São Petersburgo é a segunda maior cidade da Rússia e é a antiga capital do país. Das cidades russas é a que mais tem um ar nórdico-europeu, devido até a sua localização geográfica, já que está localizada na entrada do Golfo da Finlândia.

A cidade que foi fundada pelo Czar Pedro, o Grande, em 1703. Foi dessa época até 1918 a capital da Rússia. É por isso que o que há de mais característico do período czarista está em Sāo Petersburgo ao invés de Moscou. Em 1924, a cidade teve seu nome alterado para Leningrado. Todavia, com o colapso da União Soviética em 1991, a população votou para que o antigo nome fosse recuperado. Hoje a cidade nos intriga, com sua herança cultural e histórica. Notamos uma cidade forte, mas bonita ao mesmo tempo.
A arquitetura dos séculos XVIII e XIX seguem preservados, contando com 4 mil monumentos históricos! Não é a toa que é chamada de “cidade-museu” ou “cidades dos museus”!

Dentre as muitas igrejas, três se destacam em São Petersburgo. Uma delas é a São Nicolas, construída no século XVIII e com características do barroco russo. Sua pintura azul se destaca e de longe pode ser avistada.
Outra é a St.Isaac, localizada na praça de mesmo nome. Essa é a maior igreja ortodoxa da cidade e uma das maiores catedrais do mundo. Carregada em ouro e mármores raros, levou 40 anos para ser construída. Hoje abriga um museu.
A terceira, e mais importante, é a Igreja do Sangue Derramado, cartāo postal da cidade! Também é conhecida como “Igreja da Ressurreição do Salvador sobre o Sangue Derramado”, em homenagem ao Czar Alexandre II, que foi assassinado em 1881. Era considerado o Czar Salvador por suas ideias progressistas e por ter dado fim ao sistema de servidão. Diz-se que se tivesse vivido mais algum tempo, a Rússia poderia ter seguido o caminho da monarquia constitucional ao invés do período absolutista/opressor que seguiu.
Essa igreja ortodoxa levou 24 anos para ser construída, devido a sua riqueza de detalhes. Tem uma composição colorida, vibrante, exótica. É como ver o Castelo Rá-tim-bum ao vivo e a cores!
Infelizmente, desembarcamos numa quarta-feira, dia em que a Igreja está fechada para manutenção e não foi possível conhecer o seu interior, que dizem ser também maravilhoso. Fica como motivo para voltar!



Outro lugar que é cartão postal e não pode deixar de ser visitado é o Museu Hermitage. O local é imenso e tem como prédio principal o Palácio de Inverno, o qual a família czarista residia.
Tudo era grandioso e suntuoso e dispunha de absolutamente tudo que se possa imaginar! O intuito era que a família não precisasse sair nos longos meses de inverno rigoroso. O acervo do museu é gigante, já que os czares eram grandes mecenas. Atualmente, contém 3 milhões de peças de arte. Lá é possível admirar belas pinturas de artistas consagrados como Leonardo da Vinci, Raphael, Rembrandt e outros tantos.
Além disso, o palácio em si é deslumbrante, até mais que Versalhes, mostrando todo o poder e suntuosidade dos czares russos. Conta com paredes ricamente ornadas, todos os detalhes em ouro e pedras preciosas, as melhores tapeçarias existentes no mundo em um grande espaço!
Mas se prepare! Quando fomos estava abarrotado de gente! O hall de entrada e o primeiro andar mais parecia uma guerra. Assim como todo o resto na verdade. E isso meio que estraga um pouco e atrapalha o passeio. Mesmo assim, vale a pena para um primeira visita. Se voltaria para uma segunda!? Jamais! hahaha

A vista de fora do lado de fora do Palácio também é admirável, ainda mais no fim do dia e depois de se enfrentar essa multidão.
São Petersburgo na prática
Como já escrevi nos posts anteriores, fomos para a São Petersburgo por meio de um navio russo. Como também já havia dito, viajar para Rússia sempre foi uma daquelas ideias que pairavam no ar, mas de uma logística complicada. Foi aí que a oportunidade se apresentou através da St Peter Line. Tudo arranjado para ir a Rússia, aí veio mais uma questāo: e agora!? Como conhecer o principal da cidade em apenas um dia? Ainda, somavam-se as dificuldades inerentes à Rússia: quase ninguém fala inglês, tudo escrito numa língua incompreensível, pontos turísticos relativamente distantes um do outro, etc. Afinal, saca só como o cirílico é tranquilo:
Digo que os pontos turísticos sāo “relativamente” distantes um do outro porque nāo sāo longínquos realmente. Ocorre que São Petersburgo tem um jeito Estocolmo de ser. A cidade é formada por várias ilhas e os pontos turísticos estão espalhados por ela, o que faz com que se perca muito tempo caminhando de um ponto a outro. Ainda mais se considerarmos que pode ser que um esteja bem próximo ao outro, mas aí você tem que andar alguns quarteirões, cruzar a ponte e andar mais um pouco.
Foi assim que decidimos que o melhor a fazer seria contratar um guia turístico, mas acontece que tudo que eu encontrava estava muito caro. Além disso, nosso tempo era apertado e foi assim que acabei fechando uma excursão em grupo do próprio barco. Não é exatamente o que eu gosto de fazer porque, às vezes, o dia acaba sendo corrido, muito embora já tenha feito isso na Grécia e as excursões foram perfeitas.
O barco dispunha de um sistema de shuttle, que levava do porto para o centro, mas eu nāo estava conseguindo comprar online e nāo queria arriscar chegar lá sem nada. Além disso, a volta do último ônibus para o barco era meio cedo, além de só existirem 3 horários/ônibus de retorno.
Resolvi arriscar, fechei a excursão e foi muito corrido realmente! Ao contrário da experiência na Grécia, o tempo de desembarque + deslocamento e deslocamento de volta, contaram como tempo de excursão, o que reduziu ainda mais nosso tempo na cidade em si. Para piorar, óbvio que teve uma daquelas paradas comerciais horrorosas em gift shop em que ficamos 30-40min, enquanto em alguns pontos turísticos tínhamos 10 min de parada.
Concluindo, acho que fazer a excursão foi bom porque seria quase impossível por conta vermos tudo. Mas aconselharia a quem fizer cruzeiro, e for passar apenas um dia, a gastar um pouco mais e contratar um guia particular, selecionando alguns pontos para conhecer.




