Lá e de volta outra vez: mais atrações em Lisboa!

Desde a primeira vez que fui à Portugal, caí de amores pelo país e vire-e-mexe estou de volta lá! Seja em uma conexão longa/pit-stop em Lisboa à caminho do Brasil, ou mesmo para passar uma semana no Algarve como fizemos alguns dias atrás! E justamente por estar voltando de Portugal percebi que faz muito tempo que não escrevo sobre um dos meus países favoritos do planeta!

Depois daquela minha primeira ida para Lisboa há uns 5 anos, que já escrevi aqui o roteiro que fizemos, eu já voltei à Lisboa 3x e toda vez sempre acabo passando pelos pontos principais do centrinho, como a Praça Rossio e a famosa Praça do Comércio!

Então pra quem tem apenas 1 dia ou 1 dia e meio na cidade, segue valendo esse meu post antigo do que fazer por lá. Afinal, uma ida à Lisboa não conta se você não passar pela região Baixa de Lisboa, onde justamente fica a Praça do Comércio que dá para o Rio Tejo!

E outro lugar absolutamente imperdível é Belém. Afinal, ir à Lisboa e sair sem conhecer Belém é como não ir à Lisboa! E eu já contei bem direitinho aqui como ir a Belém, e onde comer os deliciosos e tradicionais pastéis de Belém! De quebra você visita o Mosteiro dos Jerônimos, que é simplesmente lindo!

É bem ali perto também já está a icônica Torre de Belém e o monumento Padrão dos Descobrimentos.

Mas se você tiver mais dias disponíveis, ou assim como eu estiver revisitando a cidade, sempre dá pra fazer algo diferente e conhecer algo novo! Então aqui vão os lugares que visitei mais recentemente e gostei muito!

Castelo de São Jorge

O castelo de São Jorge fica bem no meio da cidade e estando nos arredores do centro da cidade basta olhar pra cima e pronto! Você já vai avistar as torres do castelo nas colinas de Lisboa!

O castelo tal qual o vemos hoje foi construído majoritariamente pelos mouros no século XI, mas as escavações indicam que desde o século I a.C já havia uma fortaleza ali que foi sendo modificada e reconstruída ao longo dos séculos. No segundo pátio, você pode ver algumas dessas ruínas mais antigas. Mas mesmo o castelo que vemos hoje foi modificado muitas vezes ao longo da história, inclusive mesmo o nome foi alterado várias vezes!

Ao contrário da maioria dos castelos europeus, o Castelo de São Jorge nunca serviu de residência, mas foi construído com o objetivo de abrigar tropas militares. Também deveria abrigar a elite moura em caso de cerco da Citadela, o que acabou mesmo acontecendo quando a área foi retomada e Portugal foi fundado.

Hoje ainda restam 11 torres do castelo, estando quase todas nas encostas. Ainda há no lugar ruínas de um palácio real, um jardim com espécies nativas e uma exposição permanente sobre o castelo. Mas o mais legal mesmo é a vista do castelo! Basta ir em qualquer muro do castelo e você já dá com uma vista ESPETACULAR de Lisboa: centenas de telhados vermelhinhos e casas em azulejo que acabam no Rio Tejo!

Para chegar lá, não inventamos moda e optamos pela opção mais fácil: pegamos um uber direto do hotel logo cedo e em 5 minutos já estávamos no topo do castelo em uma corrida que não custou nem 5 euros! A opção seria subir tudo à pé ladeira acima!

Depois de visitar basta descer até a Praça Rossio em uma caminhada agradável de 15 minutos e pronto: você já estará novamente no centro de tudo! Para os preguiçosos de plantão é possível encurtar ainda mais o caminho pegando o Elevador Castelo, que é público e grátis!

O castelo abre todos os dias da semana e a entrada custa 10 euros.

Museu Nacional do Azulejo

Uma das primeiras coisas que me vem à cabeça quando o assunto é Portugal é o azulejo! Os azulejos estão por toda parte, decorando desde interiores de casa e restaurantes (e não só cozinhas e banheiros!) até fachadas inteiras de prédios! E inclusive Lisboa conta com um museu dedicado ao azulejo, que deixou de ser item de material de construção para se tornar parte da identidade cultural do próprio país!

E mesmo sem azulejos, o museu já vale a pena só pelo lugar em que está! O museu fica no antigo Convento da Madre de Deus, construído em 1509 e que passou dois séculos sendo ricamente decorado em ouro, pinturas e azulejos.

A capela principal do convento é toda em ouro (vai vendo onde que o ouro do Brasil foi parar! haha). Mas por mais que a capela seja bonita, realmente os azulejos são as estrelas do lugar!

O museu conta toda a história do azulejo, desde o início de seu uso e forma de fabricação até amostras de azulejos raros de séculos passados. De todas as exposições a que mais chama atenção é o Terreiro do Paço, uma pintura grande feita em uma parede de azulejos e que mostra como era Lisboa antes do terremoto de 1755 (a cidade praticamente teve que ser reconstruída depois do terremoto).

E foi justamente por causa desse painel que já se encontrava no convento que surgiu a ideia de trazer outros painéis, e com o tempo o convento acabou convertido em Museu do Azulejo.

O museu abre de terças à domingos, das 10 às 18h, ficando fechado de 13 às 14h.

A entrada custa 5 euros. Para chegar lá pegue o ônibus (autocarro)  718, 742, 794 ou vá de uber ou táxi. A estação de metrô mais próxima (Santa Apolónia) fica a 20 minutos de caminhada.

Oceanário de Lisboa

O Oceanário de Lisboa é aquele programa ótimo para quem viaja em família e quer agradar a criançada!

Lá você vai encontrar raias, lontras, tubarões, pinguins e muito mais! Na verdade, são mais de 8.000 espécies nadando em enormes tanques que somam 7 milhões de litros de água!

A entrada custa 19 euros e crianças pagam meia. O local abre diariamente das 10 às 20h (última entrada às 19h).

Para chegar lá basta pegar o metrô até a Estação do Oriente e andar em direção ao Parque das Nações, que fica no mesmo complexo. É uma boa oportunidade para andar também pelo Parque das Nações, que é um bairro moderno de Lisboa, tendo sido todo remodelado para abrigar a Expo Mundial de 1998.

Casa Fernando Pessoa

Se vc assim como eu adorava ler livros de Fernando Pessoa na escola (ou mesmo depois!), vale a pena visitar a Casa Fernando Pessoa, a casa em que o escritor morou nos últimos 15 anos de sua vida. O local foi convertido em museu onde além de objetos pessoais do poeta, é possível encontrar uma exposição sobre sua vida e obra.

A casa tem 3 andares, que conta com diversos cômodos como seu quarto que tem vários objetos pessoais como sua máquina de escrever.

Em outro, encontrará muitos manuscritos e poesias escritos por ele. Em outro está o único retrato para o qual posou em toda sua vida, e assim por diante…

Mas o mais legal mesmo é visitar sua biblioteca pessoal, que conta com as primeiras edições de seus livros, bem como dezenas de livros de diversos autores.

O local fica aberto de terça à domingo, de 10h às 18h (última entrada às 17h). A entrada custa 5 euros.

Para chegar lá, caso vc esteja pelas imediações do centro histórico, basta pegar o elétrico 28 e descer na R. Saraiva Carvalho. O museu estará bem perto. Como estávamos mais afastados, pegamos um uber que nos deixou na porta numa corrida de apenas 4 euros!

Bate-e-volta a partir de Lisboa

Caso sobre tempo e prefira ir para outras cidades próximas de Lisboa, Sintra e Cascais são sempre a primeira e melhor opção! E eu já escrevi sobre elas nesse post aqui.

Outro passeio que fizemos em um dia foi Évora, a capital da Região do Alentejo, que foi super tranquilo e fácil a partir de Lisboa.

E também já escrevi um post sobre Fátima, Óbidos, Nazaré e Alcobaça, 4 cidades que conhecemos em um único dia em um bate-e-volta bem redondinho!

Mesmo Coimbra é possível conhecer em um bate-e-volta de Lisboa, mas optamos por passar um dia e pernoitar lá na ida para Porto, que é justamente o tema dos próximos posts.

Roteiro de 10 dias por Viena, Praga, Budapeste e Bratislava

Viena

Depois de escrever os posts das cidades, percebi que as informações ficaram meio perdidas e resolvi escrever um post curtinho só com o roteiro que fizemos. Pegamos 10 dias de férias e voamos direto para Viena a fim de passar 10 dias explorando a região! Como o tempo era curto e queríamos conhecer um pouco dos 4 países, focamos nas capitais e acabamos deixando de lado cidades menores.

Praga

No fim das contas, passamos cerca de 2/3 dias em Viena, Praga e Budapeste e mais 1 dia e meio em Bratislava, o que foi mais que o suficiente pra conhecer o basicão de cada lugar e ficou um roteiro bem redondinho:

Dia 1 – Chegada em Viena: como chegamos tarde, simplesmente fomos para o hotel

Dia 2 – Viena

Dia 3 – Viena

Dia 4 – Ida para Praga

Dia 5 – Praga

Dia 6 – Praga

Dia 7 – Ida para Budapeste

Dia 8 – Budapeste

Dia 9 – Ida para Bratislava

Dia 10 – Bratislava e volta por Viena

Castelo de Buda (Budapeste)

A ida e a volta foram necessariamente por Viena porque na época era a única cidade que havia voos de Luxemburgo e os preços das passagens de ida e volta estavam ótimos. Mas estando em qualquer outro lugar da Europa, eu acho que vale mais a pena passar mais um dia em Viena e fazer um bate e volta pra Bratislava, ou mesmo passar um dia em Bratislava, e depois voltar direto de Budapeste. Mas de toda forma vou deixar aqui todos os transportes que utilizamos.

Viena

Em Viena ficamos no Hotel Secession e fomos para o hotel usando o serviço de transfer particular, como já falei no fim do post sobre Viena.

De Viena para Praga a melhor opção é o trem. Compramos online com antecedência direto no site da ÖBB, a companhia de trens austríaca. Na época era apenas em alemão e foi um Deus-nos-acuda pra comprar usando google translate. Mas hoje esse problema não existe mais, e o site tem versão em inglês! As passagens custam a partir de 15 euros.

Praga

Já de Praga para Budapeste pegamos um voo curtinho de 1h com a companhia aérea local, a Czech Airlines, que custou cerca de 50 euros com a mala despachada! Hoje em dia há outras companhias que também fazem esse trajeto como a Wizzair e a Ryanair.

Termas de Budapeste

Já de Budapeste para Bratislava, pegamos um ônibus, e como eu contei aqui, não recomendo mesmo, já que os pontos são no meio do nada! Evite dor de cabeça e simplesmente pegue o trem que custa cerca de 20 euros.

E como falei nesse mesmo post de Bratislava para Viena (ou vice-versa) o que não faltam são opções: desde trem e ônibus, até táxi e barco em um trajeto de apenas 1h.

Para concluir o post, estando tudo tão pertinho e com várias opções de transporte vale muito a pena combinar essas capitais e conhecer um pouco do Leste Europeu. É roteiro prático, relativamente fácil e barato de fazer. E pra dicas de restaurantes, hotéis e o que visitar basta ler os posts de cada cidade, já todos linkados nesse post.

Bratislava

Bratislava é a capital da Eslováquia e fica à apenas 1h de Viena, 2hs de Budapeste e 4hs de Praga: ou seja, está literalmente no meio de tudo. E também por isso mesmo acaba ficando Eslováquia meio esquecida no meio desses destinos mais famosos. Mas pra gente fez todo o sentido incluir Bratislava no nosso roteiro Viena/Praga/Budapeste!

Ficamos em Bratislava 1 dia e meio, mas na verdade “exploramos” a cidade apenas no primeiro dia, já que no segundo só choveu e nem saímos do hotel, mas foi o suficiente para ver os principais pontos turísticos e experimentar a comida típica em 2 restaurantes diferentes.

Embora o povo eslovaco já ocupasse a área há séculos, o território da Eslováquia foi anexado pela Hungria no século X e inclusive Bratislava foi transformada em capital do Império Húngaro durante a ocupação dos turcos. Foi só com o fim da Primeira Guerra Mundial e o fim do Império Austro-Húngaro que a Eslováquia saiu das mãos da Hungria, mas formando a extinta “Checoslováquia”. Foi só em 1993 que os países resolveram se dissolver de forma amigável, nascendo a República Checa e a Eslováquia como dois países independentes.

Hoje Bratislava é o cartão postal da Eslováquia e já adotou o euro logo que entrou pra União Européia, o que facilita muito pra nós turistas! A cidade em si tem mais de 400mil habitantes, mas o centro histórico é bem compacto e algumas horas são o suficiente pra visitar os principais pontos turísticos sem correria.

Nossa primeira parada foi o Palácio Presidencial (Grassalkovich Palace), já que estávamos hospedados bem perto dele. O palácio foi construído em 1760 para um aristocrata e teve vários usos ao longo do tempo, mas desde que a Eslováquia tornou-se um país independente é ali que fica o Presidente.

O Palácio Presidencial fica a menos de 10 minutos à pé do Michael’s Gate (Michalská brána), o único portão medieval ainda de pé. O portão foi construído em 1300 e era um dos 4 que davam acesso à cidade medieval, que na época era todo murada.

E basta realmente passar pelo portão e já damos de cara com a Cidade Antiga (Staré Mesto), com vielas e vários edifícios medievais!

A poucos metros do Portão e da Rua Michael (Michalská), fica a Praça Principal (Hlavné námestie), que como o próprio nome diz é a praça principal do centro histórico ali. Ali fica o Primaciálny palác, outro palácio do século XVIII e que hoje serve de prefeitura. E bem perto dele fica a Antiga Prefeitura (Stará radnica), construída no século XIV. Em volta da praça também ficam outros edifïcios e palácios de época e no meio a Fonte Roland, uma fonte de 1572.

Basta seguir em direção ao Antigo Teatro Nacional e já vai dar de cara com a escultura Man at Work (Rubberneck/Čumil). Essa “peculiar” escultura de um homem espiando pelo bueiro. Alguns dizem que ele apenas descansando/admirando a vida, enquanto outros de que está olhando por baixo das saias das mulheres. Seja como for, acabou virando atração turística.

E ali você já estará quase que de frente ao Antigo Teatro Nacional Eslovaco (Slovenské národné divadlo), um prédio neo-clássico que durante anos foi o principal teatro/ópera do país e que ainda hoje recebe apresentações diversas.

Bem de frente ao Antigo Teatro fica a Praça Hviezdoslav (Hviezdoslavovo námestie), uma praça bem grande que conta com um milênio de história, mas que hoje é majoritariamente mais moderna. Bem perto do final da praça fica a Catedral da cidade (Catedral St Martin).

E então seguimos para a atração principal da cidade: o Castelo de Bratislava, que fica a uns 15 minutos à pé do da Praça Hviezdoslav indo ladeirinha acima. O castelo bem no topo de uma colina, então quando estiver no centro histórico ou na margem do rio, basta olhar pra cima e pronto! Já vai logo ver o castelo coroando a cidade!

O Castelo de Bratislava (Bratislavský hrad) foi construído por cima das estruturas de uma antiga fortaleza que ficava ali. Não bastasse isso, mesmo esse castelo que vemos hoje é em grande parte uma reconstrução de 1950, já que um incêndio em 1811 deixou o castelo praticamente em ruínas e até hoje segue a restauração!

Mas basta andar um pouco e dar umas voltas em torno do castelo e você poderá ver partes das estruturas antigas.

Hoje o castelo tem vários escritórios administrativos e também o Museu de História da Eslováquia, que confesso ainda não tem muitos artefatos. O mais interessante mesmo é andar pelo pátio, muros e em volta do castelo. E claro, tudo isso com a vista do Rio Danúbio!

Depois disso resolvemos andar um pouco pela margem do Rio Danúbio e perambular mais um pouco pela Cidade Antiga. A verdade é que o centro histórico é bem pequeno e concentrado, podendo ser explorado em algumas poucas horas.

Infelizmente isso não é sem motivo. Durante o domínio soviético, a URSS decidiu que Praga deveria ser uma capital cultural, enquanto Bratislava deveria ser industrial e moderna. Por isso, 2/3 do centro histórico foram destruídos pra dar lugar à uma larga avenida que dá na UFO Bridge (Ponte OVNI), que ganhou esse apelido por ser toda modernosa e lembrar uma nave extraterrestre. E então o centro histórico ficou bem menor do que era antes.

Foto em Pexels.com

Mas mesmo sendo “enxuta” a Cidade Antiga é muito bonitinha e achamos a cidade como um todo bem agradável. Então não espere a Bratislava decadente/distorcida/fictícia do filme Eurotrip, mas sim uma cidade super fofinha que merece demais uma visita pra quem estiver em Viena ou arredores.

Dicas práticas

O que comer em Bratislava

Se tem uma coisa que me recordo bem de Bratislava é da comida! UMA DELÍCIA!

Talvez o prato mais típico seja o Bryndzové halušky, que é um uma massa parecida com nhoque, cozida no molho branco com queijo de cabra e bacon! Eu adorei, afinal eu AMO queijo! Mas se essa não for sua praia, faça como o David e peça um com carne! O prato dele vinha com a mesma massinha, mas acompanhada de carne feita no molho de páprica!

Outra coisa bem típica são os dumplings, que são bolinhos maravilhosos recheados de legumes/carne, que vc DEVE experimentar! Como todo país dessa região do leste europeu não poderia faltar o bom e velho Goulash, e os caras mandam muito bem neste prato! Eles também servem sopa de alho direto no pão, mas essa acabou não me chamando muita atenção.

Pra acompanhar tudo isso peça um vinho! Eles se orgulham da produção nacional de vinho, particularmente do vinho branco e realmente vale a pena! E se sua pegada não for vinho, também não tem problema! A cerveja local também é boa!

E pra fechar a comilança, as sobremesas típicas são: bolo acompanhado de sorvete, panquecas recheadas com chocolate e trdelnik (que é uma rosca feita na hora e vendida majoritariamente em barraquinhas).

Onde se hospedar em Bratislava

A maioria das pessoas faz um bate e volta de Viena, mas nos hospedamos uma noite no Hotel Mercure Bratislava, que fica bem em frente à estação de trens. O hotel era bem novinho e super barato, com ótimo atendimento! E até mesmo a comida do hotel era bem saborosa!

Como chegar, se locomover e não passar perrengue em Bratislava

Chegar em Bratislava vindo de Viena é super tranquilo. Há ônibus, trem e barco que partem praticamente de hora em hora. Comprei a passagem de ônibus Bratislava-Viena pela Slovak Lines por apenas 1 euro direto para o aeroporto de Viena (com antecedência). Mas acabamos nem usando porque quando fomos pegar o táxi pra ir até a rodoviária o taxista se ofereceu pra nos levar até o aeroporto por algo como 35-40 euros (numa viagem de 1h!). E acabamos fechando pela comodidade!

Seja como for, passagens Viena/Bratislava são sempre baratas, seja de trem, barco ou ônibus e a viagem demora 1h. Não há trem (ou pelo menos não havia) direto para o aeroporto de Viena e nesse caso a alternativa é o ônibus.

Aliás, vale dizer que a rodoviária não fica no centro, embora fique perto. Nós chegamos de ônibus de Budapeste. Eu comprei a passagem pela Student/Regional Jet, que custou apenas 7 euros, mas acabou sendo a maior furada! O ônibus em si era bem novinho, com telas (fomos vendo friends!) e ainda serviram um lanche no meio da viagem! Saiu pontualmente e chegou tb pontualmente!

O problema é que o ônibus sai de um lugar no meio do nada em Budapeste (tivemos que pegar um táxi) e chega na rodoviária de Bratislava, que fica mais afastada do centro. Quando chegamos não havia nenhuma informação e apenas uns poucos taxistas. Na época ainda não havia uber e internet móvel viajando não era comum! Resultado: o taxista nos cobrou 24 euros e ainda prendeu nossas malas no carro até pagarmos! Pra não nos estressarmos ainda mais, acabamos pagando e depois descobrimos que o valor certo deveria ter sido 4 euros! Então eu não recomendo esse trecho de ônibus de jeito nenhum: melhor ir de trem e evitar economias burras e estelionatários!

Lá mesmo você só vai usar suas pernas porque o centro é bem pequeno e concentrado. Hoje em dia há o Uber como opção em todo caso. Depois da minha experiência, eu evitaria táxi!

Algumas companhias aéreas low-cost voam diretamente para o aeroporto de Bratislava ao invés de Viena e pode ser uma forma mais econômica de conhecer ambas as cidades!

Roteiro de 1 dia em Budapeste

Budapeste é a capital e cidade mais importante da Hungria, que nos últimos anos viu o número de turistas aumentar. E o motivo é simples: sendo uma cidade imperial, não faltam atrações turísticas, boa comida e muitos spas espalhados pela cidade. O que mais poderia faltar!?

E pra entender porque Budapeste tem tantos monumentos e edifícios históricos, é preciso voltar um pouco na história. A Hungria existe como país desde o século X, que teve seu apogeu no século XV. No século XVI caiu nas mãos do Império Otomano e depois do Império Austríaco para então fazer parte do Império Austro-Húngaro, que terminou com o fim da Primeira Guerra Mundial. Budapeste deixou de ser capital imperial, mas ainda estão lá o castelo, palácios e demais monumentos que mostravam o poder e importância da cidade.

Vale mencionar que no passado o Rio Danúbio separava as duas cidades Buda e Peste, que foram unificadas em 1873, formando Budapeste. Ainda hoje, os húngaros se referem à Buda e à Peste como duas áreas distintas. Buda fica mais ao alto e na margem direita do rio e é onde está o Buda Castle e muito dos monumentos históricos. Já Peste fica na margem esquerda e é onde está o Parlamento, o comércio, a vida noturna da cidade e mais opções de hotéis.

Como estávamos hospedados do lado de Peste, bem perto da sinagoga, foi por ali mesmo que começamos nosso roteiro! A Grande Sinagoga de Budapeste (Dohány Street Synagogue/Dohány utcai zsinagóga) é maior sinagoga da Europa, com capacidade para até 3mil pessoas e foi o símbolo do Novo Judaísmo, tendo sido construída em 1854.

Com o fim da Primeira Guerra Mundial, a Hungria perdeu muito de seu território. Com a promessa de expansão territorial, mesmo antes do início da Segunda Guerra, o país passou a apoiar o Partido Nazista alemão. Infelizmente, não demorou muito para que um gueto fosse criado justamente na rua da sinagoga que depois os judeus fossem exterminados. Hoje a sinagoga é um memorial, que abriga um museu e um cemitério judaico.

Para quem se interessa pelo tema, perto do Parlamento há o Memorial Sapatos à beira do Danúbio, que são sapatos esculpidos em ferro à beira do rio. Como sapatos eram itens valiosos na época, os nazistas obrigavam os judeus a tirarem os sapatos antes de serem executados e terem seus corpos jogados no rio.

Do lado de Buda também há a Casa do Terror, que era a sede de Segurança do Estado. No período nazistas, torturas e mortes aconteceram ali. Depois, com o domínio soviético, o prédio continuou servindo o mesmo propósito, com mais torturas e mortes. Hoje é um museu, com fotos e objetos dessa época sombria.

Nós achamos muito pesado e decidimos continuar o “roteiro mais turístico”, indo para a Basílica da cidade e depois para a Ópera.

Basta seguir pela mesma rua da Grande Sinagoga e você já encontra a Basílica de Santo Estevão (St. Stephen’s Basilica / Szent István-bazilika), terminada em 1905. A igreja foi construída em homenagem à Stephen, o primeiro rei da Hungria. Curiosamente a mão direita “incorruptível” do rei foi mumificada e se encontra no interior da basílica.

E à cerca de 10 minutos de caminhada da Basílica fica a Ópera Estatal Húngara (Hungarian State Opera House/ Magyar Állami Operaház). A Ópera foi construída em 1875, tendo sido inaugurado pelo Imperador da Áustria-Hungria e, desde então, é a Ópera mais importante do país.

De lá seguimos para o próximo ponto turístico: a Praça dos Heróis. Embora fique na mesma rua/avenida que a Ópera (Andrassy Ut.), o trajeto leva pelo menos meia hora de caminhada. Provavelmente vale a pena pegar o metrô bem em frente à Ópera(estação Ópera) e descer já na praça ( estação Hősök tere).

A Praça dos Heróis é uma enorme praça e uma das mais importantes da cidade . Lá estão diversas esculturas que homenageiam os heróis nacionais, desde líderes bárbaros até reis. Juntas as esculturas constituem o Memorial do Milênio, justamente por ter sido construído no aniversário de 1000 anos da fundação da Hungria.

A praça também abriga, de um lado, o Museu de Belas Artes (Szépművészeti Múzeum), que tem obras de vários períodos de um lado; e do outro lado fica o Palácio de Artes (Kunsthalle) com arte contemporânea.

Logo atrás da Praça dos Heróis fica o City Park, que é um parque público grande e bem agradável. No meio e de frente ao lado fica o Vajdahunyad Castle, um castelo que também foi construído na mesma época do Memorial do Milênio, também em comemoração aos 1000 anos da Hungria. No parque também fica o Jardim Zoológico e Széchenyi Thermal Bath, a mais importante terma de Budapeste (e que voltamos pra visitar depois!).

Pegamos novamente o transporte público e fomos enfim para o lado de Peste! Mais precisamente, diretamente para a Igreja de Matias. Como o metrô não deixava exatamente perto e teria um subidão (tem um teleférico, mas quase sempre com relato de longas filas pra subir), pegamos um ônibus e na época foi o maior rolê! Demorou um bocado pra chegar. Então dependendo de onde estiver vindo, acho que vale a pena pegar uma corrida rápida de táxi. Ou ir de metrô + funicular, ou metrô e subir uns 20 minutos à pé.

A Igreja de Matias (Mátyás-templom/ Matthias Church) que mais parece um castelo! A igreja em estilo gótico foi construída no século XIV em cima de uma outra igreja que já existia lá desde o século XI, e amplamente restaurada no século XIX.

Por mais que a Europa tenha igreja para todos os lados “imperdíveis”, essa realmente impressiona, por ser mais “diferentona”, valendo muito a visita! Além disso, tem uma bela vista pro Parlamento e de Peste!

Da igreja descemos para o castelo. Há a opção de descer da Igreja de Matthias para o Buda Castle de funicular e custa algo equivalente à 1 euro. Ou você pode ir numa caminhada agradável de uns 15 minutos apreciando as vistas da cidade. A região do castelo se chama Várnegyed, e é famosa por ter construções de vários períodos históricos e estilos, desde edifícios medievais até casas em estilo neoclássico.

O Buda Castle (Budavári Palota), castelo foi construído em 1265, mas ganhou seu estilo barroco numa extensa reforma realizada no século XVIII. O castelo hoje abriga a Galeria Nacional Húngara e o Museu de História de Budapeste. A Galeria Nacional, além das obras permanentes, conta com exposições temporárias. Quando fomos estava com uma exposição de Picasso, que deixamos pra ver no dia seguinte, mas caiu uma tempestade e acabamos não saindo do hotel!

E pra ter a melhor vista do castelo, basta andar em direção a Széchenyi Chain Bridge e logo vai encontrar um bom ponto pra fotos! Depois de tirar algumas fotos do castelo, voltamos para onde estávamos porque ainda queríamos ver o Parlamento mais de perto, mas do outro lado do rio.

O Parlamento (Országház) fica bem à margem do Rio Danúbio e, por isso mesmo, a melhor vista dele é justamente do lado de Buda, andando pela margem do rio, nas redondezas do Castelo de Buda. E foi exatamente o que fizemos. Terminamos o dia andando pela margem do rio em direção ao Parlamento e, enfim, demos o dia por encerrado vendo o sol se pôr.

Dicas finais

Visite uma terma

Os romanos já haviam descoberto as águas termais de Budapeste há quase 2 milênios, mas foi durante a ocupação turca que várias termas foram construídas e a cidade virou a “capital das termas” na Europa. Hoje há mais de 10 termas espalhadas pela cidade, com temperaturas variando entre 28 e 39 graus.

Como chegamos em um fim de tarde, fomos direto para a Széchenyi, que fica no Parque da Cidade, próxima à Praça dos Heróis. Essa é a mais famosa e agitada, já que é a maior da Europa e está em funcionamento desde 1913. Mas por termos ido durante a semana não estava (tão!) lotada! Embora tivessem pessoas locais também, tinha um público mais jovem ou de turistas. São 15 piscinas internas e 3 externas.

No nosso segundo dia em Budapeste caiu uma tempestade que nos fez desistir de fazer qualquer coisa mais turística. Mas pra não ficarmos só enfurnados no hotel, passamos algumas horas durante o dia (que também foi durante a semana) na Terma Gellért, que fica mais ou menos perto do Buda Castle. A Gellért é de 1918 e achamos mais bonita e organizada, com um clima mais familiar e um pouco mais vazia. Por isso acabamos gostando mais dela.

Em ambas é obrigatório o uso de chinelos, mas que não tenham vindo direto da rua, embora tenhamos visto na Széchenyi pessoas já chegando de chinelos. Em ambas também é possível alugar toalhas.

Ao lado da Gellért, fica a terma de Rudas, que é a mais antiga de todas: construída pelos turcos em 1550 e totalmente reformada há alguns anos! Mas quando fomos estava aberta apenas para homens, já que funciona de forma mista apenas aos finais de semana.

O que comer em Budapeste

Não deixe de comer o Goulash, que é o prato mais típico húngaro. É um cozido feito de carne, legumes e páprica, podendo tanto ser uma entrada (e nesse caso é uma sopa) ou prato principal (sendo mais grosso). Tem também o Pörkölt, que é bem parecido com o Goulash mais grosso e vem acompanhado de massa.

Para uma refeição mais leve, tem o Langos, que parece algo meio pizza/meio esfirra aberta e, portanto, tem várias “coberturas”, a gosto do cliente! Outra opção é leve é o Lecso, que é um misturado de legumes com páprica.

Para acompanhar, vá de vinho ou cerveja local e encerre com um bom pedaço de Dobos Tort (torta de chocolate) ou Somlói Galuska (bolo de nozes)!

Onde se hospedar

Ficamos hospedados no Hotel Ibis Budapeste City, que ficava perto de tudo, bem próximo à Sinagoga. A área tem vários restaurantes e hotel estava bem barato. O quarto era bem padrão Ibis. Mas tivemos um perrengue na nossa última noite!

O alarme disparou no meio da madrugada e todos tivemos que evacuar o prédio pelas escadas (sendo que estávamos no 8o andar). No fim, o alarme disparou sem motivo, mas só havia uma pessoa na recepção e até descobrir isso ficamos um tempo na sarjeta de pijama (ainda bem que a chuva tinha passado!). Voltamos para o quarto (8 lances de escada novamente!), mas como a recepcionista não conseguia entrar em contato com a empresa responsável, o resultado foi que ficamos com o alarme até às 5 da manhã!

Logo, provavelmente eu não ficaria lá novamente, mas ficaria hospedada nessa mesma região de Peste! Essa região está perto das principais atrações turísticas e bons restaurantes, mas sendo mais barata e tendo mais opções do que em Buda.

Como se locomover

O aeroporto de Budapeste fica a 40 minutos de carro do centro da cidade e a forma mais fácil é pegar um táxi, mas feche a tarifa antes de entrar no carro, que deve ser em torno do equivalente à cerca de 30 euros. Hoje em dia também há o Uber como opção. Há ônibus, mas pelo menos quando fui sem opção direto para o hotel que estávamos.

No fim das contas, e lendo vários relatos de taxistas desonestos, eu acabei reservando um transfer privado que saiu mais barato que o táxi. O valor foi 24 euros e quando chegamos lá já tinha alguém nos esperando com uma plaquinha. A empresa que usei foi Airport Transfer Budapest e tudo correu mt bem.

A estação central fica bem no meio de tudo e é acessível por metrô. E o metrô cobre as principais atrações turísticas e é bem barato (sendo o segundo mais antigo do mundo!)

Moeda

A moeda utilizada é a Forint Húngaro (Ft). É fácil trocar euros por coroas, ou sacar dinheiro em um dos muitos caixas eletrônicos espalhados pela cidade. 1 euro vale mais ou menos 150Ft hoje.