
Louis XIV, o Rei-Sol, mandou construir o Château de Versailles (Palácio de Versalhes) em meados do século XVII, tornando-se o maior símbolo do Antigo Regime Absolutista, que estava no auge do poder. Situado nos arredores de Paris, o palácio foi a capital política do reino e onde a família real residiu até a Revolução Francesa. Até hoje continua sendo o maior e mais famoso palácio da França.


Versailles servia de inspiração para a construção palácios ao redor do mundo e Versailles mesmo foi construído inspirado no Vaux-le–Vicomte, como já falei aqui no blog.
Muito do palácio ainda está no estado original, exceto pela mobília que foi quase toda saqueada durante a Revolução. Cerca de 30 mil pessoas trabalharam na obra, cujas contas praticamente esvaziaram os cofres da França.


Os trabalhos começaram em 1661 sob a orientação de Louis XIV, que contratou Le Vau, Le Brun e Le Notre, 3 notórios arquitetos/paisagistas e ordenou uma renovação completa da antiga Casa de Caça da família real . Uma vez pronto, a Corte oficialmente se mudou do Palácio do Louvre para Versalhes.
O trio de arquitetos se inspirou muito na mitologia grega e romana. Assim, inclui quartos dedicados a Hércules, Vênus, Diana, Marte e Mercúrio, além da Sala de Guerra.

Mas certamente, a sala mais famosa é a Galerie des Glaces (Sala dos Espelhos), um salão de baile com enormes espelhos de um lado e janelas com vista para os jardins e o pôr-do-sol.

Após visitar o palácio, é hora de visitar o jardim. São 800 hectares de jardins e parques! E francamente, foi a parte que mais gostei. Os jardins são gigantes e deslumbrantes. Já obviamente a nobreza não saía do Palácio, os jardins se tornavam o principal local de passeio.

O outro motivo pelo qual gostei mais do jardim do que do palácio foi porque quando visitamos estava absolutamente apinhado de gente! Era gente que não acabava maaais! Mesmo comprando o ingresso com antecedência ficamos 2h30m na fila só pra entrar! Pra piorar era verão, no meio de uma daquelas ondas de calor. Ou seja, 2h30m numa fila interminável em um sol de 40 graus! Sinta o drama:

Quando finalmente entramos, todos os cômodos também estavam absurdamente lotados, mesmo com o pessoal regulando o número de pessoas dentro. Basicamente ficamos em um rebanho o tempo todo!
Então minha dica é: não vá no verão. Se for, fique pelos jardins, que podem ser visitados independemente da visita interna ao palácio. Outra dica é chegar bem cedo, um pouco antes do horário de abertura se possível. Se possível vá numa quarta ou quinta, que são dias com menor movimento.
É possível comprar o ingresso com antecedência online no próprio site do Palácio, ou presencialmente em uma das lojas Fnac em Paris. Aparentemente agora já é possível comprar ingresso com hora marcada pelo site, o que já ajuda muito. Quando fui isso não era possível, mesmo quando comprado com antecedência.
O Palácio abre diariamente às 9 horas, exceto às segundas-feiras. Já os jardins são acessíveis todos os dias, inclusive às segundas. A entrada do palácio custa 18 euros e os jardins são gratuitos.


Como chegar:
- A linha C do RER chega à estação de trem Versailles Château – Rive Gauche, e fica a uns 10 minutos a pé do palácio.
- Os trens SNCF da Gare Montparnasse chegam à estação ferroviária Versailles Chantiers, que fica a 18 minutos a pé do Palácio.
- Os trens SNCF da Gare Saint Lazare chegam à estação de trem Versailles Rive Droite, a 17 minutos a pé do Palácio.
- Na hora de comprar as passagens, já compre ida e volta, para evitar filas na volta. Você pode usar a qualquer horário do dia o bilhete.
- Os horários dos trens RER C e SNCF estão disponíveis em www.transilien.com