Metz

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Metz é a capital da região de Lorraine e fica na região do Rio Moselle. Apesar de desconhecida para a maioria dos turistas e de não ter tanto o que fazer é uma ótima opção de bate-e-volta para quem está em Luxemburgo (como nós), ou mesmo de Paris. Pode-se conhecer a cidade em apenas algumas horas e, ainda assim, já será um prato cheio para quem se amarra em história, como eu.

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A cidade é muito antiga. Os celtas já habitavam o lugar por volta do século IV a.C. Após a dominação romana, torna-se uma importante cidade galo-romana. Por isso, essa região da Antiga Galia dispunha de termas, aquedutos, grandes construções, mas que foram todas incendiadas em meados do século V.

Durante a Idade Média, foi capital da Austrásia, capital religiosa na Era Carolíngia e integrou o Império Romano Germânico. Por isso mesmo, dá para notar a influência arquitetônica romana e alemã. Depois tornou-se uma república independente e vivenciou um rico período.

Em meados do século XVI, a cidade de herança cultural romana, aceitou a proteção francesa contra as tentativas de invasão, abrindo mão de sua independência. Todavia, a cidade acabou sendo anexada pela Alemanha em 1871 e depois novamente em 1940.

No período em que Metz foi anexada à Alemanha, as antigas muralhas e vários outros monumentos antigos da cidade antiga foram derrubados infelizmente para dar espaço a uma Metz mais moderna que surgia.

O principal ponto turístico parece ser a Catedral de Saint-Etienne, que tem 42m de altura e é uma das igrejas góticas mais altas da Europa. Além disso, tem 6.500 m² de vitrais, o que lhe rendeu a alcunha de Lanterna do Bom Deus. Tem estilo atípico, pois foi construída entre os séculos XIII e XVIII a partir de outras três igrejas já ali existentes anteriormente.

Outra igreja bem conhecida é a protestante Temple Neuf. A inspiração para construção dessa igreja veio das catedrais renanas e, em razão disso, aparenta ser medieval quando na verdade foi construída no século XX. No entanto, sua principal particularidade está em situar-se numa pequena ilha ao meio do Rio Moselle que corta a cidade.

E falando no Rio Moselle, é impossível não lembrar de Estrasburgo por exemplo, já que também tem inúmeras construções junto ao rio, o que é uma delícia para uma caminhada.

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À margem do rio também está a Ópera-Teatro. Sua construção teve início em 1738 e é a mais antiga ópera ainda em funcionamento da França.

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Outro ponto turístico é a Praça da República que é bem bonita, tendo modernas fontes de água. Perto dela estão vários prédios históricos e que foram convertidos em prédios governamentais.

Próximo à Praça da República também está um bonito parque. Aliás, áreas verdes é o que não falta em Metz, pois há diversos parques na cidade. Nós passamos mais de uma hora andando pelos Jardins Jean-Marie.

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Ainda, há o Centro Pompidou, um museu de coleções galo-romanas e medievais e a Porta dos Alemães. Esse portal é um dos resquícios da muralha medieval. Pretendíamos caminhar até lá, mas acabamos desistindo, pois o tempo virou para chuva e também estávamos um pouco cansados.

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Dicas Práticas

1.Onde comer

O prato típico da região é o quiche. Entretanto, estávamos afim mesmo era de um bom crepe. Afinal, estávamos na França. Escolhemos a Creperia St Malo e foi uma ótima escolha. Crepes grandes, deliciosos e dos mais variados sabores. Além disso, eles servem cervejas e vinhos da região. O atendimento foi rápido, apesar do lugar estar lotado.

2. Como ir

Fomos e voltamos de carro a partir de Luxemburgo em 50 min. Estacionamos o carro em um shopping próximo à Praça da República.

Outra opção é o trem TGV que conecta ambas cidades em também 50 min. O valor da passagem ida e volta é 21 euros e não é necessário comprar com antecedência.

Para quem está em Paris, o TGV leva 1h20m e as passagens podem ser compradas antecipadamente pela internet.