Roteiro de 2 dias em Viena

Viena foi nossa primeira parada numa viagem de 10 dias que combinando Viena-Praga-Budapeste-Bratislava, já que era o lugar com mais opções de vôo e bem no meio dos 4 países que queríamos visitar!

Viena (Wien, em alemão) é a capital da Áustria, sendo a cidade mais populosa e importante do país. E isso não é de hoje! Viena foi durante séculos uma capital imperial, desde a Era dos Habsburgos, passando pelo Sacro-Império-Romano-Germânico até o Império Austríaco. E sendo um centro de poder importante da Europa, o que não faltam são palácios e jardins espalhados pela cidade que mostram todo esse poder que a Áustria detinha.

Além de linda, a cidade é super organizada e limpa, o que talvez tenha contribuído para que eu achasse uma das capitais mais bonitas que já conheci na Europa!

Como nosso hotel ficava muito próximo à Ópera de Viena (Staatsoper), começamos nosso roteiro por ali mesmo. Viena é sinônimo de Ópera e essa é a principal e mais importante casa de ópera da Áustria. Construída em 1887 como ópera destinada à corte imperial, já serviu de palco para Mozart, Verdi e Strauss.

Depois de passar em frente à Ópera fomos para o centro da cidade, indo diretamente para a Catedral de Santo Estevão (Stephansdom), uma igreja gótica do século XII que foi palco de muitos eventos importantes do império.

Junto à Catedral fica a Rua Graben, uma rua destinada à compras desde o século XIII. Tanto nessa rua, quanto nas imediações, você encontra todo tipo de lojas, desde Zara à Louis Vuitton.

O final da Rua Graben dá Igreja de São Pedro (Peterskirche), uma igreja barroca do século XVIII, e na Rua Kohlmarket, que é outra rua comercial antiga cheia de edifícios históricos. Basta seguir por essa rua e você já vai dar de cara não só com o Palácio Imperial, como vários outros palácios, todos hoje convertidos em museus.

O Palácio Imperial (Hofburg) serviu como casa e centro de governo dos Imperados Hapsburgos por mais de 6 séculos, sendo que era comum que cada imperador fizesse sua própria renovação no palácio, o que resultou em um complexo com mais de 2600 quartos.

Hoje o local não só serve como sede do governo austríaco, como também algumas de suas “alas” foram convertidas em museus. É possível visitar os Apartamentos Imperiais (Kaiserappartments), a Escola Espanhola de Equitação (local que até hoje estão os melhores cavalos da Áustria) e Schatzkammer (a coleção de joias e coroas dos imperadores).

Nessa região fica o Albertina, um palácio antigamente usado para hospedar os convidados da família imperial que hoje é dos maiores museus de arte gráfica do mundo, com mais de 25mil pinturas e uma vasta coleção de fotografias. Também ali fica o Museu de História Nacional (Naturhistorisches Museum) e o Museu de História da Arte (Kunsthistorisches Museum), que tem obras como a de Klimt, mais famoso pintor austríaco.

Ali bem perto também fica a Biblioteca Nacional, construída pela família imperial em 1368, contendo mais de 12 milhões de livros, muitos deles ainda da Idade Média!

Biblioteca Nacional

Bem em frente aos jardins do Palácio Imperial fica o Palácio da Justiça (sede do Judiciário) e o Parlamento Austríaco, um ao lado do outro.

Parlamento

E um pouco mais a frente fica a Prefeitura (Rathaus), também um prédio histórico que até hoje ainda é a prefeitura da cidade.

E no fim do dia o roteiro ficou assim:

Já exaustos, demos o dia por encerrado e no outro dia fomos diretamente conhecer os palácios. Fomos diretamente para o Palácio de Schönbrunn (Schloss Schönbrunn), que era a residência de verão da família imperial. O opulento palácio te 1441 quartos, dos quais apenas 40 são abertos ao público. O valor do ingresso varia conforme os quartos que você pretende visitar. Escolhemos um tour que eu já nem me lembro mais qual era, mas lembro que realmente era tudo bem pomposo, como se deve esperar de um palácio desses.

Mas o principal mesmo e o que mais gostamos foi dos jardins, ainda mais que pegamos um dia de muito sol e de temperaturas agradáveis! E por isso mesmo só me lembro bem dos jardins!

O jardim conta com várias “alas”, conforme o tipo de planta ou área do jardim em que você se encontra.

Além disso, há um corredor de labirinto de mais de 600 metros.

Seguimos até o topo, rumo ao Café Gloriette, que fica em um prédio bem em cima (no antigo pavilhão), quase no final do jardim. Basta olhar pra frente ou pra cima e você verá ele!

Inclusive, há vários cafés e restaurantes dentro do complexo. Então foi lá mesmo que resolvemos almoçar. Paramos em um dos restaurantes e embora não me lembre qual deles, me lembro bem do prato! Claro que o prato não poderia deixar de ser o que há de mais típico em Viena: schnitzel e cerveja! E de sobremesa a famosa Torta Sacher, uma torta de chocolate típica da cidade!

E mesmo que você não queira tomar um café, siga ainda assim até Café Gloriette. De lá se tem uma vista ES-PE-TA-CU-LAR dos jardins. Sentamos ali na grama e ficamos curtindo o sol por muito tempo!

Também ali no complexo fica o Jardim Zoológico de Viena (Tiergarten Schönbrunn). Fundado em 1752, é o zoológico mais antigo do mundo e ainda tem muito da arquitetura original. Hoje, na verdade, é um centro de preservação e educacional, onde é possível ver animais exóticos (como elefantes, pandas e zebras), sabendo que eles estão sendo bem-tratados. Inclusive, os visitantes ficam em corredores mais ou menos estreitos, enquanto os animais andam em um largo espaço! E embora justamente eu não costume visitar zoológicos por causa dos maus-tratos, resolvi visitar esse justamente por causa da abordagem e acabei gostando da visita. Um ótimo programa pra quem estiver com crianças!

Depois de passarmos vaaarios horas no complexo do Palácio de Schönbrunn, seguimos para o Palácio Belvedere (Schloss Belvedere).

Na verdade, o Palácio Belvedere também é um outro complexo que abriga dois palácio do século XVIII, separados por um jardim. Um dos palácios tem obras de artes de Viena do século XVIII ao XX e é onde está quase que toda a coleção de Klimt, incluindo O Beijo. Já o outro palácio tem uma exposição de obras barrocas e góticas.

E novamente, o que mais gostamos foram os jardins, que por si só já valem a visita!

Em frente ao Palácio Belvedere fica o Museu de História Militar (Heeresgeschichtliches Museum), que é o prédio do antigo arsenal da cidade, que foi convertido em museu e conta a história militar da Áustria desde a Idade Média até os dias de hoje.

Saímos dali e paramos em um dos muitos cafés, que são uma tradição vienesa tanto quanto qualquer palácio ou ópera!

Dicas Finais

O que comer

Não deixe de comer o schnitzel, o prato típico austríaco e encontrado facilmente na cidade. É basicamente um filé de carne de vaca ou porco, empanado e frito, acompanhado de batatas fritas. Pra acompanhar, peça uma cerveja!

Viena é muito famosa também pelos cafés. A Torta Sacher, feita de chocolate, foi criada pelo confeiteiro Sacher e até hoje é possível visitar o Sacher Café e comer um pedaço da torta em seu local de nascimento! Até tentamos, mas desistimos porque a fila estava gigante e acabamos comendo em outros cafés.

Mas qualquer café já vai ter a famosa torta e muitas outras delícias! Afinal, foram os austríacos que fizeram do café da manhã e da tarde uma verdadeira experiência culinária. Mesmo o croissant (a amada patisserie dos franceses!) foi criada por eles há vários séculos.

Reza a lenda que o croissant surgiu após uma tentativa do Império Otomano de tomar Viena durante a madrugada. Como os padeiros já estavam acordados, avisaram as autoridades e a cidade conseguiu se defender. Em comemoração os padeiros inventaram um folheado em forma de meia-lua (símbolo da religião muçulmana) e foi assim que o croissant apareceu! Enfim, não fique apenas pela Torta Sacher, e como croissants e um pouco de tudo!

Ingressos

Dependendo de quantas atrações você desejar visitar pode valer a pena o Viena Pass, que permite visitar todas as atrações e ainda dá acesso ao Hop On/Hop Off. Ao contrário de outros lugares, os ônibus passam a cada 5 minutos porque todas as empresas estão reunidas no consórcio e pode valer a pena pela praticidade.

Caso não queira ver tudo, use as pernas e o metrô e compre os ingressos individualmente na hora mesmo. Eu fui em maio e praticamente não havia filas.

Onde se hospedar

Ficamos hospedados no Mercure Wien Secession, que aparentemente agora não é mais da Accor e se chama Hotel Secession an Der Oper. Na época encontrei diárias por 80 euros, o que foi um ótimo achado pra um feriado. O hotel não fica no meio do vuco-vuco do centro histórico, mas ao mesmo tempo está perto de tudo.

Como ir do aeroporto para o centro

O aeroporto de Viena fica a cerca de 25km do centro da cidade, podendo ter trânsito. Há um trem que liga o aeroporto ao centro, que é a linha S7. A passagem custa €4,20 e a viagem dura 30 minutos. Há trens a cada meia hora.

Mas nós optamos pela praticidade e eu agendei um shuttle já que iríamos chegar relativamente tarde em Viena. Quando chegamos o motorista já estava esperando com uma placa com nosso nome e fomos confortáveis em uma mercedes até nosso hotel por 27 euros! A empresa era Vienna Driver.

Ficamos 2 dias e depois seguimos de trem para Praga, numa viagem de 3 ou 4 horas, que eu vou colocar melhor os detalhes em outro post, incluindo o roteiro completo que fizemos a partir de Viena (Viena – Praga – Budapeste – Bratislava-Viena).

3 comentários sobre “Roteiro de 2 dias em Viena

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