Viajar sem malas!? No Japão é possível!

Viajar é ótimo, mas carregar malas é muito chato! Entretanto, no Japão é possível viajar sem as ditas cujas! Há um sistema de entrega de malas de porta-a-porta. Nós utilizamos e adoramos!

O serviço tanto pode ser agendado online como em um dos postos de atendimento. Em Tóquio, vimos um dos postos de atendimento na estação de Shinjuku. Como quem não quer nada e assim que chegamos em nosso hotel fomos direto perguntar para a recepcionista, já que o serviço também pode ser agendado pelo hotel e pago para eles (mais cômodo impossível).

O valor varia conforme o tamanho e peso da bagagem e conforme a distância das cidades. De Toquio para Quioto, despachamos 2 malas grandes de 20 kg cada e tdo deu pouco mais de 40 euros.

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Preparamos nossa mala no dia anterior à ida para Quioto e deixamos na recepção do hotel no horário do almoço. No dia seguinte, viajamos para para Quioto de manhã e quando chegamos ao hotel nossas malas já estavam lá nos esperando no quarto!

Gostamos tanto do serviço que contratamos novamente quando fomos embora. Iríamos pegar nosso vôo do Aeroporto de Osaka, que fica a 75 minutos de Quioto. Novamente deixamos nossa mala no dia anterior na recepção e quando chegamos no aeroporto bastou buscar no posto de atendimento.

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Em ambas as situações, ficamos só com uma mochila com aquilo que precisaríamos durante aquelas 24 horas. Como estávamos sem bagagem, foi muito mais fácil fazer todos os deslocamentos. Acabaríamos gastando até mais se tívessemos utilizado táxi e ainda assim teria toda a chatice de arrastar mala nas gigantes estações de trem/aeroporto do Japão.

Foi ótimo, ótimo, ótimo! Sem dificuldades e muito eficiente, como tudo no Japão!

Quioto sem protocolo

Ficamos uma semana muito bem aproveitada em Quioto, que foi a cidade em que encontramos tudo aquilo que esperávamos do Japão: templos bonitos, jardins impecáveis, etc. E aqui vão as dicas práticas.

  • Hotel em Quioto

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Como iríamos ficar uma semana em Quioto, eu queria um quarto um pouco maior, o que é algo bem difícil de ser encontrado no Japão. E para tornar a busca mais difícil, ainda teria que caber no meu orçamento e ficar na região central. Pesquisando (muito) acabei encontrando a Guesthouse Sanjo Takakura Hibiki. Fiz a reserva pelo booking (link aqui).

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Não poderia ter feito escolha melhor. Trata-se de um apart hotel e cada studio tem aproximadamente 25m². Além do quarto com ótimo tamanho e armário, ainda havia banheiro, lavanderia, lavabo e uma pequena cozinha. Era tudo que precisávamos para nossa semana.

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O banheiro era um legítimo banheiro japonês. Inclusive com o banquinho para se tomar banho sentado como os japas. Além disso, como tudo no Japão, ele tinha controle remoto em que uma das funções era secar o banheiro e roupas com jatos de ar quente. Então, os japas lavam a roupa na máquina e colocam no banheiro autosecante. Algumas horas depois tudo está sequinho.

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E como todo sanitário que se preza japonês, a privada era uma geringonça cheia de botões e cheia de tecnologia. Mais legal é que há uma pequena torneira nela, usada para lavar as mãos e a água é reaproveitada na descarga!

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A equipe era bem atenciosa. Sempre muito simpáticos e solícitos, deram várias dicas não só do que fazer em Quioto, mas também do que fazer em Seul (uma das recepcionistas era coreana).

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A poucos quarteirões estava o Mercado Nishiki, o mais famoso da cidade, onde encontramos de tudo. Havia 7eleven, mercadinho, restaurante e farmácia bem próximos. A estação de metrô também ficava a 2 quarteirões e o ponto de ônibus que leva para principais atrações a uns 10 minutos de caminhada.

Muito embora não houvesse limpeza durante a estadia, nosso apartamento foi limpo na metade da estadia. Quando chegamos já havia um conjunto de toalhas para cada dia da estadia e todo dia recolhiam as já utilizadas.

O melhor de tudo foi o preço: pagamos apenas 70 euros em setembro, em que ainda é alta temporada e qualquer outro lugar micro não saía por menos de 100!

Para chegar ao hotel desde a estação central de Quioto, são algumas poucas paradas de metrô.

 

  • Transporte em Quioto

Muito embora exista metrô em Quioto, ele é relativamente recente e não muito extenso. De forma que boa parte das atrações apenas são acessíveis por ônibus. Entretanto, pegar um ônibus em Quioto é bem tranquilo. Dentro do ônibus, há uma tela em que aparecem o nome de todas as paradas em inglês.

Além disso, o próprio mapa da cidade, disponível em qualquer hotel, mostra quais ônibus deve-se pegar para chegar na atração desejada com foto do lugar. Isso também ajuda a se localizar e achar o ponto certo de ônibus.

O diferente é que entra-se no ônibus pela porta de trás e o pagamento é feito ao sair pela porta da frente. Carregue moedas, pois o pagamento é feito em moedas na maquininha. Outra alternativa é comprar o cartão válido para o dia todo, vendido na estação central e estações de metrô.

 

  • Transporte intermunicipal

Como disse nesse post aqui (em que eu explico tudo), compramos o JR Pass e foi ele que utilizamos não só para chegar em Quioto desde Tóquio, como também todos os nossos bate e voltas e para ir para o aeroporto de Osaka.

 

 

 

 

Mercado Nishiki

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O Mercado Nishiki é um dos melhores do Japão. É um shopping de rua, com mais de uma centena de lojas. Ali se encontra de tudo: desde cerâmica, lembrancinhas para turistas, até utilidades para casa, roupas, farmácia e loja de jogos.

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O mercado também tem muitos restaurantes, desde Burguer King até Sushi. Bem perto deles está o Musashi Sushi, um restaurante de esteirinha que tem um dos melhores sushis de Quioto.

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No meio do mercado há um pequeno templo, em que param turistas e locais que por ali passam.

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Apesar de ser o mercado mais famoso de Quioto, nós só fomos ao mercado porque ficava a 2 quarteirões do nosso hotel. Entretanto, depois voltamos todos os dias na semana que estivemos por lá. Fosse porque era passagem obrigatória para pegar ônibus, ou para jantar, ou para comprar algo,…

 

 

Gion: a Antiga Quioto

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Quioto é uma cidade grande e moderna. No entanto, o bairro Gion preserva parte do que foi Quioto antigamente. As construções ali, tradicionalmente edificadas em madeira,  datam do século XVII.

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Interessante que as fachadas são todas estreitas, o que se deve ao fato de que antigamente o imposto era taxado conforme o tamanho da fachada. De forma que, embora estreitas, as construções se prolongam para o interior.

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Entretanto, por mais interessante que seja essa mini-Quioto antiga, o que também leva centenas de turistas nesse lugar todos os dias é que esse ainda é o Bairro das Gueixas. O lugar ainda tem as Casas de Chá, local que serve de entretenimento, em que uma Geiko (gueixa) é considerada mais do que uma acompanhante, mas uma habilidosa artista. Para se tornar uma gueixa, é necessário antes ser uma Maiko (aprendiz de gueixa).

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Embora hoje elas estejam em decadência, ainda é possível avistar uma ou outra gueixa no bairro. Todavia, pelo que soubemos, elas hoje evitam sair, já que é comum que haja um turista encarando ou até mesmo perseguindo para tirar uma foto.

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De toda forma, as Casas de Chá que no passado serviram para entreter samurais, hoje recebem desde homens de negócios até turistas que estejam dispostos a abrir a carteira. Aliás, hoje mulheres também são recebidas!

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Não é incomum avistar moças vestidas de kimono passeando por lá, pessoas comuns trabalhando no comércio e reconhecer locais de gravação do filme A gueixa.

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Com certeza, o lugar vale muito a visita. Sem roteiro definido, basta perambular pela rua principal e pelas várias vielinhas do bairro.

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 Para chegar lá basta pegar o ônibus 100 or 206 (parada Gion), ou ir de metrô (estação Gion).