A principal razão pela qual queríamos visitar a Irlanda era conhecer as Falésias de Moher (Cliffs of Moher). É um daqueles lugares que eu fazia questão de ver, que estava na minha “bucket list”! Afinal, quem nunca viu um filme que se passa pela Ilha Esmeralda e pensou ‘que lugar maravilhoso de lindo!”

Fica longe de Dublin, no extremo-oposto do país. Não organizamos com antecedência por causa do tempo, já que as previsões não eram muito boas antes de chegarmos na Irlanda e esse é um passeio que precisa de tempo bom, já que com nuvens baixas não dá pra ver nada.

Felizmente encontramos um dia de previsão de sol, e rapidamente agendamos um tour que poderia nos levar. Saímos bem cedo de Dublin em um ônibus de turismo, ainda antes do nascer do sol, já que a viagem levaria entre 2:30 a 3:00 de carro para cruzar o país! Apesar de realmente ser uma viagem muito longa, as paisagens pelo caminho são incríveis, então o dia nem fica tão pesado assim no fim das contas.

A primeira parada foi em Galway, uma charmosa cidade costeira que fica relativamente próxima das falésias. É a quarta maior cidade da Irlanda, considerada como um coração cultural do país e talvez conhecida por muitos fora da Irlanda graças ao Ed Sheeran e sua canção Galway Girl.

Tivemos uma breve visita guiada pelo centro antigo da cidade, seguido de tempo livre, que usamos para passear um pouco mais e fazer um lanche já que só poderíamos almoçar depois da parada nas Falésias.

A cidade é bonitinha, cheia de pubs, parques e vielas antigas.

Galway é conhecida também por sua importância na música e dança tradicional irlandesa, e tivemos a oportunidade de aproveitar um pouco disso graças aos artistas que estavam se apresentando pelas ruas da cidade.

Saindo de Galway, ainda levou mais 1:30 para chegar nas Falésias! Mas chegando lá, percebemos o quanto demos sorte na escolha do dia de nosso passeio. Estava sol! Apenas poucas nuvens no céu e perfeita visibilidade para aproveitar a vista.

E que vista! Os vastos paredões de pedra com até 200 metros de altura acima do mar são imponentes e impressionantes. Como curiosidade, além de ser um dos pontos turísticos mais famosos da Irlanda, também serviu de local de filmagem para uma das cenas mais emblemáticas de Harry Potter e o Príncipe Mestiço, quando Harry e Dumbledore exploram uma caverna em busca de um artefato importante. A parte externa nada mais era do que uma vista aérea de Moher!

Valeu muito a pena a visita! Mas é um local bastante turístico, então mesmo sendo bem grande, todos os pontos estavam repletos de gente querendo tirar fotos. Como comentei no post sobre o País de Gales, sinceramente, acabamos curtindo mais ver as falésias menos populares do interior do País de Gales, simplesmente por ser possível aproveitar com muito mais paz o local.

 

Depois de um longo dia de viagem e turismo, paramos em um típico pub local para um almoço de meio de tarde, onde pudemos curtir uma boa Guinness e um maravilhoso ensopado irlandês antes de curtir o pôr do sol e retornar para Dublin!

Para nossa viagem de novembro de 2018 resolvemos continuar conhecendo o Reino Unido e locais de filmagens de Game of Thrones. Como queríamos ir para Belfast, pensamos: Por que não aproveitar e conhecer logo as duas Irlandas?

Assim, resolvemos começar por Dublin, capital da Irlanda, terra natal da cerveja Guinness e do U2 (duas coisas que adoramos!)

Nosso Roteiro:

• Dia 1 – Chegada em Dublin
• Dia 2 – Interior da Irlanda
• Dia 3 – Dublin
• Dia 4 – Viagem para Belfast
• Dia 5 – Interior da Irlanda do Norte
• Dia 6 – Belfast
• Dia 7 – Belfast
• Dia 8 – Retorno

Então, vamos começar por Dublin!

Em nosso dia passeando pela cidade, resolvemos começar pela principal atração: A fábrica da Guinness – Guinness Storehouse. O prédio em si onde ocorre o tour não é onde fabricam a cerveja, mas a Guinness ainda é fabricada em Dublin em um local fechado para visitação.

A parte interna do prédio é no formato de um copo Pint de Guinness e tem 7 andares, onde é possível conhecer a história da empresa, o processo de fabricação da cerveja, degustar a cerveja com instruções de como apreciar e/ou parar pra tomar uma Guinness em uma das opções de bares, incluindo a atração principal, o Gravity Bar, que é um bar giratório com vista panorâmica pra cidade.

  

Optamos por não ficar no Gravity Bar. É extremamente lotado e mal dava pra aproveitar a vista de forma confortável. Ao invés disso, optamos por almoçar uma tradicional torta de carne feita com Guinness ao som de música ao vivo. Bem melhor!

 

O passeio é legal, mas é melhor ir com as expectativas baixas. Por exemplo, a Heineken Experience de Amsterdam é muito mais divertida e interativa. Seu aproveitamento dependerá do interesse em ler sobre a empresa e o processo de fabricação, já que é uma visita autônoma, sem guia e sem grandes surpresas. A melhor parte foi realmente ficar tomando a cerveja em um dos bares ao som de boa música.

Findo o passeio, resolvemos simplesmente cruzar a cidade a pé, até chegar em Trinity College. Há algumas atrações interessantes entre esses dois pontos, como a área medieval da cidade, com algumas igrejas e ruínas, o antigo portão de entrada de Dublin e uma atração explorando o passado da cidade com as invasões Vikings.

Além disso, é possível caminhar pelas margens do rio Liffey, que corta a cidade e é bastante charmoso, repleto de pequenas pontes. A mais famosa dessas é a ponte pedonal Liffey, ou mais conhecida pelos locais como Ha’Penny Bridge, que data de 1816 e é toda feita em ferro.

Próximo as margens do rio Liffey e próximo a Trinity College, temos umas das áreas mais populares de Dublin: Temple Bar. É um bairro inteiro de ruelas repletas de pubs, bares, restaurantes e mais. É o principal centro da vida noturna local, um bairro repleto de cores e luzes…

E perfeito para mais uma Guinness!

A próxima parada imperdível é a Trinity College. É uma das mais célebres universidades do mundo, fundada em 1592 e alma mater de Eoin Colfer (Artemis Fowl), Jonathan Swift (As Viagens de Gulliver), Bram Stoker (Drácula), Oscar Wilde (O Retrato de Dorian Gray), Jack Gleeson (Joffrey Baratheon, primeiro de seu nome, Rei dos Ândalos, dos Roinares e dos Primeiros Homens, Senhor dos Sete Reinos e Protetor do Território) entre muitos outros.

É um belíssimo campus que lembra bastante a Universidade de Oxford, que foi a inspiração pra construção. Vale Muito a pena visitar!

E assim encerramos os principais pontos de Dublin!

Saímos da cidade com ótimas impressões. Um dia é o suficiente para ver todas as principais atrações, mas 1 dia e meio ou dois permitem aproveitar melhor.

Fomos muito bem recebidos pelos irlandeses e bem tratados. Ótima comida, ótima cerveja, bons preços e uma cidade agradável e tranquila de se passear. Fizemos tudo andando praticamente, a única exceção foi a Guinness Storehouse que era um pouco mais distante do nosso hotel. Pegamos um taxi e chegamos lá rápido, sem muito custo e recebendo muitas dicas do motorista (das quais entendemos uns 20% já que o sotaque é muito pesado!).

Mais o ponto alto da Irlanda foi o interior…mais no próximo post!