Começo dizendo que esse passeio foi o que mais gostamos de fazer na Islândia! E mesmo que você não seja lá tão fã assim de Game of Thrones, tenho certeza que irá gostar do tour, pois passa por lugares lindos! Como esses:
Em um primeiro momento, havia pensado em alugar um carro. Então já havia visto alguns pontos de filmagem e cogitado ir por conta. Mas ainda bem que não fiz isso. Os lugares mais legais eram inacessíveis praticamente de carro e não conseguiríamos fazer tudo que fizemos em um só dia, tendo que nos virar com mapas, direções e condições de estrada e clima.
Ademais nosso guia era muito muito simpático! Um cara chamado Theo, super engraçado, que faz mestrado em história medieval, trabalha como guia e é figurante em GoT. Ele sendo também fã e trabalhando na série, sabia muito do que rolou nos bastidores. De forma que mesmo quando estávamos no ônibus indo de um ponto a outro, não ficava nem um pouco cansativo, já que ele falava sobre a série, atores, história da Islândia e dos islandeses,etc. Enfim, o cara era sensacional.
Ainda acho que ele era Thoros of Myr na verdade e estava se fazendo de guia e figurante! hahaha
O tour nos pegou no hotel no horário marcado e as 10 saímos de Reykjavík. Depois de 45 min de estrada, que mal percebendo ouvindo as histórias e vendo a paisagem maravilhosa, fizemos a primeira parada. Não vou me lembrar o nome da cachoeira, mas lá foi gravada a cena em que o Drogon aparece, aterroriza o menino que estava onde o David está e sai voando com uma ovelha.
O vídeo você confere aqui se quiser relembrar e comparar:
https://www.youtube.com/watch?v=RN1tVhQuzDw
Bem, depois disso seguimos em direção Parque Nacional Thingvellir para andar pelo desfiladeiro de Thingvellir. Além de ser um lugar bonito por si só, afinal essa são fissuras deixadas pelo encontro de placas tectônicas, também é a entrada do Vale. Fácil lembrar da Sansa chegando com o Mindinho, ou mesmo da Arya com o Clegane.
Confesso que o caminho é um pouco escorregadio. Adicionalmente, com a quantidade de pedras pontiagudas demanda um pouco de atenção atravessar o desfiladeiro todo. Mas vale a pena. Ao invés de dar pro Vale e encontrar a Lysa, vc encontra algo melhor: uma bela cachoeira!
Depois de uma breve pausa para almoço em uma lanchonete bem boa e que também não era cara (para padrões islandeses!), seguimos para vale o Thjorsárdalur. Ali foi filmada a cena em que a vila do Olly é violentamente atacada por selvagens, como Ygritte, Tormund e os Thenns, que eram canibais.
Lembram da cena: “_ Do you know where is the Castle Black. I’m gonna eat your dead mom and your dead papa. Go tell the crows!”
Curiosidade ecológica: essa é uma greenhouse. Por dentro é bem confortável e quente e plantas podem ser plantadas no telhado. Foi a inspiração do Tolkien para as tocas dos hobbits. Na verdade, o Tolkien se inspirou em várias lendas islandesas e, até mesmo, um pouco na língua.

Voltando a GoT, depois disso seguimos até um lugar ermo, de difícil acesso, para vermos o local em que foi filmada a cena em que o Clegane dá uma lição na Arya em mais um dos sensacionais diálogos deles. Convenhamos, Clegane é ótimo!
As duas fotos de cima são de GoT e as duas de baixo são nossas. Depois de visitar esse lugar, começamos o caminho de volta para Reykjavík.
No trajeto, passamos pelo Lago Thingvallavatn, o maior lago natural da Islândia. O curioso é que dentro desse lago tem uma ilha, que é a maior ilha do mundo dentro de um lago. Só que dentro da ilha tem outro lago….que é o maior lago dentro de uma ilha que fique dentro de um lago do mundo. É provável que dentro desse lago que fica em uma ilha em lago também tenha uma ilha…que seria a maior ilha dentro de um lago dentro de uma ilha dentro de um lago do mundo! hahaha e tudo isso é verdade, e não uma piada/trava-língua.
Fizemos uma breve parada em uma fazenda que faz exibição de cavalos. Claro que não era nada relacionado com o tour, muito embora insistissem em contar como foi sofrível gravar todas as cenas com esses cavalinhos, especialmente com o Clegane, e que não podiam trazer cavalos de fora porque os cavalos islandeses são puros, etc etc. Mesmo assim adoramos a pausa para esticar as pernas e ver os cavalinhos, que acabou sendo mesmo nossa única oportunidade de vê-los, já que no dia que iríamos para uma fazenda ver, choveu e acabamos ficamos em Reykjavík mesmo.
Como disse no outro post, os cavalos são de uma das raças mais puras do mundo. Apesar de pequenos, esses cavalos são extremamente fortes! E fazem parte da história e da cultura da Islândia. Afinal, esse povo passou séculos dependendo deles e das ovelhas para sobrevivência!
E eles são um tanto neuróticos com isso. Uma vez que o cavalo sai, ele não pode mais regressar ao país. Então, em torneios os cavalos saem pra não mais regressarem. Pra filmarem GoT precisam de cavalo grande para o Sir Clegane (O Cão), mas eles não permitiram a entrada e tiveram que fazer vários jogos de câmera e correções com computação gráfica para não parecer que ele estava andando em algo um pouco maior que um pônei.
Muito embora os cavalos sejam um pouco apenas maiores que pôneis, não ouse dizer que o cavalo é um pônei a um islandês. Ele ficará ofendido a ponto de dizer que pessoas baixinhas são só um pouco maiores que anões, mas que há uma diferença! hahahah
Depois dessa breve pausa, pegamos a estrada para Reykjavík de vez. Chegando na capital, nos deixaram a 2 ou 3 quarteirões do hotel na volta. Enfim, o tour acabou. Só posso dizer que o guia Theo foi um dos melhores que tivemos na vida e que esse tour foi o melhor que fizemos na Islândia.
Fizemos pela Grayline, mas compramos com um descontinho pela Viator.