Roteiro de 10 dias por Viena, Praga, Budapeste e Bratislava

Viena

Depois de escrever os posts das cidades, percebi que as informações ficaram meio perdidas e resolvi escrever um post curtinho só com o roteiro que fizemos. Pegamos 10 dias de férias e voamos direto para Viena a fim de passar 10 dias explorando a região! Como o tempo era curto e queríamos conhecer um pouco dos 4 países, focamos nas capitais e acabamos deixando de lado cidades menores.

Praga

No fim das contas, passamos cerca de 2/3 dias em Viena, Praga e Budapeste e mais 1 dia e meio em Bratislava, o que foi mais que o suficiente pra conhecer o basicão de cada lugar e ficou um roteiro bem redondinho:

Dia 1 – Chegada em Viena: como chegamos tarde, simplesmente fomos para o hotel

Dia 2 – Viena

Dia 3 – Viena

Dia 4 – Ida para Praga

Dia 5 – Praga

Dia 6 – Praga

Dia 7 – Ida para Budapeste

Dia 8 – Budapeste

Dia 9 – Ida para Bratislava

Dia 10 – Bratislava e volta por Viena

Castelo de Buda (Budapeste)

A ida e a volta foram necessariamente por Viena porque na época era a única cidade que havia voos de Luxemburgo e os preços das passagens de ida e volta estavam ótimos. Mas estando em qualquer outro lugar da Europa, eu acho que vale mais a pena passar mais um dia em Viena e fazer um bate e volta pra Bratislava, ou mesmo passar um dia em Bratislava, e depois voltar direto de Budapeste. Mas de toda forma vou deixar aqui todos os transportes que utilizamos.

Viena

Em Viena ficamos no Hotel Secession e fomos para o hotel usando o serviço de transfer particular, como já falei no fim do post sobre Viena.

De Viena para Praga a melhor opção é o trem. Compramos online com antecedência direto no site da ÖBB, a companhia de trens austríaca. Na época era apenas em alemão e foi um Deus-nos-acuda pra comprar usando google translate. Mas hoje esse problema não existe mais, e o site tem versão em inglês! As passagens custam a partir de 15 euros.

Praga

Já de Praga para Budapeste pegamos um voo curtinho de 1h com a companhia aérea local, a Czech Airlines, que custou cerca de 50 euros com a mala despachada! Hoje em dia há outras companhias que também fazem esse trajeto como a Wizzair e a Ryanair.

Termas de Budapeste

Já de Budapeste para Bratislava, pegamos um ônibus, e como eu contei aqui, não recomendo mesmo, já que os pontos são no meio do nada! Evite dor de cabeça e simplesmente pegue o trem que custa cerca de 20 euros.

E como falei nesse mesmo post de Bratislava para Viena (ou vice-versa) o que não faltam são opções: desde trem e ônibus, até táxi e barco em um trajeto de apenas 1h.

Para concluir o post, estando tudo tão pertinho e com várias opções de transporte vale muito a pena combinar essas capitais e conhecer um pouco do Leste Europeu. É roteiro prático, relativamente fácil e barato de fazer. E pra dicas de restaurantes, hotéis e o que visitar basta ler os posts de cada cidade, já todos linkados nesse post.

Praga

A cidade de Praga (Praha, em tcheco) é a capital da República Tcheca, sendo a maior e mais importante cidade do país. O centro histórico medieval, muito bem preservado, nos conta um pouco da história desse país que ao longo de séculos de dominação estrangeira, conseguiu manter sua identidade.

Estando bem no meio da Europa Ocidental e o Leste Europeu, o país foi dominado muitas vezes ao longo dos séculos por imperadores e ditadores. O país já foi anexado por séculos pelo Império Austríaco, comandado pela Dinastia dos Habsburgos, já caiu nas mãos de Hitler, foi anexado por décadas à União Soviética até emergir como Tchecoslováquia, até por fim se dissociar da Eslováquia e enfim tornar-se a República Tcheca!

Como estávamos hospedados bem perto da Praça Venceslau (Vaclavske Namesti/ Wencelas Square), foi por ali mesmo que começamos nosso roteiro. A praça, que na verdade é um boulevard, tem no centro uma estátua de Venceslau, o santo patrono do país que foi Duque da Bohemia e acabou morto com ajuda do próprio irmão. É considerado um herói nacional e verdadeiro rei dos tchecos.

(Foto retirada do site Prague Info)

Talvez por isso mesmo a praça seja um centro político para os tchecos. Foi ali que os nazistas declararam seu domínio sobre o país. Anos depois foi o epicentro da Revolução de Veludo, onde milhares de pessoas protestaram pelo fim do regime soviético e independência do país. Perto da praça está o Museu Nacional de Praga (Národní Muzeum) e a Ópera de Praga.

Basta seguir a avenida e a gente já cai na Praça da República (Náměstí Republiky ), onde ficam a Casa Municipal (Municipal House/ Obecní dům), um antigo palácio convertido em casa de shows, café e restaurante, e também Powder Gate (Prašná brána), que é um dos antigos portões da cidade.

A Praça da República já dá na Praça Antiga (Old Town Square/ Staroměstské náměstí), que marca o início da Cidade Antiga e tem sido a praça principal da cidade desde a Idade Média.

Na praça fica a Igreja de Nossa Senhora de Týn, uma igreja gótica do século XIV e que desde sua construção é uma das mais importantes igrejas da cidade. Na praça também fica a Igreja de São Nicolau, em estilo barroco do século XVIII.

Mas a principal atração mesmo da praça é o Orloj, um relógio astronômico medieval que fica no prédio da Antiga Prefeitura (que data de 1338 e onde fica hoje o centro de informações turísticas). O relógio astronômico está lá desde 1410, sendo o mais antigo ainda em operação. E você esperaria encontrar o relógio no alto da torre, mas não!: ele fica mais perto da base do que da torre!

A Praça Antiga termina na Ponte Carlos (Charles Bridge / Karlův most), uma ponte medieval do século XIV que também é um dos pontos turísticos principais de Praga. A ponte atravessa o Rio Vltava e liga a Cidade Antiga ao Castelo de Praga.

A ponte termina e começa com dois antigos portões: a Malá Strana Bridge Tower de um lado e a Old Town Bridge Tower do outro lado.

A ponte conta com 500m de comprimento, decorada com 30 estátuas barrocas. As estátuas que estão ali hoje são réplicas, já que as originais estão no museu pra serem melhor conservadas.

Justamente por ser um ponto turístico importante e cartão postal da cidade, espere encontrar muuuitos vendedores e artistas de rua, bem como um exército de turistas! Certamente estará lotada o dia todo! Cruze a ponte e você chegará no Castelo de Praga.

O Castelo de Praga (Pražský hrad),é considerado o maior castelo do mundo! O castelo teve sua construção iniciada em 870, tendo sido várias vezes aumentado por vários reis e imperadores até chegar ao ponto de ocupar 70.000m2! Hoje serve como palácio presidencial.

O castelo é na verdade um complexo de vários edifícios. Além do Palácio Presidencial, há outros palácios, igrejas, halls, museus e galerias. Talvez o ponto principal seja a Catedral, que justamente foi o primeiro edifício construído e ao redor da qual todos os outros surgiram.

A Catedral de St Vitus é a maior e mais importante igreja não só da cidade, como do país todo. Em estilo gótico medieval, ali estão enterrados reis e imperadores, tendo também sido palco de batismos e casamentos reais por séculos.

Dentre os vários outros edifícios importantes estão o Palácio Real, construído em 1135, e o Palácio Lobkowicz, que hoje é um museu de artes.

A entrada do castelo é gratuita, bem como a igreja, mas os outros palácios, museus e galerias não. Cada um cobra um ingresso e caso haja interesse, há a possibilidade de comprar um ingresso único para acessar todas as atrações. Nós nos contentamos em só andar pelos (muitos!) pátios e continuar o roteiro, sem entrar nos palácios, apreciando a vista sensacional da cidade!

Pra quem tem interesse, bem perto do castelo fica também o Kafka Museum (entre a ponte e o castelo), dedicado ao autor Franz Kafka. Nós saímos do castelo e fomos diretamente para o Bairro Judeu, que fica cercado pela cidade antiga e aos pés do palácio.

O Bairro Judeu (Josefov). Os judeus habitam a área desde o século X, mas no século XIII a área foi fechada e transformada em um “gueto judeu”. No século XVI a região foi desenvolvida e, enfim, com o “Tratado de Tolerância” assinado pelo Imperador Josef II, o bairro foi renomeado Josefov e se tornou a área mais próspera e cara da cidade (ainda mais com sua localização espetacular!), sendo até chamada de a Paris de Praga.

Muito do antigo bairro foi destruído no período nazista, sobrando apenas alguns edifícios, a sinagoga principal e o cemitério. Além disso, restou o Museu Judaico de Praga, que já existia mesmo antes da dominação nazista. O Partido Nazista decidiu ao invés de destruir o museu, trazer peças de todos os cantos e transformar em “Museu da Raça Extinta”, o que felizmente não aconteceu e o hoje o museu é um dos mais importantes do mundo para a comunidade judaica.

Se quiser, de lá vá pelo rio até a Casa Dançante, o que rende uma caminhada agradável passando por vários edifícios históricos, pontes, além de proporcionar uma bela vista do Castelo de Praga.

A Casa Dançante é um edifício bem inusitado da década de 50, que recebeu esse nome por lembrar um casal dançando. É um prédio comercial, que tem no último andar um café de onde dizem que há uma boa vista da cidade.

Ali você já estará novamente na Cidade Nova, relativamente perto da Praça Venceslau, onde começou o roteiro.

Dicas finais

Quanto tempo ficar em Praga

Nós fizemos esse roteiro em 2 dias e meio sem correria, e ainda voltando em alguns lugares. Sendo nosso aniversário de casamento, não estávamos com pressa nenhuma. Então eu acredito que 2 dias sejam suficientes para ver as principais atrações. Caso tenha apenas um dia, pode ser muito corrido.

Como se locomover em Praga

Praga pode (e deve!) ser descoberta a pé. Caso necessite, a cidade conta com metrô, tram e ônibus conectando os principais pontos turísticos. Nós acabamos não usando mesmo nada, já que fizemos tudo à pé.

Nós chegamos de trem de Viena na estação central de Praga e de lá pegamos um táxi até nosso hotel, já que estávamos com malas. Já para voltar, usamos o transfer do próprio hotel para ir até o aeroporto, que recebemos de cortesia.

Hoje em dia também há Uber na cidade, o que não era uma opção quando fomos.

O que comer em Praga

Schnitzel (Rízek), Goulash, Queijo frito (Smazený Sýr), Almôndegas e Joelho de Porco são os principais pratos da cidade. Na época li que era bom tomar cuidado caso quisesse comer o Joelho de Porco perto da praça principal por ser superfaturado e de qualidade inferior.

Mas o principal mesmo é a cerveja. Os tchecos se orgulham de terem inventado a cerveja Pilsen e costumam dizer que “sempre que cerveja é bebida, a vida é boa”. Por isso mesmo, ganharam fama de festeiros em um país que tem o maior consumo de álcool per capita do mundo! Há cerveja de todo tipo, todas produzidas na República Tcheca e todo dia experimentamos uma nova!

Outra coisa bem típica é trdelnik, vendido em barraquinhas de rua espalhadas pela cidade. Parece uma rosca bem quentinha saída do forno e servida na hora, pra se comer na rua mesmo. Isso também é bem típico da Hungria, mas na República Tcheca tem um sabor especial: os tchecos acrescentaram sorvete, calda e pedaços de chocolate! Simplesmente divino! Eles também tem tortas de maça deliciosas.

Onde se hospedar

Ficamos hospedados no Boutique Hotel Seven Days, que além de ter quartos amplos e super confortáveis, tinha um bom restaurante, café da manhã farto e um ótimo spa privativo. Pegamos um pacote que incluía um jantar, um acesso ao spa e o transfer ao aeroporto.

O hotel fica bem localizado, a apenas 5 minutos a pé da Praça Venceslau e 15-20 minutos do centro histórico, mas sem estar no meio do burburinho da área antiga e com opções de restaurantes mais locais por perto. Inclusive fomos em um por indicação do hotel a um quarteirão de distância, super barato e local, e que acabou sendo a melhor refeição da viagem!

Moeda

A moeda utilizada é a Coroa Tcheca (CZK). É fácil trocar euros por coroas, ou sacar dinheiro em um dos muitos caixas eletrônicos espalhados pela cidade.