita com antecedência no site oficial e custa £47. Os ingressos são com horário marcado e realmente é necessário chegar na hora.

Para chegar lá optamos pela forma mais fácil: com o shuttle dos próprios estúdios. Na época em que fui dava pra reservar o ingresso já com o shuttle incluso. Hoje em dia, não se compra no próprio site, mas o site ainda indica a empresa parceira Golden Tours e ainda dá pra comprar o ingresso + shuttle com eles, que saem por £89 (sim, é bem caro!!). De vez em quando rolam umas promoções: agora, por exemplo, está por £75 comprando diretamente no site da Golden Tours.

Apesar de caro é a forma mais conveniente. Os ônibus saem de alguns pontes de Londres, são temáticos e confortáveis e vc vai na viagem assistindo “Harry Potter e a Pedra Filosofal”, o que é ótimo logo antes de ver o estúdio! Como estávamos hospedados a 1 ou 2 quarteirões da Victoria Station, pegamos o shuttle ali mesmo e foi super tranquilo tanto pra ir quanto pra voltar!

A opção um pouco mais econômica é pegar o metrô até a estação London Euston, o que já vai custar quase £5 cada trajeto. De lá basta pegar o trem para Watford Junction. O trajeto de trem dura 20 minutos e custa cerca de £11 cada perna. De lá pegue o shuttle que sai da entrada de Watford para os estúdios e custa £3 ida e volta, demorando 15 minutos. Ou seja, vc vai gastar cerca de £35 para ir por conta. Lembrando que tem que se programar bem pra chegar no horário agendado.

Indo com o shuttle da Golden Tours, você tem que marcar apenas o horário da ida, mas a volta pode ser em qualquer ônibus. Basta pegar o primeiro que estiver voltando para Londres.

Castelo de Windsor, Stonehenge e Bath em um dia

Em um dos nossos dias vagos em Londres, e já tendo conhecido o principal da cidade, resolvemos passar um dia fora da Inglaterra. E ficamos super interessados em ir em Stonehenge, mas eu achei tão longe e tão complicado de chegar lá de forma independente, que achei melhor pegar um tour. Acontece que o tour fica lá 1h, sendo que são pelo menos 2hs pra ir e mais 2hs pra voltar (dando 5-6hs no total e “perdendo-se” quase o dia todo nisso).

Por um pouco a mais, dava pra fazer excursões combinando com outros lugares e deixar o dia mais interessante: foi aí que decidi fazer o tour Castelo de Windsor, Stonehenge e Bath. E eu adorei conhecer cada lugar. Então aqui nesse post eu conto não só como foi minha experiência em cada lugar, como também ir de forma independente caso você prefira.

Castelo de Windsor

A primeira parada da excursão foi no Castelo de Windsor, que é a mais antiga e maior fortaleza da Europa ainda em uso. Além de ser usado ainda para finalidades governamentais, é uma das residências favoritas da Rainha Elizabeth II, que frequentemente passa seus finais de semana lá.

O castelo foi construído no final do século XI, e desde então foi continuamente habitado por dezenas de monarcas. Ou seja, são quase mil anos de história da monarquia inglesa (e da própria Inglaterra!). Ali já residiram a Rainha Elizabeth I, a Rainha Victoria e muitos outros.

Ao contrário do Palácio de Buckingham, o castelo fica aberto o ano todo para visitações, exceto em alguns feriados e em datas de eventos oficiais. Obviamente, nem todas as áreas são acessíveis, até porque a Rainha pode estar lá. De toda forma, há muito o que ver pelo castelo: a casa de bonecas da Rainha Mary, alguns dos apartamentos reais, a Capela de São Jorge, os pátios e o jardim.

Quando fomos estava acontecendo a troca da guarda, que me pareceu bem menos caótica do que a de Londres! A troca da guarda acontece às 11h de segunda a sábado, de abril a julho, e em dias alternados, de agosto a março.

Como ir de forma independente

A entrada custa £23.50 e vale a pena comprar com antecedência para evitar filas.

As estações mais próximas são ‘Windsor & Eton Central’ ou ‘Windsor & Eton Riverside’. Ambas ficam a 5 minutos à pé do castelo.

A partir da estação de Waterloo em Londres (perto do Big Ben), há trens a cada meia hora) e a passagem ida e volta custa a partir de £12,70 (em trens fora dos horários de pico). Outra estação de partida é Paddington (perto do Hyde Park), tendo 3 partidas por hora em média, com valores semelhantes. A diferença é que o trem partindo de Paddington é um pouco mais rápido, mas há uma pequena baldeação no caminho em Slough, com 5 minutos para trocar de trem. Dá pra conferir os horários e comprar com antecedência aqui.

Há ônibus também saindo de Victoria Station, mas a viagem demora no mínimo 1h30min e pode demorar bem mais dependendo do horário.

Stonehenge

Nossa segunda parada foi em Stonehenge, que é um dos monumentos pré-históricos mais famosos do mundo e talvez o mais importante da Europa. O lugar até hoje continua sendo um mistério. Desde lugar de adoração à construção feitas por extra-terrestres, as teorias são muitas e ninguém sabe muito bem porque Stonehenge foi construída há cerca de 4 ou 5mil anos.

Há arqueólogos que pensam que era um elaborado relógio solar, já que no solstício de inverno (o dia mais curto do ano), o sol se põe exatamente entre as pedras mais altas. E no solstício de verão (o dia mais longo do ano) o sol nasce à nordeste também entre as pedras.

Outro mistério que ronda Stonehenge é a sua própria construção, já que cada pedra pesa toneladas e toneladas e seriam necessários centenas de homens para carregá-las. Mais surpreendente ainda é que ao que tudo indica, as pedras de Stonehenge foram trazidas do País de Gales, a muitos kilômetros de distância.

Para quem se amarra nesses mistérios da humanidade que permeiam o período pré-histórico, esse é um lugar a ser visitado!

Stonehenge na prática

Infelizmente, hoje em dia já não é mais possível chegar bem pertinho das pedras, justamente para evitar o desgaste do local. Mas para quem fizer muita questão, há ingressos vips que permitem entrar no círculo. Mas são sempre bem cedo (às 5 ou 6 da manhã) ou no último horário no final da tarde, o que torna toda a logística difícil já que o lugar fica no meio do nada, não servido por transporte público.

Chegando em Stonehenge, você anda em volta do círculo e já não há muito o que fazer ali. Então já é hora de encarar todo o transporte de volta à Londres. A maioria dos tours fazem uma parada de cerca de 1h ali, que é mesmo o suficiente, e voltam para Londres em mais 2 ou 2hs e meia de ônibus. E eu achei que não valia muito a pena ir tão longe pra ver só o círculo por menos de 1h e voltar. Por isso mesmo resolvi fazer um tour maior e aproveitar pra conhecer outros lugares!

Pra quem prefere ir por conta própria, é necessário comprar os ingressos com antecedência. E a forma é ir de trem ou ônibus até Salisbury, que é a cidade mais próxima e dali pegar o ônibus turístico Stonehenge Tour. Mas na época eu pesquisei e só as passagens já ficavam mais caras que o tour já com ingresso incluso (a entrada custa £20), e ainda gastaríamos ainda mais tempo do que indo de excursão.

Bath

A última parada do dia foi em Bath. Diz a lenda que um antigo rei celta descobriu as propriedades curativas das águas de Bath muito antes dos romanos chegarem. Seja como for, por volta dos anos 60 a.C., os romanos chegaram e construíram banhos romanos, saunas e templos no local. O coração da cidade era justamente a casa de banhos, que até hoje está de pé!

Com o fim do Império Romano, a cidade passou séculos esquecida, até que no século XVIII a Rainha visitou a cidade em busca das águas termais e Bath foi “redescoberta”, tornando-se novamente o spa da Inglaterra. Vários prédios foram construídos no estilo georgiano para agradar a elite que vinha passar férias em Bath.

Ainda hoje a principal atração turística continua sendo Roman Baths (Termas Romanas). As termas estão super bem preservadas, estando entre as termas romanas mais bem preservadas da Europa. No local há ainda um museu com artefatos encontrados nas ruínas, bem como o que sobrou do Templo Romano.

Além disso, se estiver com mais tempo, há o Pump Room, que era onde antigamente os romanos se encontravam para conversar e beber água termal. Hoje é uma casa de chá, que serve o chá inglês completo.

Bem ao lado das Termas Romanas fica a Abadia de Bath (Bath Abbey). Essa igreja medieval já conta com mais de um milênio de história, tendo sido totalmente reformada no século XV.

E passada a Abadia basta andar 3 minutos praticamente pela mesma rua que você já chega no Rio Avon e já vai avistar a Pulteney Bridge. A ponte é de 1774 e logo abaixo dela foi feito um açude no rio, que já serviu de cenário para o filme Os Miseráveis.

Nós tivemos pouco tempo por lá, mas pra quem tiver mais tempo, perto do centro histórico fica o Centro Jane Austen, que viveu 5 anos na cidade. Também ali perto fica o Royal Crescent, 30 casas idênticas germinadas em estilo georgianos que formam juntas um grande edifício com vista para o Royal Victoria Park.

Como ir para Bath de forma independente

A entrada das Termas Romanas custa em média £25, podendo ser um pouco mais ou menos dependendo do dia da semana e época do ano.

A estação de trem de Bath (Bath Spa) fica bem perto do centro histórico, a cerca de 7 minutos a pé das Termas Romanas. As passagens custam a partir de £50 ida e volta se compradas com antecedência (link aqui). O trem sai da estação de Paddington.

Conclusão: como foi a experiência em uma excursão

Eu fiz a excursão com a Evan Evan Tours. Na época reservei pelo site veltra (que nem existe mais) porque estava com um bom desconto e o tour todo saiu basicamente o valor só das entradas.

Pra gente acabou sendo mais econômico e prático, já que o tour saiu de Victoria Station e estávamos hospedados a um ou dois quarteirões da estação.

Chegando lá, quando fomos fazer o check-in, a atendente viu que falávamos português e perguntou se não queríamos o tour em inglês/português já que o ônibus estava mais vazio. Acabou que no ônibus todo mundo falava inglês e o tour acabou sendo em inglês mesmo, mas a diferença foi que o ônibus estava praticamente vazio, enquanto o outro saiu lotado. No fim, fizemos o passeio com um grupo pequeno o que foi ótimo. E justamente por isso o guia (José, eu acho) foi super atencioso com todos!

Tivemos cerca de 1h em cada lugar, o que foi o suficiente em Stonehenge e Bath, mas muito corrido em Windsor. Poderia ser 1h30min, ou mesmo 2hs, e aí realmente não haveria o que criticar no tour. Mesmo entrando por uma entrada separada pra tours e sem fila, 1h em Windsor foi muito pouco.

Não há tempo para almoço. Em Windsor o guia nos falou pra comprar um sanduíche em uma das lojas ali e comemos no ônibus a caminho de Stonehenge. O que gostamos porque realmente otimizou o tempo.

Em geral, achei o tour bom e a única crítica realmente foi a correria em Windsor. No mais, foi uma ótima forma de conhecer um pouco do interior da Inglaterra em um dia.

Roteiro de 2 dias (ou mais) em Londres

Londres é uma cidade que não precisa de maiores apresentações. Afinal, quem nunca ouviu falar na “Terra da Rainha”!? E o que dizer de Londres que ainda não foi dito!? Quem nunca ouviu falar na Rainha Elizabeth II em seu Palácio de Buckingham, ou Westminster Abbey!?

Enquanto alguns vão atrás da parte histórica da capital da Inglaterra, visitando a Torre de Londres e os muitos museus (gratuitos!), outros vão por ser uma cidade cosmopolita, moderna e cheia de vida, onde artistas “nativos” como Paul McCartney, Rolling Stones, Coldplay, Elton John, Adele e muitos outros fazem shows em sua terra natal de tempos em tempos.

Seja qual for o motivo da visita, é inegável é que Londres é uma das maiores e mais importantes cidades do mundo, capital cultural por séculos e que segue atraindo milhões de viajantes todos os anos. Sendo assim, a capital da Inglaterra é parada quase que obrigatória em uma viagem pela Europa!

Eu já fui algumas vezes para Londres, e muito embora eu não seja uma londrina expert no assunto, já passei pelos principais pontos turísticos algumas vezes. Inclusive, esse roteiro aqui já foi testado na prática em uma viagem há alguns anos e cobre bem o basicão turístico! Mas é claro que como em toda grande metrópole, ainda mais com centenas de anos de história, sempre tem algo a mais pra fazer ou pra se descobrir.

A maioria das pessoas passa poucos dias em Londres, em razão do custo. E por isso mesmo elaborei esse roteiro de 2 dias. Não vou mentir pra você, Londres realmente é uma cidade cara, mas com um bom planejamento é possível conhecer o melhor da cidade sem ir à falência! Muitas das melhores atrações de Londres (como parques, pontes e museus), são totalmente gratuitas!

Esclarecido isso, vamos logo a esse roteirão de 2 dias, com aquilo que você não pode perder numa primeira visita à Londres!

Dia 1: Palácio de Kensington, Kensington Gardens, Hyde Park, Buckingham Palace Gardens/ Green Park, Palácio de Buckingham, Big Ben/ Palácio de Westminster, Westminster Abbey, London Eye, Trafalgar Square, Piccadilly Circus

Comece sua manhã pela região de Kensington. Lá está o Palácio de Kensington, local de nascimento da icônica Rainha Victoria e casa da monarquia por mais de 300 anos. O Palácio já serviu de moradia para Lady Diana e que hoje abriga o Príncipe William e Kate Middlenton. Se você tiver interesse, é possível visitar algumas áreas do palácio no verão, e o ingresso você compra aqui.

Em frente ao Palácio fica Kensington Gardens, o bonito jardim do Palácio! E passear pelo jardim vale muito a pena! No passado, os jardins eram parte da residência real e apenas a monarquia tinha acesso. Hoje, o lugar é aberto e gratuito à quem quiser visitar.

Bem no meio, entre o Kensington Gardens e o Hyde Park você encontrará o Memorial à Princesa Diana. É uma fonte em forma de riacho, representando a forma livre de viver de Lady Di.

E do outro lado do memorial você já encontra o Hyde Park. Embora também fosse parte dos jardins da realeza, esse parque já abriu suas portas ao público em 1637. Ao longo dos séculos já foi lugar de duelos, batalhas e corrida de cavalos. Hoje em dia, além de ser uma área ótima para picknick, ocasionalmente recebe artistas e festivais. Queen, Rolling Stones, Bruce Springsteen, Pink Floyd e Madonna são alguns dos nomes que já se apresentaram ali.

Provavelmente, você encontrará muuuitos esquilos no Hyde Park. E como eles já estão acostumados com muita gente por lá, eles podem ser bem amigáveis.

E bem próximo do Kensington Gardens e do Hyde Park, quase em frente ao Memorial à Princesa Diana fica o Royal Albert Hall, que é uma das casas de espetáculos mais importantes do mundo. Eu já fui em uma apresentação lá e a parte interna impressiona muito mais do que a externa. Foi inaugurado em 1871 pela Rainha Victoria, após o falecimento do seu marido Albert. 150 anos depois, as apresentações mais importantes e pomposas em Londres ainda são feitas ali. É possível visitar a parte interna do Albert Hall e a reserva é feita no site oficial.

A poucos quarteirões dali está o Victoria & Albert Museum, é considerado o maior museu de arte decorativa do mundo. E em frente à ele fica o Natural History Museum, também com um dos melhores acervos de história natural do mundo. Ambos são gratuitos.

Caso não tenha interesse, seguindo pelo Hyde Park você já vai dar de encontro com o Buckingham Palace Gardens/Green Park, o parque que dá justamente no (advinha!?) Palácio de Buckingham. Bem no meio do caminho, o Wellington Arch (Arco Wellington) dá acesso do Hyde Park aos jardins do Buckingham Palace.

Durante o verão, quando a Rainha Elizabeth II “sai de férias” para Balmoral, partes do Palácio de Buckingham são abertas para visitação em tour guiado, passando pela escadaria principal, sala do trono e mais outras muitas salas (olá fãs de The Crown! hahaha) e os ingressos podem ser reservados aqui.

E para saber se ela está em casa, basta ver se a bandeira da realeza está hasteada ( a bandeira é amarela, vermelha e azul com o brasão de Windsor). Quando a realeza está ausente coloca-se a bandeira do país. Quando fomos ela estava “em casa” e, portanto, o palácio estava “fechado” pra tours.

A Troca da Guarda acontece em dias alternados às 11hs. Durante os meses de verão acontece diariamente. E se quiser ver, chegue com uma boa antecedência porque o lugar fica completamente lotado. Nós nem cogitamos ir…

Bem em frente ao Palácio de Buckingham, fica o Victoria Memorial, um monumento em homenagem à Rainha Victoria e que fica no encruzamento entre o Green Park, o Buckingham Gardens e St. James’s Park.

Junto ao Palácio de Buckingham, fica um outro parque, chamado St. James’s Park. Basta atravessá-lo e você já vai avistar o famoso Big Ben, que fica no Palácio de Westminster.

E bem na lateral do Palácio de Westminster fica a Westminster Abbey, uma igreja gótica onde acontecem as coroações e casamentos da realeza desde 1066. E ali também estão enterrados vários monarcos. Para quem quiser visitar, a entrada custa £18.

Big Ben é o apelido dado ao Grande Sino na Torre do Relógio (Clock Tower), a torre principal do palácio. E é no Palácio de Westminster que fica o Parlamento Britânico, formado pelas Câmara dos Lordes e Câmara dos Comuns. O palácio é um dos maiores parlamentos do mundo, tendo mais de 1000 salas, 5km de corredores e 100 escadarias!

Atravesse o River Thames (Rio Tamisa) pela famosa Westminster Bridge (Ponte Westminster). Você terá uma ótima vista tanto do Palácio de Westminster/Parlamento, quanto da London Eye.

A London Eye é uma das maiores roda-gigantes do mundo e uma das principais atrações turísticas de Londres. O ingresso custa £24 e vale a pena reservar antecipadamente para evitar filas. Outra opção para se ter uma vista aérea de Londres é subir o arranha-céu The Shard, que mais perto da Torre de Londres, e custa também £25. Eu não subi nenhum dos dois.

Caso opte por visitar a London Eye, vale a pena comprar combinado com outros ingressos como o Madame Tussauds, o Sea Life Aquarium, o passeio de ônibus ou barco, já que 3 atrações saem pelo valor de £45, comprando diretamente no site oficial ou em lojas turísticas.

Perto da London Eye fica o Sea Life Aquarium, que também custa £24 e eu achei divertido. É um programa ótimo quando se viaja com crianças. Mas mesmo nós gostamos de conhecer!

Seguindo esse roteiro você possivelmente já estará no fim da tarde, quando estiver nas cercanias do London Eye. Atravesse novamente o Rio Tamisa, dessa vez pela Hungerford Bridge e siga para a Trafalgar Square.

Foto tirada da Hunferford Bridge

A Trafalgar Square é onde um pouco de tudo acontece e pode-se dizer que é a praça principal de Londres. É ali que é feita a contagem para o Ano Novo, que manifestações e protestos acontecem, bem como apresentações artísticas e cinema ao ar livre.

Próximo a Trafalgar Square fica a National Gallery. A Galeria Nacional tem pinturas que remontam ao século XIII e inclui obras assinadas por Leonardo da Vinci, Michelangelo, Van Gogh and Renoir. Também tem entrada gratuita.

Com a noite caindo vá para Piccadilly Circus. Originalmente desenhada para ser uma área elegante da cidade, hoje é uma área cheia de vida, com bares, letreiros luminosos e muuuuita agitação!

E foi aí mesmo que paramos em um pub, tomamos uma cerveja e demos o dia por encerrado!

Dia 2: Torre de Londres, Tower Bridge, British Museum e alguns extras

Nós começamos o dia indo diretamente para a Tower of London(Torre de Londres), um castelo do século XI que na verdade conta 22 torres! Mas o castelo ganhou esse nome devido à Torre Branca central, que é mesmo a torre principal. No passado, o lugar serviu por séculos como residência real e posteriormente como prisão. Foi ali no pátio do castelo que Ana Bolena foi decapitada. Anos depois, a Torre também serviria de prisão para sua filha Elizabeth I, antes de se tornar Rainha da Inglaterra.

Hoje a Torre de Londres é um dos pontos turísticos mais importantes de Londres. Algumas áreas do castelo ainda são fechadas para o público até hoje, mas é possível visitar os pátios, ver a exposição com as jóias da coroa, bem como o de armas da coroa, visitar a Torre Branca e a Torre sangrenta, etc. Caso decida entrar, prepare o bolso. A entrada custa 30 libras! Dependendo da época, vale a pena comprar com antecedência para evitar filas.

Logo em frente ao castelo fica a Tower Bridge e de dentro do castelo mesmo você tem boas vistas para a ponte.

A Tower Bridge (Ponte da Torre), possivelmente a ponte mais famosa do mundo. Por incrível que pareça, Londres já foi uma cidade portuária importante, mesmo que para se chegar ao mar fosse necessário primeiro percorrer o Rio Tamisa. E justamente por causa da importância do Porto de Londres, a Tower Bridge foi erguida em 1894.

Desde o início foi projetada para ser uma ponte que pudesse ser elevada, a fim de melhor controlar a passagem de navios. E ainda hoje está em funcionamento para pedestres, motoristas e navios!

Hoje é possível visitar uma das duas torres, onde fica uma exibição permanente sobre a Tower Bridge. E bem perto da Tower Bridge fica a London Tower (Torre de Londres), e é bem comum que turistas e desavisados confundam uma e outra.

Saímos de lá e pegamos o metrô (ou o tube) para o British Museum, que além de ser um dos melhores museus do mundo, é totalmente grátis.

O museu tem cerca de 3 km de corredores e 7 milhões de peças. Entre as muitas antiguidade imperdíveis estão a Pedra Roseta (que permitiu decifrar os hieróglifos egípcios) junto com muuuuuitas peças do Antigo Egito e as polêmicas esculturas retiradas das paredes do Partenon (reivindicadas pela Grécia há décadas).

tendo passado pela Torre de Londres, Tower Bridge e British Museum, aliado à tudo que já viu no dia anterior, você terá visto os principais de Londres e ainda terá à tarde toda (ou pelo menos algumas horas nesse segundo dia para incluir algumas atrações extras, conforme seu interesse.

Extras

Baker Street

Nós saímos do British Museum e pegamos novamente o metrô e seguimos para Baker Street, a rua do detetive Sherlock Holmes. Quase na saída do metrô (Baker Street Station) está a estátua em homenagem à Sherlock Holmes. Aproveitamos pra almoçar por ali. A região é cheia de ótimos pubs.

Madame Tussauds

Bem perto da saída da Baker Street também fica o museu de cera Madame Tussauds, sendo o mais completo deles (há outros menores espalhados pelo mundo), já que foi o primeiro. Se você curte esculturas em cera, esse é o Madame Tussaud a ser visitado.

Abbey Road

Embora eu não tenha visitado nessa primeira vez em Londres, em uma outra ida à Londres visitei e achei divertido. Pode ser que estátuas de cera não sejam sua praia, mas quem sabe Beatles seja!?

Esse era o meu caso! De Baker Street pegamos novamente o tube e fomos para a porta do Abbey Road Studios. Bem ali na frente do estúdio fica a famosa Abbey Road Crossing, a famosa faixa de pedestres da capa do disco Abbey Road.

A estação de metrô mais próxima é a St John’s Wood.

King’s Cross

Se você for fã de Harry Potter, pegue o metrô e siga para a estação de trem King’s Cross. No interior da estação tem uma loja do Harry Potter e ao lado dela a Plataforma 9 3/4 (Pottermaníacos entenderão!).

Se você for fã de carteirinha de Harry Potter não deixe de ir aos estúdios em um day trip. Como os estúdios ficam fora da cidade é necessário um dia só pra isso.

DICAS FINAIS: LONDRES NA PRÁTICA

  • Quanto tempo ficar

Eu já fui à Londres algumas vezes, sendo que na primeira vez fiz esse roteiro de 2 dias inteiros. Nas outras passei vários dias, mas mesmo assim fiquei apenas 1 ou 2 dias na cidade e aproveitei para outras atrações nos arredores (os estúdios do Harry Potter, Stonehenge, Castelo de Windor) ou mesmo outras cidades na Inglaterra como Oxford, Bath e Stratford-upon-Avon. Ou mesmo combinei com uma viagem para o País de Gales (que tem posts aqui e aqui). Ou seja, em Londres sempre só fiquei mesmo poucos dias.

Então, pra mim, essa história que “não dá pra fazer Londres em menos de uma semana” e que “você vai precisar de pelo menos 3 ou 4 dias lá” é meio balela. Ainda mais que, em geral, as atrações estão umas relativamente perto da outra e que dá mesmo pra fazer boa parte andando (como fizemos no primeiro dia!). Assim, pra um passeio mais rápido, cobrindo o basicão as principais atrações turísticas, 2 dias completos dão conta do recado. Mas é claro que se você tiver mais tempo pode curtir a cidade com mais tranquilidade, ou ir pra outras cidades/regiões próximas.

Se tiver uma semana disponível eu sugiro que faça alguns bate-e-voltas que eu mesma já fiz e que logo vou escrever todos aqui no blog nos próximos posts.

  • Onde se hospedar

Londres é uma dessas cidades que a gente sente que está pagando muito por uma hospedagem ruim. Ainda mais se for alta temporada e em categoria econômica. Aí não vou mentir pra vc: melhor abstrair e realmente passar o dia todo fora e só voltar acabado pra dormir!

Pra dizer que nunca fiquei bem hospedado, da primeira vez quis ficar em um hotel melhor, já que era minha lua de mel, mas que não me levasse à falência. Fiquei no Hide Hotel London, que era ótimo! Quartos de bom tamanho, confortáveis, banheiro grande e moderno com produtos da L’occitane e um café da manhã inglês maravilhoso. O inconveniente era a distância: 40 ou 50 minutos de metrô até o centro da cidade.

Depois fiquei no Sheriff Hotel, que entra na categoria “muquifo arrumadinho”. Fica em um prédio vitoriano bonito e super bem localizado! Perto da Victoria Station (onde chega do trem Aeroporto Heathrow, que era o que tinha usado), a 15 minutos à pé do Buckingham Palace. Mas o quarto era beeem pequeno e a limpeza não era das melhores.

Em seguida, fiquei no Ibis Earls Court, já que não era muito longe do Royal Albert Hall (10 minutos de táxi) e fui pra Londres especificamente pra ir em um show lá. O hotel era bom, com quartos confortáveis. Inclusive, superior à categoria Ibis padrão. Fica a uns 15 minutos de metrô do centro e alguns tours passavam por ali pra fazer passeios pra fora da cidade. Peguei uma promoção e a diária saiu com 30% de desconto + café da manhã incluso. O próprio hotel tinha um pub com uma boa comida, mas a cozinha fecha às 9hs em ponto!

  • Como se locomover

Como disse, muitas das atrações estão próximas umas das outras e muitas coisas são feitas à pé mesmo. Para as mais distantes, o melhor é pegar o metrô. E aí, prepare o bolso: cada passagem custa cerca de 5 libras. Melhor já comprar logo o passe pro dia todo que custa 12 libras (zonas 1-4) ou 18 libras (zonas 1-6).

  • O que comer

Não deixe de experimentar o famoso fish and chips, peixe frito acompanhado de batatas fritas ou purê de batata. Tem também a Shepard Pie, que lembra um pouco nosso escondidinho: carne moída com ervilhas, purê de batata em cima, gratinada com queijo. E isso com cerveja, claro!

Mas o que você precisa mesmo experimentar é o café da manhã ou chá da tarde: bolinhos, muffins, scones e muito mais se juntam à muito chá preto com leite!

E por falar em bolo, “fica mais que vai ter bolo!” hahaha. Nos próximos posts vou falar de opções de bate e volta de Londres!