Um dia em Sirmione e Lago di Garda

O Lago di Garda é o maior lago da Itália, tendo 370km e localizado entre as regiões da Lombardia e Veneto. Desde os tempos romanos toda a região de Garda, incluindo a área de Sirmione, tornou-se um resort favorito para famílias abastadas. Hoje, Sirmione segue atraindo milhares de turistas, que querem conhecer a cidade medieval mais bonita do Lago Garda, conhecida como “a jóia de garda”.

Além do lago incrivelmente azul e bonito, Sirmione ainda é uma cidadezinha fortificada, que parece ter parado na Idade Média. Já no século IV a pequena cidade começou a ser fortificada, mas foi só no século XIII, quando a região caiu nas mãos da Famiglia Scaligero (a mesma que governava Verona), que o castelo foi erguido.

O Castello Scaligero é a principal atração da cidade. A construção começou em 1277 quando a Famiglia della Scala/Scaligero buscava aumentar sua influência no norte do país. O grande castelo, em formato quadricular, foi construído em local estratégico: bem na entrada da península da antiga Sirmione.

Para deixar ainda mais “intransponível”, o castelo seria cercado de um fosso natural e só poderia ser acessado por duas pontes elevadiças.Até hoje realmente só há as duas entradas para a cidade, que dão acesso ao castelo e a uma cidadezinha medieval super bem preservada e bonita.

Também dá pra visitar a Rocca Scaligero, que é a torre que guarda a entrada do castelo. Mas já aviso que são 146 degraus até o topo e uma boa fila pra entrar (não, obrigada!).

Além do castelo, é possível visitar a Grotte di Catullo, que fica a uns 30 minutos de caminhada do castelo. Essa é uma vila romana do século I, que parece ainda estar em bom estado de preservação. Mas se o seu tempo estiver curto, ou simplesmente não estiver muito afim, há passeios de barco que saem bem da entrada da cidade antiga/castelo e te levam pra contornar a península, passando pela Grotte di Catullo. E foi isso o que fizemos!

Entramos no primeiro barco que iria sair, esperamos encher mais um pouco e logo já estávamos passeando pelo Lago Garda. Passamos pela Grotte di Catullo, pelas termas, demos a volta na península e 30 minutos depois desembarcamos no mesmo ponto. Super agradável e custa 10 euros por pessoa.

Outra atração de Sirmione pra quem tem mais tempo são as termas naturais. No spa Aquaria há piscinas termais ao ar livre, com vista para o lago. Nada mal, ne!?

Nós fomos em um bate-e-volta mais corridinho. Então, conhecemos o castelo, a cidadezinha, aproveitamos pra almoçar, tomar um gelato e fazer o passeio de barco. Mas não vou mentir: é realmente tudo muito lotado. Muita gente, o tempo todo em todos os lugares dentro dos muros da cidade.

Quando cansamos de toda a muvuca da cidade antiga, fomos andar pelas praias e pela parte natural, longe da multidão.E foi suuuper agradável, mesmo que estivesse ventando horrores! Basta andar uns 10 minutos pela “orla” e você já sai de toda bagunça pra um lugar super tranquilo e com apenas um ou outro gato pingado aparecendo de vez em quando.

Com a ventania aumentando, decidimos que era hora de deixar a pitoresca Sirmione e voltar pra Milão.

Sirmione na prática: bate e volta desde Milão

Eu gostei muito de Sirmione! Realmente a cidade é linda e o castelo parece saído de uma montagem de revista, maaas é meio chatinho de se chegar de transporte público vindo de Milão pra um bate e volta. Acho que vale mais a pena ir de carro, pernoitar por lá e seguir pra Verona.

Maaas nós estávamos sem tempo. Na nossa viagem pra Milão, além de Milão em si estávamos determinados a conhecer o máximo da região. Então, aproveitamos pra conhecer Verona (post aqui) e o Lago Como (tema do próximo post) e só sobrou um dia pro Largo Garda.

Em teoria, chegar lá é bem fácil. Basta pegar o trem para de Milão para Desenzano del Garda – Sirmione, que faz o trajeto em 1h20m. Chegando lá seria apenas pegar o ônibus LN026 até Sirmione, o que demora mais uns 20/25 minutos. Em tese o ônibus e trem teriam horários casados.

Na prática, pelo menos no dia em que fomos, na ida o ônibus atrasou muito e estava indo apenas até a metade do caminho, onde depois tivemos que pegar um outro shuttle, que passava em um lugar diferente do que descemos e que demorou horrores pra aparecer. E não havia nenhuma informação em lugar nenhum. Apesar da demora e da desorganização eventualmente chegamos lá.

Mas o-Deus-nos-acuda mesmo foi na volta! Chegamos no ponto de ônibus relativamente cedo, justamente pq o ônibus só passava a cada 1h30min. Maaas o tempo foi passando e mais gente foi chegando. Felizmente, como éramos os primeiros da “fila”, conseguimos entrar quando o ônibus finalmente passou (novamente atrasado!). Mas a grande maioria ficou lá no ponto pq não cabia mais gente (o suficiente pra encher mais 1 ou 2 ônibus fácil), sendo que o próximo só passaria mais de 1h depois e garantidamente haveria ainda mt gente esperando!

Por toda essa confusão com o transporte, achei meio perrenguezinho um bate e volta pra lá. Ainda mais associado ao fato de que Sirmione é bem lotado. E olha que fomos em maio, fora de feriados. Por isso, muito embora o Lago Gardo seja realmente lindo e Sirmione encantadora, gostei mais do Lago Como: super vazio, sem aglomeração e um bate e volta muito tranquilo de fazer a partir de Milão (e Lago Como é justamente o tema do próximo post!).