Sintra, Cascais, Cabo da Roca e muito mais!

IMG_2477No nosso segundo dia em Portugal, planejamos um bate-e-volta a partir de Lisboa. Queríamos conhecer a região de Sintra, Cascais, Cabo da Roca, etc. Seria impossível fazer tudo que queríamos em um só dia por conta própria, pois simplesmente não haveria tempo hábil. Todos os tours que encontrei também eram bem “amarrados” e parecidos. Foi assim que resolvi que seria melhor um tour particular, podendo escolher o que melhor nos interessasse, sem paradas comerciais, esperas e sem perdas de tempo. Definido o roteiro e chegado o dia, saímos antes das 9 do hotel em direção à Sintra.

Nossa primeira parada foi no Palácio Nacional de Queluz, local onde nasceu e faleceu D. Pedro IV de Portugal (ou o nosso D. Pedro I do Brasil). Inicialmente, o palácio foi construído com a finalidade de ser um recanto de verão para a família real, tendo em vista que Sintra é mais fresca que Lisboa. Entretanto, acabou por se tornar residência oficial da família real portuguesa até a invasão napoleônica, época em que a família real fugiu para o Brasil.

Acabamos por visitar apenas os jardins, já que nosso dia seria bem longo. O que achamos mais interessante no jardim é que foi construído o Canal dos Azulejos no riacho que passa pelos jardins. Quando as comportas do canal eram fechadas, formava-se uma larga piscina. Além de nadar com seus convidados, a família real ali também mantinha pequenos barcos em que passeavam, vendo os azulejos que contêm representações de importantes marcos da história portuguesa.

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Nossa segunda parada foi Palácio da Pena, que era justamente o que eu estava mais ansiosa por conhecer! Afinal, como resistir a um palácio diferentão como esse!? Todos os palácios que conhecemos viajando por aí são sempre aquela coisa bonitinha, alinhada, rica em ouro, belos jardins, essas coisas. Esse chamou atenção por ser mais que isso.

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O Palácio da Pena já foi considerado umas das Sete Maravilhas de Portugal e é o mais visitado do país. Situa-se na Serra de Sintra, em uma zona íngreme do Parque da Pena e tem uma estrutura acastelada, já que também fica próximo aos Castelo dos Mouros e foi construído a partir de um antigo mosteiro.

A inspiração para a construção veio dos castelos alemães do Vale do Reno, das torres medievais, da arquitetura árabe e, claro, misturado com a fascinação que os portugas têm por azulejos. A exótica combinação deu resultado a esse palácio diferente de qualquer outro!

 

Para quem se interessar e for com mais tempo e disposição, há diveeeersas trilhas pela mata que circunda o Palácio. E seria fácil dedicar um dia inteiro só a ficar por ali. Nós ficamos apenas 1:30 – 2hs, pois ainda tínhamos muito o que ver pela frente.

Antes de continuar, paramos em Sintra para o almoço. Paramos para almoçar no restaurante Tacho Real. Ele fica bem no centrinho e encontramos meio por acaso. Com serviço impecável, uma boa música ao vivo ao fundo, um bom vinho, o bacalhau (prato principal da casa) era de comer rezando!

Demos uma volta bem rápida pela simpática cidade e compramos alguns azulejos pintados a mão, com melhores preços que em Lisboa. Importante dizer que é ali no centrinho de Sintra que também fica o Palácio Nacional de Sintra, também conhecido como Palácio da Vila, tendo influência muçulmana, mas que infelizmente não foi possível visitar.

De lá, seguimos para o Palácio da Quinta da Regaleira. O palácio está localizado próximo ao centro histórico de Sintra. Cercado por bosques, tem traços arquitetônicos mistos e vários significados ocultos relacionados à maçonaria.

Por isso mesmo, por mais que o Palácio seja bonita, e o bosque, e as esculturas gregas em mármore, e isso e aquilo, o que mais queríamos ver era o Poço Iniciático. Essa galeria subterrânea com escadaria em espiral tem ao fundo do poço uma rosa dos ventos, que simboliza a cruz templária e indica ser da Ordem de Rosa-cruz. Os estudiosos acreditam que ali se davam os rituais de iniciação da maçonaria e, por isso mesmo, chama-se Poço Iniciático.

Tal lugar encravado na terra teria sido escolhido pela imagem simbólica de que todos os homens nascem do útero da terra, mas que ali devem voltar. São 9 lances de escadas, com 15 degraus cada, fazendo referência à Divina Comédia de Dante e os estágios do céu, purgatório e inferno. Tudo ali hoje ainda remanesce um mistério. Seja como for, vale muito a visita.

De lá rumamos para os lados de Cascais. Nossa primeira parada indo naquela direção foi o Cabo da Roca, o ponto mais ocidental da Europa Continental e que se precipita sobre o Oceano Atlântico. Camões eternizou esse local ao mencioná-lo em Os Lusíadas, descrevendo-o como o local “onde a terra se acaba e o mar começa”.

Saindo de lá, seguindo à beira-mar. Passamos pela Praia do Guincho e não pudemos continuar sem antes parar ali para tirarmos algumas fotos e observarmos o lugar. Realmente belo.

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Em seguida, seguimos para a Boca do Inferno. O local é chamado assim por conta do mar violento que se bate contra as falésias, aumentando ainda mais o buraco do que um dia foi uma gruta. Ficamos ali um bom tempo, contemplando o show que a natureza nos dava, admirando um magnífico por-do-sol. Chegamos todos a conclusão que por mais que as visitas aos palácios tivesse sido interessante, nada compete com a beleza da natureza.

Depois disso, ainda passamos pelo charmoso centro de Cascais rapidamente e também pelo de Estoril. Vimos por fora o famoso cassino de Estoril para, enfim, regressarmos à Lisboa. A volta foi por uma estrada muito bonita junto ao mar, especialmente junto à Foz do Rio Tejo. Exaustos e felizes, chegamos ao hotel por volta de 19hs.

 

Dica prática

Realmente, como disse no início do post, teria sido impossível conhecer tudo isso por conta em um só dia, ou em um tour com várias pessoas. Foi aí que em um desses links que te levam a outro link, que te levam a outro link, encontrei em um blog alguém que recomendava um taxista/guia apaixonado por história e que fazia um preço amigo com esse exato roteiro. Hoje esse senhor trabalha apenas com turismo e tem, até mesmo, uma van para passeios. Fechei o passeio com ele para 4 pessoas com o roteiro que escolhi por 150 euros. O nome dele é Sr. Aníbal e o contato foi por e-mail.

Acontece que, no dia, um outro senhor apareceu, pois o Sr Aníbal havia ficado doente e não poderia nos levar. Tratava-se do Sr. Viriato; um simpático senhor, apaixonado por Portugal que nos contou muitas histórias de sua terra e também de sua vida. Ao longo de seus 70 anos já viu muita coisa acontecer e já viveu muita coisa, como, por exemplo, já foi legionário na África, morou na Alemanha, fez viagens incríveis. Enfim, mais do que um guia foi uma ótima companhia para esse dia perfeito. O valor do passeio foi o mesmo que já havia sido acordado anteriormente.

Contatos:

Sr. Aníbal de Almeida: anibal.r.almeida@hotmail.com
(+351) 966 492 717 WhatsApp

Sr. Viriato Dias:  219 836 736 (tel) ou 966 775 481 (cel)