Lisboa

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Portugal estava nos planos há muito tempo, mas por um motivo ou outra acabava sendo sempre adiado. Até que minha mãe resolveu que era hora de realizar seu próprio sonho, aproveitando minha qualidade de “viciada/ninja das viagens”, e conhecer a terra dos nossos descobridores. Mais que rápido reservei tudo para uma viagem rápida ao país de Camões, que deixou um gosto de quero mais (e muito mais! talvez uma mudança de mala e cuia no futuro!? quem sabe!?). Minha prima e o David também toparam embarcar nessa e lá fomos nós.

Chegamos tarde em um sábado à noite, jantamos e foi isso. No domingo acordamos mais ou menos cedo e saímos com calma para explorar um pouco de Lisboa. Na segunda fizemos um bate-e-volta em cidades próximas e na terça visitamos a região de Belém antes de pegar um vôo a tarde. Além disso, fizemos tudo com calma. Dessa forma, não dá pra falar que conhecemos tudo em Lisboa, mas aproveitamos muito nosso tempo lá. Bom que também deu mais motivo para voltar em outra oportunidade.

Ficamos hospedados no bairro Saldanha e começamos a conhecer tudo a pé a partir dali mesmo. Andamos até a Praça Marquês de Pombal, situada na Av. Liberdade e que presta homenagem ao estadista Sebastião José de Carvalho. Pombal foi responsável por conduzir o país ao movimento iluminista e por reconstruir o centro de Lisboa após o terremoto de 1755. Inclusive, a estátua está justamente olhando para a região da Baixa (o centro de Lisboa). Para além disso, a praça já comportou acontecimentos importantes, como as manifestações que levaram à Proclamação da República por exemplo.

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Continuamos descendo a Av. Liberdade, rumando a Praça Rossio e passando por vários outros locais e praças tão charmosos quanto. O que ficávamos comentando o tempo todo era como Lisboa nos lembrava do centro antigo do Rio de Janeiro, mas numa versão mais bonita, limpa, organizada e menos perigosa hahah. Não havia como não comparar vendo o calçamento de pedras portuguesas, os sobradinhos e seus beirais que temos iguais no Saara (mas que estão super detonados e decadentes!), as igrejas, etc. Enfim, inegável a influência portuguesa na arquitetura do Rio de outrora.

Enfim, chegamos à Praça Rossio ou Praça Dom Pedro IV. Essa praça que já foi uma arena romana, já teve vários monumentos e prédios construídos e reconstruídos ao longo dos séculos, quando o terremoto de 1755 destruiu praticamente tudo que havia e ela ganhou a versão que hoje conhecemos na sua reconstrução. Há também na praça duas fontes barrocas bem bonitas e, em frente, o Teatro Nacional Dona Maria II.

A praça ganhou também o nome de D. Pedro IV por ter uma estátua dele, construída no século XVIII. Curioso que D. Pedro IV é o mesmo D. Pedro I do Brasil, afinal ele foi o primeiro imperador de seu nome no Brasil e o quarto em Portugal.

Acabamos almoçando ali na Praça Rossio mesmo nesse Café Gelo da foto! Afinal, o local estava perto de todas as atrações turísticas, com bons preços e um monte de pastéis de nata que nos ganharam já a primeira vista!

Ali perto também fica uma loja divertidíssima chamada O mundo fantástico da sardinha portuguesa. Com um gazilhão de latas diferentes de sardinhas que ligam o ano que vc nasceu a um evento ocorrido naquele ano traz umas boas risadas e curiosidades.

De lá fomos até o Elevador/Miradouro de Santa Justa, mas acabou que nem subimos. Fizemos algumas comprinhas ali na Rua Augusta e seguimos para a Praça do Comércio.

Outra coisa que chama muito a atenção é a incrível paixão dos portugueses por azulejos. Nunca vimos tantos azulejos na vida. Eles estão por todo lado! Em fachadas inteiras de casas, como decoração de restaurantes, como decoração nas coisas mais inimagináveis. Não é a toa que eles tem um museu só disso! Outra coisa que percebemos foi a busca por preservar a arquitetura e como tudo se adapta a isso, como, por exemplo, o símbolo do Santander nesse prédio da foto abaixo foi feito de forma a não gritar com a arquitetura do prédio.

Apesar de Lisboa ter um sem número de praças, a Praça do Comércio é a que eu estava mais ansiosa para conhecer. Também chamada de Terreiro do Paço, é uma praça que se localiza na Baixa de Lisboa, junto ao rio Tejo. Durante cerca de 2 séculos abrigou palácios reais, que hoje são departamentos governamentais. Abriga também, é claro, o imponente Arco da Vitória, que liga a Rua Augusta à Praça.

Depois disso, resolvemos andar de Tuk-Tuk, o que foi uma bela de uma furada. O passeio foi super corrido, caro (salvo engano 50 euros pra 1h, o que para Lisboa é caro), ninguém ouvia nada do que o cara falava, o treco que fecha o tuk-tuk obstruía um pouco a vista. Para piorar a experiência, fiquei mais me preocupando em me segurar do que em ver os locais que ele passava correndo, afinal eu estava de costas e o negócio sacolejava mais do que uma carroça. Enfim, eu não recomendo mesmo! Mas verdade seja dita, o cara parou em uns lugares legais, como o Panteão, o Miradouro de São Miguel e o Miradouro da Graça, locais em que há vistas legais de Lisboa, sendo que o último dá vista para o Castelo de São Jorge.

Após isso, voltamos caminhando para o hotel, pois ainda iríamos para um fado no Bairro Alto, que será assunto do próximo post. E no dia seguinte fizemos o passeio para Cascais e Sintra que já foi assunto aqui.

     Lisboa na prática

  • Hotel

Ficamos hospedados no Hotel Príncipe Lisboa. Fomos na baixa temporada e pagamos pouco mais de 40 euros por quarto em um hotel muito bom, com café da manhã maravilhoso e funcionários atenciosos. Quanto à localização, está no Bairro Saldanha e fizemos tudo que contei acima a pé. De frente ao hotel tem uma estação de metrô que leva ao aeroporto diretamente em 15 min. Enfim, certamente me hospedaria ali novamente.

  • Aeroporto

O aeroporto fica a curta distância do centro. Como disse, você pode acessá-lo por metrô, táxi ou ônibus. Usamos o táxi e saiu por 12 euros para 4 pessoas!

  • Transporte público

Nosso plano era comprar o famoso cartão Viva Viagem. Esse é um cartão recarregável que dá desconto no transporte público. Todavia, acabamos nem adquirindo, pois acabamos fazendo boa parte à pé e, nas poucas vezes que pensamos em usar metrô, como estávamos em 4 pessoas, o táxi (que já era bem barato também) compensava pelo conforto e maior rapidez.