Inicialmente, vale dizer que minhas viagens não envolvem compras. Claro que sempre compro algo aqui ou ali, mas nunca é o foco da viagem gastar tempo e dinheiro fazendo compras. Por isso mesmo que esse é o primeiro post sobre compras.
Dito isso, antes mesmo de ir para o Japão, eu já sabia que lá seria diferente porque já estavam na minha lista uma câmera fotográfica, um óculos de sol e um casaco da Uniqlo! No entanto, acabei comprando várias outras coisas também, de câmera à cosméticos!
Uma grande vantagem para o turista é que basta apresentar o passaporte para receber 8% de desconto na hora da compra. Ao contrário dos países da Europa, por exemplo, em que o processo para se pegar o reembolso de imposto é mais chatinho, já que tem que se pegar todas as notas nas lojas, apresentar na fiscalização do aeroporto, abrir a mala e mostrar as compras, etc, no Japão já é descontado na hora!
Os lojistas colocam um pequeno selo junto com a nota de compra no passaporte, que deve ser apresentado na saída do país. O problema foi que já na nossa primeira compra, o cara que nos atendeu saiu grampeado nosso passaporte! Por isso, daí pra frente, fazíamos todas as compras que queríamos em uma só loja e de uma só vez para evitar furos desnecessários no passaporte!
Teoricamente, você deve apresentar suas compras lacradas e sem uso no aeroporto na hora de ir embora, exceto se forem líquidos com mais de 100ml e mais alguns produtos de consumo. Na lista constava que a camera era um dos produtos que poderia já estar em uso.
Bem, mas vamos lá: ao que vale ou ao que não vale a pena comprar no Japão!
Eu já havia lido que os preços são bem mais convidativos se comparados com o Brasil, mas menos se comparados com a Europa. Isso porque o Japão cresceu muito devido ao seu destaque nos aparelhos eletrônicos, especialmente as câmeras fotográficas. Tanto que a Canon, a Nikon, a Sony, etc são todas marcas japonesas. Por isso, ele se tornaram bastante protetivos, fazendo com que o valor da camera seja mais ou menos tabelado nos EUA e Europa.
Por outro lado, mesmo sendo um produto de preço tabelado, a vantagem de se comprar no Japão é que ainda assim sai um pouco mais barato que na Europa (afinal, não houve imposto de importação) e porque o turista tem direito aos 8% de desconto. Logo, de cara a câmera já sai com uns 20% de desconto em relação a Europa. Não é um super desconto, mas considerando que é um equipamento caro pode ser uma boa comprar.
Com isso em mente, de antemão eu já tinha uma ideia do tipo de camera que iria comprar: uma semi-profissional, leve, que não fosse um trambolho, mas que tirasse fotos melhores do que um celular. Afinal, com tantas viagens pra lá e pra cá, estávamos sentindo falta de algo melhor que um IPhone e não seria uma câmera compacta que iria resolver.
Com isso em mente, antes de viajar pesquisei alguns modelos e estava bem disposta a comprar a Canon 1300D (nome na Europa)/Canon Rebel T6 (EUA e Brasil)/ Canon Kiss X80 (nome do Japão). Contudo, essa realmente estava quase o mesmo preço na Europa e, embora fosse uma ótima camera, me apaixonei pela Canon 200D (nome na Europa)/Canon Rebel SL2 (nome nos EUA e Brasil)/Canon Kiss X9 (nome no Japão).
Por ser uma versão mais cara, recente e ultra lançamento nas lojas, a Canon 200D em tudo superava a Canon 1300D. A imagem, a interface, a luz, tudo nela parecia melhor. Sem contar, que é um tanto mais leve (pesa 400g com a lente!). Hoje em dia, ela é a DSLR mais leve do mundo. Então, dá pra levar para qualquer lugar sem pesar quase nada!
No entanto, o que fez toda a diferença para mim, foi umas bobeirinhas do tipo: ter uma tela giratória que dá para tirar selfie, ter sistema que passa as fotos da camera instantaneamente para o celular e o computador (sem precisar conectar, descarregar tudo no computador, etc). Então, se tivermos vontade, podemos tirar uma foto e em segundas publicá-la sem precisar descarregar nada em lugar nenhum.
Outra coisa super legal, é que era a mais nova camera da Canon e uma sensação em todas as lojas que fomos. Ela ainda levaria alguns meses para ser lançada no mundo. Enquanto lá, já estava disponível em quase todas as lojas que entramos.
Fui nas gigantescas Bic Camera (Ginza e Shinjuku) e Yodobachi (Shinjuku e Akihabara), mas no fim acabei comprando na MAP Camera (Shinjuku, em frente a uma grande Yodobachi), que estava com o melhor preço. Apesar de menor que suas concorrentes, lá foi o local em que encontrei cameras pelos melhores preços em Tóquio.
E se você está pensando em adquirir uma câmera de segunda mão, esse é o lugar! A MAP Camera tinha vários bons modelos de câmeras semi-novas e usadas. Pelo que pesquisei, talvez seja também o melhor lugar para se comprar uma usada.
Uma coisa que eu estava curiosa para experimentar eram os cosméticos! Entrar nas lojas de beleza gigantes, que mais pareciam um supermercado de cosméticos, tornou-se um parque de diversões para mim!
As japonesas são muito vaidosas e lá tem muita coisa diferente, das quais boa parte eu nem entendi para o que funcionariam! E foi por isso mesmo que não fiz mais compras!
Entretanto, dentre muitas quinquilharias de variados preços, algumas coisas chamaram atenção, pelo preço e pela qualidade.
Por exemplo, a famosa Shiseido é japonesa. Essa é uma marca mais cara e mesmo lá não é exatamente barata. Acontece que descobri lá que eles tem uma linhas mais populares de cosméticos, que sequer são vendidos nas lojas deles, mas em lojas de cosméticos e farmácias e não o nome deles, embora sejam eles que produzam e a qualidade seja a mesma!
Uma delas é a linha Tsubaki para cabelos. Experimentei no hotel e gostei tanto que comprei a linha toda! Shampoo, condicionador e máscara. E lá você encontra em qualquer lugar por uns 6 euros. Uma beleza!
A Shiseido também tem a linha Fino, que é uma ótima máscara quando os cabelos estão precisando daquela hidratação poderosa!
Outra submarca da Shiseido é a Aqualabel. Comprei um mini-kit para experimentar e me pareceu muito bom. Optei pelo kit vermelho, que serve mais para hidratar e nutrir a pele. O kit vem com óleo de limpeza, espuma de limpeza, loção e emulsão e permite testar e conhecer o produto antes de comprar a versão grande e bem mais cara! Aprovado!
As mulheres lá adoram um bom delineador. Vi em várias lojas o Real Lasting Eyeliner da K-Pallete. Acabei comprando e foi super aprovado. Ele funciona como um pincel/canetinha. De fácil aplicação (na medida do possível para um delineador), dura o dia inteiro e sai com facilidade com qualquer removedor de maquiagem.
(Assim como a linha Tsubaki, o delineador já tinha sido testados pela Adriana Miller, do blog drieverywhere, e foi onde vi essa dica de compra no Japão).
Por recomendação de uma amiga, também comprei o Natural Aqua Gel da Cure, que é o exfoliante para pele mais vendido no Japão. Ele é um peeling natural, que tira a pele morta, mas sem agredir a pele. Realmente dá para sentir a pele do rosto mais limpinha, mas sem aquela sensação d ter ficado ressecada/esquisita.
Há muito tempo eu vinha procurando óculos, mas sem muito sucesso. Eu sabia que um bom lugar para comprar seria na Ásia. Afinal, as mulheres lá tem um formato de rosto muito parecido com o meu: redondo e pequeno.
Então, lá eu descobri a marca Jins, que também é própria do Japão. Eles tem uma grande variedade de óculos, de vários modelos e tipos, com boa proteção solar preço amigo!
Outra coisa que eu queria comprar lá era um casaco da Uniqlo mesmo antes de ir!
A Uniqlo é uma marca japonesa, já presente em algumas cidades europeias e eu estava doida para testar! Até porque sabia que lá iria pagar metade do preço! E realmente foi. Enquanto na Europa sai por uns 70-80 euros, paguei mais ou menos 35 euros no meu.
Ele tem uma tecnologia que permite reter calor e ótimo para os dias frios. E ele é bem pequeno e leve. Na verdade, ele é preenchido com penas e, por isso, é muito leve. Mas apesar de tão leve, é bem quentinho. Já usei ele em temperaturas próximas dos 5/10 graus, sem mais nada, e foi o suficiente.
É ótimo para viagens! Inclusive, pode ser dobrado e posto em um saquinho virando uma bolinha, que cabe em qualquer cantinho da mala. O saquinho vem junto com o casaco. É tão prático para quem viaja, que o David também comprou um para ele (no caso, o vermelho que está na foto).
Em resumo, o Japão não é o paraíso das compras (tipo EUA), mas os preços valem a pena em relação ao Brasil. E não só valem a pena em relação aos preços, como também é possível ver todo o tipo de coisas diferentes e, por isso mesmo, se divertir muito enquanto dá uma espiada pelas lojas! E é impossível voltar sem comprar nada de lá!