O Palácio de Verão (Summer Palace)

Summer Palace

O Palácio de Verão é o maior e mais bem preservado dos parques reais em Pequim, com aproximadamente 300 hectares. Assim como o Palácio de Inverno, a maior parte do parque é ocupada por um grande lago, o lago Kunming. O resto é majoritariamente ocupado pela Colina da Longevidade, onde ficam as principais construções do Palácio.

E foi o que resolvemos visitar em nosso último dia na China! O lugar é enorme e repleto de atrações. Quanto tempo se gasta lá pode variar muito de pessoa para pessoa. Nós resolvemos apenas curtir, sem a intenção de ver cada pavilhão, galeria e templo.

Suzhou Jie

Suzhou Jie

Chegamos no local pelo portão Norte do parque, e por isso logo de cara deparamo-nos com a Suzhou Jie. É uma rua beirando um canal, que antigamente era chamada de Rua do Comércio.

Fora construída para replicar o estilo das ruas comerciais do século XVIII do sul da China, e era usada pelos imperadores e imperatrizes para que tivessem a “experiência” de fazer compras como os camponeses faziam, mas sem precisar se misturar com o povo. Agora aberta ao público, ainda abriga dezenas de lojas, restaurantes e casas de chá, e serve para dar um gostinho de como era a China no passado. Vale muito a pena a visita, é bem bonito!

Para entrar é preciso pagar um ingresso adicional, exceto se tiver o ingresso mais caro, que dá acesso a todas as atrações internas.

Logo em seguida começa a subida da Colina da Longevidade. Espalhados por toda a colina podemos ver templos, esculturas, pavilhões, galerias e belas vistas, com subidas pela floresta ou escadarias do palácio. Há muito pra ver, muita gente vendo e opções pra todos os gostos. Subimos um pouco, curtimos a vista e retornamos para Suzhou Jie, já que estava calor e estávamos com preguiça demais para escalar colinas. Além disso, de Suzhou, é possível pegar um ferry que navega por todo o canal até o enorme Lago Kunming, com belas vistas, sombra e um assento acolchoado.

Descanso!

Felicidade no olhar de uma pessoa saindo do sol.

Aqui tenham atenção! Quando compramos o ingresso, como o barco estava para partir, acabaram não nos entregando o bilhete. Fiquem com o bilhete em mãos, pois há uma troca de ferry antes de entrar no lago, e eles pedem pra ver o bilhete novamente, já que o preço varia dependendo de qual porto a pessoa quer descer.

Vale muito a pena pegar a ferry. Faz um belo trajeto desde Suzhou até a Ponte dos 17 Arcos, passando por vários pontos interessantes e oferecendo uma belíssima vista frontal da Colina da Longevidade.

O passeio de barco acaba na Ponte dos 17 Arcos, um dos pontos mais famosos do parque. É a maior ponte do tipo encontrada em parques chineses, toda construída em pedra, com 17 arcos e centenas de leões esculpidos por todo o percurso. Ela conecta a costa até a ilha Nanhu Dao, no centro do lago, e nessa ilha há alguns templos e pavilhões.

Ponte dos 17 Arcos

Ponte dos 17 Arcos

A partir daqui, caminhamos pelas margens do lago em direção ao portão leste, onde estavam as demais atrações na base da Colina da Longevidade. É uma bela caminhada por entre as árvores, aproveitando a bela arquitetura chinesa. Esse trecho era mais estreito e estava bastante cheio, mas ainda assim deu pra encontrar nosso espaço e relaxar.

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Para fechar o passeio, resolvemos almoçar em um restaurante local. Escolhemos o Mystic South Yunnan Ethnic Cuisine, que ficava em um centro comercial próximo do metrô Xiyuan. Foi uma ótima escolha! Servia comida típica de Yunnan, uma província ao sul da China. Bom preço, muito saborosa e uma ótima forma de encerrar nossa última manhã em Pequim!

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Aspectos práticos

Chegamos no parque de metrô, saltando na estação Beigongmen, Linha 4. Saindo da estação, em menos de 5 minutos já estávamos no portão norte do Palácio. Caso prefiram o portão leste, usem a estação Xiyuan, mas fica mais distante da entrada (mas não muito, talvez 10 minutos de caminhada).

A entrada custa 30 Yuans (algo como R$18), e algumas atrações como a Suzhou Jie e a Torre do Incenso Budista tem ingressos adicionais de 5 Yuans (algo como R$ 3). Para quem quiser ver tudo, há um ingresso promocional de 60 Yuans que inclui tudo.

É possível também pegar um ferry para navegar pelo lago e fazer um trajeto desde Suzhou Jie até a Ponte dos 17 Arcos, e custa aproximadamente 20 Yuans (aproximadamente R$ 12). Pode custar mais ou menos dependendo da distância.

Onde comprar pérolas em Pequim

Antes de viajar, eu já sabia que a China é a maior produtora de pérolas do mundo e que lá seria um bom lugar para comprar.

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Pesquisando pela internet, vi vaaaarios relatos de pessoas que compraram no tal Mercado de Pérola (fica nos arredores do Templo do Céu) a preços irrisórios e achei um pouco estranho uma joia ser tão barato em barraquinhas. Mas aí tinha gente falando que as mulheres queimam na hora para mostrar que é verdadeira, ou isso ou aquilo, que daria para pechinchar e sair com um monte de pérolas pagando quase nada. Ok ne. Resolvi que iria passar lá já que iria visitar o Templo do Céu.

Visitamos o Templo do Céu no mesmo dia em que fizemos o passeio para a Muralha da China. Como falei aqui, o Michael foi nosso guia nesse dia. O combinado era que ele nos levaria para a Muralha e depois, na volta, ao invés de deixar no hotel deixaria no Templo do Céu, mas sem nos esperar.

Conversando na volta, comentei que passaria no Mercado de Pérolas e ele disse que seria a maior furada. Tudo seria falsificado ou de péssima qualidade. Mas que ele conhecia uma joalheria de verdade não muito longe também e que poderia nos levar depois de visitarmos o Templo do Céu. Eu até acredito que ele possa ter ganha alguma comissão da joalheria, mas até que teria sido justo, visto que, ele nos esperou enquanto visitávamos o Templo do Céu, nos levou na joalheria e depois de volta ao hotel com o trânsito lento e insano de Pequim sem cobrar nada a mais por isso!

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Chegando lá, realmente era uma joalheria mesmo! Nada de barraquinhas hahhaha A atendente nos mostrou o processo de extração das pérolas e as vaaarias pérolas a venda. Havia desde algumas a preços amigos ao bolso, por estarem deformadas ou com tonalidade diferente, até algumas bem caras por serem mais raras! Também havia opção entre de água doce ou do mar.

No fim, comprei um par de brincos para mim e um cordão com pingente em pérola. Também tinha opção de cordão de ouro. Acabei levando também mais 2 pares, um para minha mãe e outro para minha sogra.

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Não negociei o preço porque de acordo com Michael isso não seria muito bem visto por ser uma joalheria de verdade. Só perguntei se tinha desconto por ser à vista ao invés de parcelado e tinha hahaha.

As pérolas vieram com certificado de autenticidade e garantia.

Pelo que entendi depois não é que tudo seja falsificado no mercado de pérola, mas que lá são vendidas as defeituosas ou de bem baixa qualidade. Então se você não quiser se arriscar na hora de comprar, fica essa dica de joalheria.

 

Como encontrar a loja:

O nome da loja é Longing Pearl

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Endereço: n. 2, Zuoanmennei Street, Dongcheng District.

site: http://www.longingcrafts.com/pearl/pearlContentView.asp?classId=611281557505076

 

Templo do Céu (Tiantan)

Por do Céu

Depois de sair da Muralha, retornamos à Pequim. Como já dito antes, o trânsito da cidade é horroroso. Demoramos mais ou menos umas 2:30 para fazer o caminho de volta para a cidade, sendo que quase 2 horas foram apenas dentro de Pequim! Bastante tempo parado. Estávamos até preocupados se seria possível aproveitar o Templo do Céu, uma vez que a entrada para os monumentos encerra por volta das 17:30. Mas felizmente deu tempo!!

O Templo do Céu fica em um parque, que abriga um complexo de templos religiosos bastante antigos (custa 10 Yuans a entrada, aproximadamente R$ 6).

O parque onde fica o templo é bem grande e muito popular entre os chineses. Os idosos podem entrar em todos os parques gratuitamente, e esse é um enorme ponto de encontro. Por todos os cantos do parque é possível ver dezenas de idosos conversando e jogando.

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O Templo do Céu foi construído no início do século XV, e servia como o templo onde o imperador realizava sacrifícios aos céus pedindo boas colheitas na primavera, e no outono agradecendo pela providência divina.

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A grande atração é o Salão da Oração por Boas Colheitas (Qiniandian), um prédio circular todo feito em madeira, sem o uso de pregos de metal em sua construção, e cujos pilares de sustentação são feitos com troncos inteiros de árvores seculares chinesas. É possível apenas ir até a porta, de onde podemos ver altar no interior e admirar o colorido e os detalhes da construção.

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Nas laterais do templo, tem dois pavilhões retangulares abertos a visitação, que contam com artefatos religiosos e contam mais da história do local. E é tudo muito bonito! Como demoramos a chegar, acabamos tendo a oportunidade de aproveitar o pôr do sol lá, o que deixou tudo ainda mais especial! Em compensação, infelizmente não tivemos muito tempo para andar e menos ainda para ficar tirando fotos. Então optamos por curtir nosso tempo e admirar o local.

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Recomendamos muito a visita. É muito bonito, o local é amplo, e talvez por termos ido perto do horário do fechamento, achamos relativamente tranquilo. Dava pra andar sem stress e curtir o local. Fomos de taxi, já que era parte da nossa viagem acordada para a Muralha.

Depois de curtir a cultura chinesa, chegamos à hora das compras! Partiu comprar pérolas! (tema do próximo post)

 

 

 

 

Muralha da China

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Sempre que pensava na China sempre me vinha à cabeça a imagem de sua imensa muralha. Então, para mim, visitar a China era sinônimo de visitar a Muralha. E essa viagem sempre esteve na minha “bucket list”, um dos lugares que sonhava em ir para subir a Grande Muralha.

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A Muralha foi sendo construída ao longo de séculos, mas seu início foi no século VII a.C. Desde então, a muralha foi aumentada, reformada, reconstruída várias vezes e a maior parte do trecho que podemos ver hoje foi feita ou reformada pela  Dinastia Ming, durante os séculos XIV a XVII.

A Muralha se extende por 8.850km, dos quais 2.232 km são barreiras naturais, como montanhas e rios. Pondo em perspectiva, o Brasil tem metade disso do extremo Norte ao Sul. Ou seja, a Muralha daria o mesmo de extensão que uma ida e volta de Norte a Sul do  Brasil! E o mais surpreendente é que um bom pedaço dela já foi destruído. Acredita-se que ela já chegou a ter mais de 20000km de extensão!

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O objetivo pelo qual a Muralha foi erguida foi a de proteger a China dos mongóis. Mas aí quando a chega lá e se depara com a Muralha se vê que ela é bem baixinha (apenas 7m de altura) e um tanto quanto estreita. Aí a gente percebe que realmente é meio mito isso que dá pra ver a Muralha a olho nu do espaço.

Na verdade, a Muralha funcionava mais como um ponto estratégico de defesa do que como defesa realmente. A Muralha foi construída junto à defesas naturais, como no alto de montanhas. Daí o exército chinês avistava os inimigos mais facilmente, que ainda teriam que subir as montanhas antes de efetivamente atacarem. E mesmo com toda essa magnitude, a Muralha não foi capaz de impedir sucessivos ataques, especialmente dos mongóis.

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No início, presos e agitadores eram enviados como mão de obra, posteriormente camponeses, desempregados e vários outros trabalhadores. Estima-se que foram mais de 2 milhões de pessoas que ajudaram a erguer a Muralha, dos quais 80% veio a falecer pela fome ou pelo frio.

As torres da muralha foram construídas para servirem como depósito de alimentos e abrigo para os trabalhadores.  Uma torre tinha que visualizar os sinais emitidos pela torre vizinha, que poderiam ser por uma chama acessa, uma bandeira, etc (tipo o que acontece no Senhor dos Aneis III hahaha).

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Muito dela hoje está perdida. Esteve abandonada por alguns séculos e mesmo Mao Tsé Tung estimulou que as pedras fossem sendo retiradas para a construção de casas, o que ainda acontece mais no interiorzão do país. Então a ideia de preservar é um tanto quanto recente.

 Ainda assim, não é a toa que a Muralha da China é uma das 7 Maravilhas do Mundo. Por isso, assim que o David veio com a ideia de ir pro Japão eu sabia que teria que dar um jeito de incluir a China só pra visitar a Muralha!

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A partir de Pequim a Muralha já está bem próxima e é possível ir a Badaling (o ponto mais próximo de Pequim) mesmo por transporte público. Pesquisando vi que por isso mesmo o lugar está sempre apinhado de gente, que vão com tours ou por transporte público.

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E não era nem de perto a Muralha que eu sonhava em conhecer, até porque é uma parte mais artificial, totalmente reformada, com varias lojinhas de lembrancinhas no caminho. Nada do que eu queria.

Entretanto, para quem quiser ir ali mesmo para economizar, ou porque está sozinho, esse link aqui explica bem como chegar lá:

http://www.melhoresdestinos.com.br/muralha-china-como-visitar.html

Pesquisando mais, descobri que Mutianyu é um ponto mais afastado, em que você deve ir de carro, porém muito mais tranquilo. Aí resolvi contratar um motorista/guia particular para esse passeio.

Li que muitos desses turistas em Badaling seriam chineses porque é a única parte da Muralha que eles costumam visitar. O engraçado foi que uma colega chinesa me explicou o caminho pra Badaling como descrito no link acima, mas quando perguntei de Mutianyu ela nunca tinha ouvido falar! Foi aí que eu soube que tinha que ir pra Mutianyu mesmo!

O motorista nos pegou bem cedo e às 9 e pouca já estávamos chegando lá. Demoramos muito mais tempo no transito para sair de Pequim do que na rodovia para chegar lá. Acho que ele havia nos encontrado no hotel por volta de 7:30h.

Chegando lá, você sobe por um teleférico como aqueles de ski (que me deram um pouquinho de medo) e então aproveite a Muralha!

 

Eu andei pra lá e pra cá toda feliz feito criança! Não havia praticamente ninguém quando chegamos! A Muralha era nossa, exceto por uns gatos pingados aqui e ali! Ficamos lá mais de 2hs felizes da vida, aproveitando cada momento daquele lugar que já quisera tanto conhecer!

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E era exatamente assim que queria conhecer a Muralha. Sem ter que me degladiar por um espaço, podendo ficar sozinha em alguns pontos, podendo fazer poses de Kung Fu Panda e o que bem entendesse! hahah

 

Para descer, escolhemos descer de tobogã, o que foi super divertido. Você pode controlar a velocidade do carrinho e é bem tranquilo descer. Só alegria e super divertido descer a Muralha assim! Uma delícia!

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Depois de descermos, almoçamos no restaurante chinês na base dela mesmo. Tem um subway também lá também, a prova de que a China realmente abriu as portas e que o capitalismo chegou até na Muralha!

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Voltamos para Pequim ainda a tempo de visitarmos o Templo do Céu e comprar pérolas, que serão os temas dos próximos posts.

Muralha da China na prática

Como disse, contratamos um guia para nos levar até a Muralha no ponto de Mutianyu. Eu aproveitei e também fechei com ele os transfer de ida e volta do aeroporto. Pequei o contato no blog da Dri Everywhere. Ele nos cobrou 800rmb para a Muralha mais 200 cada trecho do transfer, dando 1200rmb.

Ele é bem pontual e tira qualquer dúvida bem rápido por e-mail (levando-se em conta o fuso horário). O nome dele é Michael Dong e o e-mail é china_cits@hotmail.com.