
Depois de conhecer (e sair correndo!) da Cidade Proibida, continuamos nosso caminho para a última parada do roteiro do dia. Fica bem próximo, aproximadamente 1 Km de caminhada a partir do portão norte da Cidade Proibida. E vale a pena a caminhada. Permite ver a muralha e torres externas da Cidade Proibida.

O Parque Beihai é um enorme parque urbano, com um grande lago ocupando a maior parte do espaço. Foi construído no século XI como um jardim imperial, e aberto ao público como um parque apenas em 1925.
As principais atrações se encontram em suas margens e incluem templos, galerias, pontes, pavilhões, esculturas e painéis. A mais famosa e visitada fica no centro do lago, a Ilha Qionghua, com a imponente Bai Ta, a Pagode Branca. A entrada do parque é paga, e custa entre 5 e 10 Yuans (entre R$3 e R$6), mas atrações específicas dentro do parque podem custar ingressos também, mas todos igualmente baratos.
E esse passeio é o ideal de se fazer depois da Cidade Proibida! Como narrado no último post, a Cidade Proibida, apesar de linda, impressionante e colorida, também foi quente, abarrotada de gente e estressante. Já o Parque Beihai? Revigorante! Claro, estava cheio de gente. Mas por ser um parque e os turistas se abarrotarem majoritariamente nas atrações principais, encontramos um cantinho com sombra e água fresca, para relaxar, colocar os pés para o alto e curtir o silêncio (ocasionalmente interrompido por uma criança ou chinês gritando atrás da criança), as árvores e a bela vista do lago.

E assim aproveitamos o parque. Como estávamos com fome, arrumamos um lanche e uma bebida, sentamos sob a sombra de um pequeno pavilhão as margens do lago e relaxamos, aproveitando a brisa, a natureza e o ar levemente mais puro do que no resto da cidade. Depois, mais relaxados, caminhamos um pouco mais pelas margens do lago, em particular dentro da Ilha Qionghua, e nos demos por satisfeitos. Cansados, no fim da tarde, queríamos voltar pro nosso hotel, relaxar, sair para jantar e recarregar as energias para um longo dia, já que na manhã seguinte iríamos para a Grande Muralha da China!

Como mencionamos, estava muito quente. Estávamos cansados. Por isso resolvemos procurar um taxi para o hotel ao invés de andar ou encarar o metro chinês na hora do rush. Já sabíamos que não seria fácil. Antes de ir a China já havíamos lido que os taxistas evitam parar para ocidentais, por não quererem lidar com a dificuldade de comunicação (por segurança e recomendação do hotel, andávamos sempre com um cartão do hotel com o nome e endereço escrito no idioma e alfabeto local) e que quando param, frequentemente ou fecham um valor acima do que deveria, ou fazem caminhos mais longos para ficar mais caro.
E é tudo verdade. Demoramos um bocado para conseguir um taxi disposto a parar, e quando conseguimos, ele fez questão fechar o preço antes da corrida. Como o valor proposto era algo que não pesava muito no bolso (santa taxa de câmbio!), aceitamos. Seriam 6 Km até o hotel. E foram 6 Km de puro e total trânsito. Um dos piores que já vimos. Uma corrida de menos de 20 minutos durou 1 hora ou mais, fácil. O carro andava alguns metros e parava. Andava e parava. E assim por muito tempo. Provavelmente teria sido mais rápido andar.
Mas ainda assim valeu a pena! Ao invés de andar derretendo sob o sol, ou encarar o metro lotado, ficamos sentados (mesmo que parados) por todo o trajeto em um carro com ar-condicionado!
Mais um momento de paz em Pequim, para encerrar o dia.
