
O Palácio de Vaux-le-Vicomte (Château de Vaux-le-Vicomte) fica em Maincy, a 50km de Paris. Foi construído no século XVII à pedido de Nicolas Fouquet, o Ministro de Finanças de Louis XIV. Hoje o palácio é a maior propriedade privada considerada como monumento histórico da França.

Na época, Nicolas Fouquet contratou Le Vau, Le Brun e Le Notre, 3 notórios arquitetos/paisagistas para executar a obra. O foi esse lindo palácio, que já serviu de cenário para vários filmes, dentre eles, O homem da máscara de ferro e Marie Antoinette.

Para infelicidade de Fouquet, dizem que Louis XIV achou um o palácio um ultraje, pois ele como o rei-sol deveria ter toda a atenção. Após a festa de inauguração, que inclusive contou com a presença de Louis XIV, foi preso por d’Artagnan por ordem do rei, sob acusação de conspirar contra o Rei e de ter desviado dinheiro.

Fouquet foi condenado e morreu na prisão em 1680. Especula-se que ele tenha sido o prisioneiro que chegou à Prisão de Pignerol conhecido como “o Homem da máscara de ferro”. No entanto, nunca se comprovou se a identidade do prisioneiro mantido com a máscara era realmente Fouquet.
Na verdade, nunca foi revelada a identidade do Homem da máscara de ferro. Apenas se sabe que ele era bem tratado, proibido de falar com qualquer pessoa e que passou seus anos usando a máscara. Acredita-se que ele morreu na Bastilha em 1703 e que, portanto, não poderia ser Fouquet.

De toda forma, o mistério do prisioneiro com a máscara ronda também o palácio, ainda mais depois do filme que Leonardo diCaprio! Por isso mesmo, há no subsolo um prisioneiro com máscara.

Após a prisão do pobre Ministro de Finanças, Louis XIV contratou o mesmo trio de arquitetos e ordenou uma completa renovação/reconstrução do antigo Palácio de Versalhes. Uma vez pronto, a Corte oficialmente se mudou do Palácio do Louvre para Versalhes.


Inegavelmente o Palácio em si é lindo e merece a visita. Conta com mostras de roupas e mobiliário da época, além de uma coleção de carruagens de vários tamanhos. E é uma visita muito mais tranquila que a entupida-de-gente-Versalhes.

Mas o que chama a atenção mesmo são os jardins! O jardim foi feito criando uma ilusão de ótica, marcada por técnica chamada de “perspectiva retardada”. As partes do jardim que estão mais ao longe foram construídas mais longas e mais altas. Este técnica permite diminuir uma perspectiva, tornando o jardim menor aos nossos olhos do que realmente é. Assim, ele parece relativamente pequeno, mas na verdade tem 3km!

O David já sabia disso porque já tinha visitado antes o lugar. Diz ele que achando que não era longe foi até o outro lado do jardim, numa subida que não acabava nunca mais!

Por isso mesmo é possível alugar carrinho de golfe na entrada do palácio para conhecer o jardim. O carrinho comporta 4 adultos, o que foi ótimo porque estávamos em 4 mesmo. Pagamos 20 euros para 45 minutos. É necessário apresentar a carteira de motorista. E esses 45 minutos deram no laço!

No final do jardim há uma grande Estátua de Hércules em ouro e uma vista deslumbrante do jardim e do palácio.

- Vaux-le-Vicomte na prática
Apesar de ficar a 50km de Paris, é muito fácil fazer um bate e volta até o Palácio, mesmo de transporte público.
De Paris Gare de l’Est, basta pegar o trem direto Linha P (na direção de Provins). Aí é só descer na estação ferroviária Verneuil l’Etang. Há trens diretos a cada 60 minutos e viagem dura 35 minutos. Há um ônibus chamado “Châteaubus” bem em frente à estação e que leva pro Palácio. O horário do trem é casado com o horário do ônibus.
Caso queira almoçar lá, há um restaurante bem mais caro e chique, mas também há uma cafeteria/restaurante self-service, chamado Restaurant Le Relais de l’Ecureuil. Fica bem ao lado da bilheteria, tendo área externa e interna e preços mais amigos do bolso.
