Queijo e chocolate: bem-vindo à Gruyères

Gruyères é um vilarejo medieval com cerca de apenas 2mil habitantes e é a terra natal (advinha!?) do famoso Queijo Gruyères. Conte com casinhas bem estilo suíço, muitas montanhas, um bonito castelo, um excelente fondue e um ótimo vinho! E olhe sempre para o lado: estando no topo de uma colina, as vistas são sempre maravilhosas!

Gruyères é facilmente percorrida, já quem tem apenas uma rua principal que leva diretamente ao castelo. Mas vá devagar! Vá observando como era a vida na Idade Média na Suíça. No meio da rua principal há uma fonte, que todos usavam para buscar água e por isso mesmo era o ponto de encontro da cidade.

Mais à frente fica o portão da cidade, que leva ao castelo, que é cercado de casas históricas bem fofinhas.

Mas o mais inusitado é que bem perto do portão fica o Museu HR Giger. Na verdade, o museu fica situado dentro Château St. Germain, um outro castelo medieval, mas bem menor do que o castelo principal. O museu abriga uma exposição ao artista plástico suíço Hans Ruedi Giger, conhecido por montar os cenários e monstros de Alien. E do outro lado da rua fica o HR Giger Bar, um bar também inspirado nas obras do artista.

Siga em frente e chegará ao Castelo de Gruyères, que é a principal atração da cidade (embora pra mim seja o principal seja o fondue! hahaha). O castelo é o segundo mais visitado na Suíça, ficando atrás apenas do Castelo de Chillon em Montreux.

O Castelo de Gruyères foi construído no século XIII e por séculos serviu de residência a condes e famílias de prestígio. Em 1938, foi comprado pelo governo local, transformado em museu e aberto ao público diariamente, contando os 800 anos de história do castelo.

Nós resolvemos visitar mais tarde e no fim acabamos não voltando, mas o mais legal de todo castelo realmente é ver por fora! Além disso, as vistas das cercanias do castelo são simplesmente lindas, com montanhas verdes a perder de vista!

A região do vilarejo de Gruyères abriga mais de 100 fábricas do delicioso queijo suíço, e muitos deles são abertos à visitação. Inclusive, a mais fácil de visitar fica logo em frente à estação de trem fica a “La Maison du Gruyère”. Nós optamos por não fazer tour interativo, já que estávamos mais interessados em comer do que ver a produção! hahah Então escolhemos um restaurante com vista para as montanhas, onde comemos um maravilhoso fondue acompanhado de vinho da região!

E no tema comida, há também uma chocolateria artesanal chamada Chocolaterie de Gruyères, em que explicam como o chocolate é produzido e há uma pequena degustação. Maaas eu estava acompanhada do meu sogro, que trabalha na Nestlé há anos decretou depois do almoço que iríamos à Fábrica Cailler, uma marca premium da Nestlé (e por isso mesmo nem voltamos no castelo e seguimos viagem para a fábrica de chocolates!)

Fábrica de Chocolate da Maison Cailler

Como disse, fomos na fábrica da Cailler pelo simples fato de que meu sogro trabalha na Nestlé da Suíça e queria que fossemos. Confesso que eu não estava lá super empolgada, imaginando que seria mais um desses passeios da Europa em que há 30 minutos de uma explicação corrida seguidos por uma “degustação” de 2 ou 3 míseros pedaços de chocolate (como foi quando visitei a fábrica da Lindt em Colônia, ou quando fui em Brugge). Mas eu estava super enganada e essa fábrica vale demais a pena!

A marca é um orgulho suíço, que já conta com mais de 200 anos de história. Foi comprada pela Nestlé, que manteve como uma marca independente mais premium. A visita é bem interativa e divertida e conta toda essa história. Tem sala de aromas de chocolates e muitas outras bem divertidas. Explicam como apreciar melhor o sabor do chocolate e muito mais. Mas o principal mesmo é que você pode experimentar todos os chocolates À VONTADE! Eles colocam a disposição todos os chocolates, de todas as linhas, que podem ser experimentados sem restrições! E eu nunca comi tanto chocolate de uma vez só!

E no final do tour você chega na loja, já sabendo quais os melhores chocolates comprar! E vale muito a pena comprar na loja, dada a variedade de combinações. E também porque muitos dos chocolates são mais difíceis de achar fora da Suíça (e alguns mesmo fora da loja!). Pra gente a visita valeu ainda muito mais pena: entramos com desconto de funcionário do meu sogro e saímos da loja carregados de chocolates também com esse mesmo desconto! hahaha

Depois de todo o vinho, queijo e chocolate, pegamos a estrada e seguimos para Vevey/Montreux.

Gruyères na prática

Nós fomos de carro, saindo cedo de Lausanne e terminando o dia em Montreux, voltando novamente para Lausanne no fim do dia. Gruyères fica a 1h de carro de Lausanne, 40 minutos de Vevey ou Montreux. O carro foi a opção mais conveniente, já que conseguimos visitar Gruyères, Vevey e Montreux no mesmo dia. Além disso, a Maison Cailler fica a apenas 10 minutos de carro de Gruyères, mas não me pareceu ser lá muito bem servido por transporte público.

Para quem vai de transporte público, basta pegar o trem para Gruyères, mas que normalmente demandam 1 ou 2 trocas de trem no caminho. A estação fica a uns 10/15 minutos de caminhada do centro da cidade ladeira acima. Há um shuttle que liga a entrada da cidade à estação de trem. Há vagas de estacionamento também perto da estação.

No verão há trens diretos a partir de Montreux no trajeto panorâmico “Golden Line”. Há também na alta temporada o Trem do Chocolate, que leva até a Fábrica da Cailler.

Lavaux,Vevey e Montreux: bem-vindo à Riviera Suíça

A região de Lavaux, Vevey e Montreux é conhecida como Riviera Suíça e há tempos atrai desde turistas à escritores e artistas. Na verdade, o principal motivo da viagem era visitar a família do David, que mora numa cidade próxima de Vevey, e não turistar à exaustão! Ainda assim, mesmo sem ir com a mentalidade de fazer turismo, foi inevitável passar em frente à muitos dos “pontos turísticos”, como o Château de Chillon, a casa de Charles Chaplin e a estátua de Freddie Mercury.

E mesmo que não tivéssemos feito nada disso já teria valido demais a pena: basta olhar em direção ao Lago Léman e pronto: já víamos o lago lindo, cercado de montanhas com os picos ainda com neve e muitas videiras! Ou seja, com certeza foi um dos lugares mais bonitos que já visitamos e que pretendemos voltar!

Lavaux

O primeiro lugar que passamos foi Lavaux, que é a região vinícola na encosta do Lago de Genebra (Lac Léman) e que se estende por 30km até Vevey. A região já produz vinho desde os tempos romanos, sendo que as atuais vinhas estão lá desde o século XI.

Quando fomos já era início do verão e era possível comprar uma taça de vinho por algo como 5 francos suíços e ir fazendo uma trilha, parando em várias vinícolas! A trilha passa pela estrada principal que leva a Vevey, então não tem muito risco de se perder. Não tivemos tempo pra isso, mas nos pareceu sensacional!

Seja como for a paisagem é linda demais! E mesmo sem parar em nenhuma vinícola, toda hora estávamos tirando fotos da paisagem! Como meu sogro mora bem nessa região, já quase em Vevey, bastava a gente ir na varanda e já tínhamos uma das melhores vistas que alguém pode ter!

E também foi lá que curti um belo de um pôr-do-sol! Certamente uns dos mais bonitos que já vi!

Vevey

Chegando em Vevey ficamos mais pelo centrinho. E pra quem vai de trem, basta sair da estação e pronto: você já dá de cara com o lago!

Dá pra entender porque o trecho Vevey-Montreux é chamado de Riviera Suíça. O lugar realmente tem um clima mais despojado e é tudo tão lindo que a gente realmente só quer andar pela margem do lago e nem precisa de maiores pontos turísticos!

À margem do lago há várias esculturas diferentes. Inclusive há uma em forma de garfo que fica bem em frente ao Museu Alimentarium, um museu bem interativo criado pela Nestlé sobre hábitos alimentares. Aliás, a sede mundial da Nestlé é justamente em Vevey!

Em Vevey também fica o Museu Charles World, que é a casa onde ele residiu por anos com sua família até seu falecimento, e que agora foi convertido em museu.

Montreux

Depois seguimos para Montreux, cidade que Freddie Mercury resolveu chamar de sua. Era onde ele dizia que buscava tranquilidade, e dá pra entender a razão disso. Tal como Vevey, a cidadezinha é muito fofa.

Para os fãs de Queen, uma das atrações da cidade é a Estátua de Freddie Mercury, em homenagem ao artista. Freddie e Queen foram à cidade para gravar o disco “Jazz”. Foi então que o cantor se apaixonou pela cidade e comprou não só um apartamento de frente lago, como o Mountain Studio, onde vários discos foram gravados. Inclusive ali foi gravado o último disco do Queen, “Made in Heaven” (Feito no Céu). O disco foi gravado já após a morte de Freddie, usando pedaços que ele deixou, e a foto de capa do álbum é justamente a sua estátua em frente ao lago.

Anos depois, o estúdio foi desativado, mas hoje há o tour Queen – The Studio Experience, com uma exposição sobre o Queen com fotos, letras, instrumentos e outros objetos da banda. O estúdio fica a 5 minutos a pé da estátua, indo pela margem do lago,dentro do Cassino de Montreux. A entrada é grátis.

Mas a atração mais importante da cidade (e também da Suíça!) é o Château de Chillon, um castelo com séculos de história construído em cima de uma ilha, antigamente usada pelos romanos como posto de guarda. O castelo já foi residência de senhores feudais e condes, já foi prisão, depósito de armas, mas desde o século XVIII já se tornou atração turística (numa época em que turismo mal existia). Mais tarde, serviu de inspiração para o castelo da Pequena Sereia. E hoje atrai visitantes do mundo todo!

O Castelo de Chillon não fica no centro de Montreux, mas é possível ir de ônibus/barco (em menos de 10 minutos) ou a pé (em uma caminhada pela margem do lago de cerca de 40 minutos). A entrada custa CHF 13,50. Quando passamos por lá o castelo já estava fechado e não pudemos fazer a visita interna. Por outro lado, estava vazio e ficamos lá curtindo o pôr do sol com vista para o castelo E para o lago!

Lavaux,Vevey e Montreux na prática

Quando fomos era feriado e os preços de hospedagem em Vevey estavam nas alturas e sem muitas opções. E já que queríamos conhecer Lausanne, que é bem perto de Vevey, decidimos nos hospedar em Lausanne e simplesmente pegar o trem pra Vevey ou pegar carona com meu sogro.

Há trens bem frequentes entre Lausanne – Vevey – Montreux e alguns barcos também. A cidade de Vevey está a 7km de Montreux, uma distância que pode ser percorrida de carro, trem, ônibus ou barco! Já o Castelo de Chillon não fica no centro de Montreux, mas é possível ir de ônibus, barco ou a pé (em uma caminhada pela margem do lago de cerca de 40 minutos).

Lausanne

Depois de Genebra, nossa próxima parada foi em Lausanne, uma cidade que também fica no Lago Léman na região de Vaud. Particularmente, eu achei Lausanne mais calma que Genebra, o que acabou contribuindo pra que gostássemos até mais do que Genebra! Pensa bem: uma cidade sossegada, cercada por montanhas, com uma centro histórico medieval super bem preservado e de frente para o lago!

A cidade é dividida duas partes, onde estão concentradas as atrações turísticas. A primeira é a Cidade Alta (Haute Ville), que a parte mais antiga e histórica e onde fica o centro histórica. O outra parte é a Cidade Baixa (Basse Ville), onde fica o lago e onde está Comitê Olímpico.

Como estávamos hospedados no centro, começamos nosso roteiro pela Cidade Alta. Nossa primeira parada foi na Place de la Palud, uma praça criada no século IX e que século XIII se tornou a principal praça e mercado da cidade, onde tudo acontecia. A praça continua cercada de edifícios igualmente históricos como a Prefeitura (Hôtel de Ville) e a fonte mais antiga da cidade.

A partir daí prepare as canelinhas porque vai ter muito sobe e desce pelas vielas medievais e escadarias da cidade antiga. Aliás, boa parte do centro histórico é fechada para carros, o que significa que andar é a única e melhor opção!

Bem no topo está a Catedral de Notre Dame, uma igreja católica em estilo gótico de 1170, que posteriormente foi transformada em igreja protestante. A igreja tem um grande órgão, 7 sinos, mas não tem quase nenhuma decoração. Por ser protestante todos os adornos foram retirados durante a época da Reforma.

Porém o mais interessante é que a torre da catedral ainda conta com um guarda noturno que anuncia o horário. Na Idade Média, era comum que guardas noturnos ficassem nas procurando eventuais incêndios e que anunciassem (gritando!) as horas de madrugada. Essa é uma tradição mantida até hoje, e todas as noites o guarda da torre ainda grita que horas são!

Além disso, vale muito visitar a Catedral pela vista que se tem da cidade. Afinal, a Catedral coroa a cidade e dá vista para a cidade antiga, para o lago e para as montanhas, e talvez seja a melhor vista da cidade!

Há várias escadarias antigas em Lausanne, mas a mais famosa é a Escaliers du Marché, que liga justamente a Place de la Palud à Catedral. A escada está ali desde o século XIII (no mínimo) e o telhado de madeira foi no início do século XVIII.

Depois ficamos batendo perna pelo centro histórico e nos perdendo pelas muitas vielas. Então,seguimos para o Palais de Rumine, um palácio do século XIX que hoje funciona como biblioteca e abriga 5 museus.

Siga um pouco mais à frente e encontrará o Château Saint-Marie, um castelo do século XIV, que hoje é a sede do governo regional.

Visitado o centro histórico, é hora de descer para a Cidade Baixa e andar pela região do lago. É possível ir a pé, mas o mais fácil é pegar o tram e em alguns você já dará de cara com o lago. Bem no centrinho fica a de tram Estação Riponne, que leva à estação Ouchy Olympique em poucos minutos. E pronto, você já vai dar de cara com o Museu Olímpico e com o lago!

O Museu Olímpico tem exposições permanentes e temporárias sobre as Olimpíadas, que contam toda a história dos jogos desde a Grécia Antiga. E ali também a sede do Comitê Olímpico Internacional.

Bem próximo ao Museu Olímpico fica o Château d’Ouchy, um castelo do século XII que foi convertido em luxuoso hotel.

Vale a pena almoçar nessa região chamada de Promenade de Ouchy, que é a “orla do lago”, com vista para o lago e para as montanhas.

Há barcos que saem dali e fazem passeios pelo Lago Léman. Há passeios inclusive para a cidade francesa Évian-les-Bains, que fica logo em frente e é famosa por causa da água mineral Évian, vendida em toda Europa.

Nós aproveitamos o clima bom de primavera pra tomar um vinho de frente para o lago e depois simplesmente andar pela promenade.

E no dia seguinte fomos explorar mais da região de Vaud, em cidades como Vevey, Montreux e Gruyères , que são temas para os próximos posts!

Lausanne na prática

ONDE SE HOSPEDAR

A cidade tem boas opções de hotel e fica bem na entrada de Lavaux, que é a região vinícola de Vaud e uma ótima base para explorar a região. Nós mesmos decidimos ficar em Lausanne pela facilidade de visitar família (o pai do David mora em Vevey) e ao mesmo tempo conhecer mais da região e voltar no fim do dia pro mesmo hotel (e com várias opções de transporte público entre as cidades próximas e Lausanne.

Então resolvemos ficar mais perto da estação central, que além de mais barato do que a região do lago, foi mais prática pra irmos e voltarmos dessas outras cidades. Ficamos no Ibis Centre Lausanne, que na época estava com ótimo preço.

COMO SE LOCOMOVER

Hospedando-se na cidade, assim como em Genebra, você também ganha o passe de transporte público (Lausanne Transport Card). Ou seja, você não vai gastar nada pra se locomover pela cidade. O passe dá acesso à todo o transporte (tram e ônibus) pelo tempo da sua estadia.

Há trens frequentes entre Genebra à Lausanne e o trajeto dura entre 35 e 50 minutos. Comprando com antecedência diretamente no site da companhia de trem é possível encontrar passagens a partir de 3 francos suíços.

Genebra

Apesar de não ter nem 200mil habitantes, parece que tudo acontece em Genebra! É lá que está a sede da ONU, com várias de suas agências especializadas como OMS, OIT, UNESCO e muitas outras. Lá também está a sede da Cruz Vermelha e mais de 200 organizações internacionais, tanto governamentais quanto não governamentais. E justamente por isso a cidade está acostumada a receber milhares de pessoas todos os meses do ano, tendo uma boa rede hoteleira e infra-estrutura!

Eu confesso que a combinação Genebra/Lausanne/Vevey/Montreux me surpreendeu e gostei muito mais do que do lado alemão da Suíça (Zurique, Berna e Lucerna). Não que Lucerna não seja deslumbrante, como praticamente toda cidade da Suíça! Porém achei que o lado francês tinha tudo que o lado alemão tinha, como lagos, rios e montanhas, mas com pessoas mais receptivas!

Talvez tenha ajudado o fato de eu ter descoberto uma graaande comunidade portuguesa na Suíça, que está justamente concentrada no lado francês! São muitos portugueses, desde a recepcionista do hotel até garçons em restaurantes! E logo que nos viam conversando em português, já mudavam do francês pro português e lá iam contar tudo de sua vida na Suíça e nos dar dicas do que fazer por lá!

Outro ponto foi que achei essa região um pouco mais barata que o lado alemão (ou menos cara pq afinal é Suíça!), o que nos permitiu ir à bons restaurantes e aproveitar muito nossos dias por lá sem nos preocuparmos de irmos a falência! hahaha

Nós ficamos 1 dia e 2 noites em Genebra e depois seguimos viagem para Lausanne, mas foi o suficiente para vermos as principais atrações turísticas em um roteiro bem redondinho!

Ficamos hospedados muito próximos da estação central de trem e por isso começamos nosso roteiro pelo Monument Brunswick, que fica a menos de 10 minutos à pé da estação central e a menos de 5 minutos do nosso hotel.

O Monumento Bruswick é um mausoléu construído em 1879 no Jardin des Alpes em Genebra, Suíça, em homenagem à Carlos II, duque de Brunswick. Antes de falecer o duque alemão fez um testamento deixando toda sua fortuna à cidade de Genebra desde que um monumento fosse construído em uma posição proeminente da cidade. O monumento deveria ser uma réplica da tumba da Família Scaliger em Verona na Itália. Assim, a cidade construiu esse mausoléu após sua morte e com o legado construiu diversos outros edifícios como o Grand Théâtre de Genève.

Atravessando a ponte próxima, a gente já chega no Relógio Floral (L’horloge fleurie), que fica no Jardim Inglês (Jardim Anglais). Feito com 6500 flores o relógio está lá funcionando desde 1955 representando a tradição suíça em fabricar relógios.

E o tempo todo andando por essa área você terá vista para o Lago Léman. E bem no meio do lago fica o Jet d’Eau, um jato de água/ fonte de 140m de altura! Se quiser há vários passeios de barco que saem dali, com trajetos que duram entre 30 minutos e 2 horas.

Como só tínhamos um dia na cidade, continuamos o roteiro. Seguimos até a Catedral de São Pedro (Cathedrale St. Pierre), uma igreja que teve sua construção em 1160 e sofreu várias modificações ao longo do tempo. Apesar de ter sido fundada como igreja católica, foi transformada em protestante. Era o local em John Calvin (João Calvino, líder reformista) fazia seus sermões, e a cadeira dele está marcada lá.

A catedral fica bem no meio do centro histórico, e é um ponto estratégico pra ter uma boa vista da cidade, mesmo que você não queira subir a torre pra ver a vista (como eu não quis!). No subsolo da catedral fica o museu arqueológico da própria igreja.

E estando a catedral bem no coração do centro histórico, passamos um tempo perambulando pelas ruelas medievais. Como a Cidade Velha (Vieille Ville) é bem pequena e concentrada, em pouco tempo dá pra andar tudo. Você pode passar pela Praça Bourg-de-Four, Prefeitura (Hôtel de Ville), museus e outros edifícios históricos.

Depois voltamos e atravessamos o lago novamente, mas dessa vez de barco usando o passe de transporte público (que vou explicar mais pra baixo como funciona), Basta andar até próximo ao Relógio de Flores e há barcos que cruzam para o outro lado do lago. Os barcos saindo dali passam bem próximos do Jet d’Eau, o que acaba sendo um passeio por si só!

Ficamos ali curtindo mais um pouco o sol e o lago, e então pegamos o tram (n. 15) e seguimos para a ONU (parada Place des Nations).

É possível fazer uma visita guiada pela ONU, sendo aconselhável reservar com antecedência diretamente no site da ONU. Como fomos em um feriado, o local estava fechado.

Bem em frente ao prédio da ONU fica a Cadeira Quebrada (Broken Chair). A escultura foi feita em 1997 pra ser uma amostra temporária pela proibição das minas terrestres em guerras. A amostra gerou tanta comoção que acabou se tornando permanente.

Perto da Place des Nations também fica o Museu da Cruz Vermelha, que conta a história e o trabalho desenvolvido pela Cruz Vermelha ao longo das décadas. Também ali ficam as agências especializadas, como a OIT, OMS e muitas outras. Ali nas imediações também fica o CERN (Organização Européia de Pesquisa Nuclear), onde a internet foi criada e onde está o maior acelerador de partículas do mundo.

Como fomos em um feriado, tudo estava fechado, mesmo assim passamos em frente aos prédios, andamos pelo parque próximo, que inclusive tinhas estátuas como a de Gandhi, e demos o dia por encerrado.

Genebra na prática

Onde se hospedar

Como disse, o que não falta é opção de hotel em Genebra, já que é um lugar acostumado a receber muita gente o ano todo. Nós pegamos uma promoção da Accor e ficamos no Ibis Styles Genève Mont Blanc, que estava com ótimo preço.

Acho uma boa ficar perto da estação central (gare). Além de ter muitas opções de restaurantes e transporte, é mais barato que em frente ao lago, mas ao mesmo tempo está a 5-10 minutos a pé do lago e próximo do centro histórico.

Como se locomover

Hospedando-se na cidade, você ganha o passe de transporte público (Geneva Transport Card). Ou seja, você não vai gastar nada pra se locomover pela cidade. O passe dá acesso à todo o transporte pelo tempo da sua estadia, incluindo ônibus, tram e barco.

Quanto ao barco, procure pelos Mouettes, que são barcos de cor amarela que ficam cruzando o lago.

Como ir do aeroporto de Genebra até o centro da cidade

Ao desembarcar, basta ir até a máquina de venda de bilhetes (que fica logo na saída da área de esteiras de bagagens). Procure pelo ticket da Urieso, oferecido pelo próprio aeroporto. Com esse passe é possível usar o transporte público de graça até o centro da cidade por um período de até 80 minutos.