Antes de voltarmos para Estocolmo, nossa última parada foi em Helsinque, capital da Finlândia. Com pouco mais de 600 mil habitantes, é a maior cidade do país. Apesar de ser uma área moderna e socialmente desenvolvida, tem um ar um tanto proviciano.
A cidade foi fundada em 1550 pela Suécia em uma tentativa de ser um importante porto comercial e concorrer com Tallin, capital da Liga Hanseática. Ao mesmo tempo, a Suécia visava se proteger do expansionismo russo. Apesar disso, na época, Helsinque não prosperou como esperado e acabou ocupada pela Rússia. Foi só no século XX que o país conquistou sua indepedência.
Geograficamente, é conhecido como o “país dos lagos” porque são mais de 150mil lagos e ilhas espalhados pelo país. Por isso, tem a água do mar com uma das menores taxas de salinidade do planeta. E, realmente, andando pela cidade, parece que tudo que vemos são inúmeros lagos, mesmo quando estamos vendo o mar.
Só tivemos um dia na cidade, mas que foi o suficiente para vermos todos os pontos turísticos. Isso porque, apesar de ser uma cidade relativamente grande, todos os pontos turísticos estão concentrados na região central. Então, a melhor forma de conhecer é caminhando e dá para ver tudo em um dia só tranquilamente.
Como contei nesse post aqui, era a última cidade do cruzeiro russo que fizemos. Assim que passamos pela imigração e desembarcos, fomos direto ao ponto do tram que fica logo em frente ao porto. Salvo engano, pegamos o tram número 9, que nos deixou no centro em cerca de 15min.
Descendo nessa estação, caminhamos um pouco e chegamos na primeira atração turística: a Igreja Temppeliauko. Essa é uma igreja/capela diferentona porque, além de ser escavada numa grande rocha, também tem o teto de madeira com aberturas para entrada de luz natural.
Depois, resolvemos andar até o centro histórico. Só que haviam alguns parque no meio do caminho e foi onde passamos um bom tempo, antes de efetivamente irmos até lá. Por ser verão, os finlandeses estavam aproveitando o sol e os parques e nós também quisemos ficar a toa por lá.
Depois de ficarmos cerca de 1h por ali, era hora de continuar andando. Assim, seguimos até o centro mais histórico, até chegar a catedral, mas passando por alguns prédios e monumentos antigos pelo caminho.
Enfim, chegamos à Catedral, que estava apinhada de gente. Depois que a religião luterana foi considerada a principal do país, essa igreja foi consagrada a Catedral da cidade. Localiza-se na Praça do Senado, em meio a Universidade de Helsinque e à Biblioteca Nacional. Todas as três, construídas em estilo neoclássico. Embora muito suntuosa por fora, com sua longa escadaria, o interior da Catedral é bem simples.
Próxima a Catedral Luterana, fica a Catedral Ortodoxa de Uspenski , outro ícone da cidade. Projetada por um famoso arquiteto russo, foi erguida em homenagem ao Czar Alexandre II e mostra a influência russa sobre a Finlândia. O interior dela é bem bonito e é uma das poucas igrejas ortodoxas em que é permitido fotografar.
Depois dessa andança toda, já famintos, fomos até a famosa Praça do Mercado, onde aproveitamos para petiscar coisinhas nas várias barraquinhas e eu acabei almoçando uma bela Paella!
Ainda contávamos com cerca de 2 ou 3 horas, antes de termos que embarcar no navio. Foi aí que vimos que o porto ficava a 50 min de caminhada na bela orla e caímos na bobeira de ir até lá. Realmente o caminho era lindo mesmo, mas rolou um perrengue na hora do embarque.
Todavia, sempre que o mapa mostrava que nos aproximavamos do porto, também mostrava que estávamos a 500 m! E nisso ficamos andando 40 m só em torno desses 500m! Em alguns momentos até avistávamos nosso barco, mas ele desaparecia! E nada de chegar. Nisso, já estava chegando o fim do horário de embarcar, nada de achar um táxi, e eu já ficando nervosa. Até que, enfim, encontramos um táxi que em 5 min nos levou pra outra ilha e embarcamos finalmente!
Apesar desse pequeno infortúnio, o dia foi ótimo! Aproveitamos nosso dia bem em Helsinque e saímos com a impressão de que vimos naquele só dia tudo que a capital tinha a oferecer.